Dilma sanciona nova lei seca que endurece fiscalização
A presidente Dilma Rousseff sancionou mudanças na lei seca
endurecendo a fiscalização da embriaguez ao volante. As alterações serão
publicadas hoje no "Diário Oficial da União", e passam a valer
imediatamente.
A proposta, aprovada na terça pelo Senado, torna válidos novos meios
para identificar um condutor alcoolizado, além do bafômetro.
Há ainda uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que dobra a
multa aplicada a quem for pego dirigindo embriagado: dos atuais R$
957,70 para R$ 1.915,40, valor que pode dobrar em caso de reincidência
em 12 meses.
O Planalto tinha até o dia 10 de janeiro para sancionar o projeto, mas a
presidente acelerou o trâmite da lei para que as novas medidas passem a
valer para as festas de fim de ano - quando há aumento do consumo de
álcool e de acidentes.
NOVAS PROVAS
Entre os meios que passam a ser aceitos para comprovação da embriaguez
estão o depoimento do policial, vídeos, testes clínicos e testemunhos.
Essa parte da lei depende ainda de uma regulamentação do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito) e a previsão é que isso seja publicado
nos próximos dias.
O agente de trânsito poderá ainda se valer de qualquer outro tipo de prova que puder ser admitida em tribunal.
Antes da mudança, era considerado crime dirigir sob a influência de
drogas e álcool - a proporção é de 6 dg/L (decigramas por litro) de
sangue -, mesmo sem oferecer risco a terceiros, e o índice só poderia ser
medido por bafômetro ou exame de sangue.
Como ninguém é obrigado legalmente a produzir prova contra si mesmo, é comum o motorista se recusar a passar por esses exames, ficando livre de acusações criminais.
Além disso, a interpretação da lei vigente feita em março pelo Superior
Tribunal de Justiça dizia que só bafômetro e exame de sangue valiam como
prova. Na prática, isso enfraqueceu a lei seca.
Com a nova regra, o limite de 6 dg/L se torna apenas um dos meios de
comprovar a embriaguez do motorista. O crime passaria a ser dirigir "com
a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou
outra substância psicoativa que determine dependência".
Ao condutor será possível realizar a contraprova, ou seja, se submeter ao bafômetro ou a exames de sangue para demonstrar que não consumiu acima do limite permitido pela legislação.
Ficam mantidas a suspensão do direito de dirigir por um ano para quem beber qualquer quantidade e o recolhimento da habilitação e do veículo.
Sindicato dos Caminhoneiros é assaltado esta tarde
O Sindicato dos Caminhoneiros do Ceará (Sindicam-CE), em Fortaleza, foi assaltado por volta das 15h desta quarta-feira, 12.
De
acordo com informações do Major Nibio Araújo, três homens chegaram em
um Celta de cor preta e estacionaram o veículo em frente ao órgão.
Enquanto um homem ficou no carro, os outros dois entraram no prédio.
Ainda
segundo o Major, no momento do assalto havia bastante gente no local,
cerca de 20 pessoas aguardavam o recebimento de recisões. Algumas
pessoas foram agredidas pela dupla de assaltantes. O bando fugiu levando
um valor entre 10 e 15 mil reais em dinheiro, além de pertences das
pessoas que estavam no prédio.
A polícia conseguiu alcançar o trio
na Avenida Duque de Caxias, próximo ao Dnocs. Um dos assaltantes
conseguiu fugir levando parte do dinheiro. Um dos presos é um soldado da
aeronáutica, de nome Patricio, de 22 anos, que estava com 300 reais na
carteira e uma arma, além de parte da farda no banco de trás do veículo.
O outro assaltante apreendido é um adolescente de 17 anos. Eles foram
levados para a Delegacia de Roubos e Furtos.
A polícia recuperou
R$7.794 do montante roubado. O dinheiro pertence as empresas associadas
ao sindicato, que efetua os pagamentos das recisões.
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Renovação da frota de caminhões é fundamental para redução de custos e acidentes
Com mais caminhões antigos em circulação, está comprovado que
aumentam os índices de poluição, o número de acidentes nas rodovias, o
consumo de combustível e os gastos de manutenção, entre outros fatores. A
renovação dessa frota e a eficiência logística foram tema de debate
nessa quarta-feira (28), em Brasília, durante o 1º Simpósio Brasileiro
de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs).
Moderado pelo presidente da Seção de Transporte de Cargas da
Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, o debate
contou com a apresentação do programa da CNT RenovAr – projeto que
vislumbra consolidar mecanismos econômicos, financeiros e fiscais para
estimular a renovação da frota brasileira de caminhões.
De acordo com a coordenadora de projetos especiais da Confederação,
Marilei Menezes, o programa tem como uma de suas metas auxiliar
principalmente os profissionais autônomos. “À medida que a frota
envelhece, ela passa da mão da empresa para o caminhoneiro autônomo, que
é justamente quem tem mais dificuldade para acessar o crédito e menos
condições de trocar por um veículo mais novo”, afirmou.
Atualmente, 32% da frota de caminhões do país têm mais de 20 anos e
17%, mais de 30 anos. “A média de idade dos veículos dos autônomos é de
21 anos, enquanto o das empresas, 8,8 anos. Se implementado, o programa
RenovAr, desenvolvido pela CNT em 2009, pretende retirar os caminhões
com mais de 20 anos de circulação em até dez anos”, afirmou Marilei.
Na mesma linha, o assessor do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES), Samy Kopit, esclareceu que o órgão pretende facilitar o crédito
aos caminhoneiros autônomos. “Dois programas estão em discussão. Um
deles é a redução da taxa de juros para aquele que entregar o caminhão
antigo para trocar por um novo ou seminovo. O outro vai atuar em
conjunto com futuros centros de reciclagem. O caminhoneiro que entregar o
caminhão nesses locais receberá um certificado e, com isso, terá
direito a um crédito diferenciado junto ao BNDES”, explicou.
Segundo ele, os projetos ainda estão em fase de discussão e não têm
previsão para sair do papel.
“Precisamos agir rápido para estimular essa
renovação. Entre janeiro e outubro deste ano, só desembolsamos pouco
mais de R$ 14,5 bilhões em financiamentos de caminhão. No ano passado,
esse valor foi de R$ 22,5 bilhões. Em 2010, foram mais de R$ 24
bilhões”, ressaltou, fazendo um paralelo com a redução do crescimento do
PIB do país.
Ainda durante o debate, o diretor da empresa Júlio Simões Logística
(JSL), Fernando Simões, defendeu mais investimentos na intermodalidade.
“Hoje o transporte rodoviário é responsável por 61% do transporte total.
O governo precisa agir mais rápido se pretende equilibrar com as
ferrovias e hidrovias, como já foi anunciado. Só assim para conseguirmos
reduzir o custo Brasil”, destacou.
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