CNH Digital: novidade para motoristas já pode ser baixada no celular

Novo documento terá o mesmo valor jurídico da 
CNH física em 2018

O aplicativo CNH digital, que possibilitará que o motorista apresente a carteira de habilitação em uma foto no celular, já pode ser baixado por motoristas em celulares Android, em versão de demonstração. A novidade pode ser baixada no hotsite do projeto e via captação de QR Code. 
A promessa é de que, no futuro, o sistema seja disponibilizado funcionalmente para usuários de smartphones com sistemas operacionais Android e IOS. Em 16 de agosto, resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) mudou o cronograma da CNH-e. Conforme o texto inicial, publicado em 25 de julho, a novidade só entraria em vigor a partir de fevereiro de 2018. O novo texto exige a implantação até 1º de fevereiro de 2018. Portanto, os Detrans de cada Estado vão poder começar a emitir o documento digital nos próximos meses. 
Segundo o governo, o novo documento terá o mesmo valor jurídico da CNH física. A CNH-e será opcional e caberá ao condutor escolher se quer utilizar o aplicativo ou não. O usuário poderá fazer ela pelo smartphone, se tiver certificação digital, ou pelo Detran de cada Estado. O documento terá os dados que já constam na carteira impressa, como foto do usuário, números de documentos e demais dados do usuário.  




ANTT altera cronograma de instalação de TAG eletrônica


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial da União de hoje (21/8), novo cronograma de operacionalização da identificação eletrônica dos veículos automotores de cargas cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Os prazos vão até dezembro de 2018.

A programação de instalação tem início com um grupo voluntário, ou seja, aqueles transportadores de qualquer estado que têm interesse em instalar, prontamente, a tag eletrônica em seus veículos. O período para esse grupo vai de 1º/8 a 7/1/2018. A partir do dia 8/1/2018, os grupos são separados por ente federado. 

O grupo 1 inclui os veículos com placa do Distrito Federal e de Goiás; os veículos de Minas Gerais formam o grupo 2; o terceiro grupo é composto pelos veículos do Estado de São Paulo; Rio de Janeiro e Espírito Santos compõem o grupo 4; o grupo 5 é formado por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Paraná e Santa Catarina são o grupo 6; Rio Grande do Sul forma o grupo 7; e os demais estados fazem parte do grupo 8. Confira, na tabela abaixo, o período de instalação cada um dos grupos:


Regras
A Resolução nº 4.799/2015 dispõe sobre as regras para a operacionalização da inscrição, atualização e recadastramento do RNTRC. A última etapa desse processo é a identificação eletrônica dos veículos. Esse mecanismo contém uma chave eletrônica que será associada à identificação do veículo e do transportador, na base de dados da ANTT. Assim que as antenas coletarem essa chave no registro de passagem, serão verificados os dados do transportador e do veículo.

O processo de fornecimento da TAG será realizado pelas Administradoras de Meios para Arrecadação Eletrônica de Pedágio (AMAPs) e pelas fornecedoras de vale-pedágio obrigatório consideradas aptas pela agência reguladora.




A segurança no transporte de produtos químicos


De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), somente pelas rodovias paulistas, diariamente, são transportados mais de mil produtos perigosos, como líquidos inflamáveis, explosivos, corrosivos, gases, materiais radioativos, entre outros.

Para garantir a segurança desde a carga, o transporte até a descarga de substâncias químicas no destinatário, existem leis que devem ser, rigorosamente, respeitadas e fiscalizadas. Afinal, os impactos de um possível acidente são extremamente perigosos à saúde das pessoas, segurança pública e ao meio ambiente.

É importante ressaltar que todo esse processo deve ser iniciado com o treinamento periódico dos motoristas. Em nosso país, é obrigatório que eles tenham o curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP), responsável por conscientizá-los no transporte com segurança e também ensiná-los a agir em situações de emergência. O transportador também deve providenciar junto ao Inmetro, o Certificado de Inspeção para Transporte de Produtos Perigosos (CIPP) e Certificado de Inspeção Veicular (CIV).

O decreto nº 96.044 estabelece o regulamento para o transporte de cargas perigosas. Além dessa legislação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já aprovou diversas resoluções que tratam do tema.

Outro fator fundamental e, inclusive, previsto em lei: é obrigatório que empresas e condutores respeitem uma jornada de trabalho com repouso diário de 11h a cada 24h e com intervalos mínimos de uma hora para refeição e de 30 minutos para descanso a cada 4 horas de tempo ininterruptos de direção.

Após o carregamento e a liberação pelo expedidor, os motoristas precisam verificar as condições gerais da unidade de transporte no decorrer da viagem, sempre estacionando em locais permitidos e seguros para avaliar o sistema de rodagem do veículo, o acondicionamento da carga sob a carroceria e sua integridade.

Em caso de vazamento de soluções químicas, os condutores devem tentar estacionar a unidade de transporte em um local seguro, distante de áreas densamente povoadas ou de grande movimentos de veículos, e, assim que possível, acionar a empresa responsável e as autoridades relacionadas na ficha de emergência que acompanha o produto. Na sequência, é fundamental que utilizem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados à situação e ao produto, seguindo os procedimentos de emergência de acordo com o treinamento recebido, isolando a área próxima ao veículo.

Além da preparação dos condutores, os veículos precisam de uma avaliação minuciosa. É necessário checar se o caminhão e a empresa têm os documentos exigidos pela legislação e também a certificação do Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade (Sassmaq) lançado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), principal exigência aos veículos que prestam serviço de transporte rodoviário para a indústria química.

Assim como o transporte, a carga e a descarga dos produtos também devem ser realizadas por profissionais treinados, em locais apropriados para o armazenamento e com a utilização de equipamentos ideais para o serviço, como empilhadeiras, talhas ou plataformas específicas. Por fim, para garantir a segurança no trajeto, as rotas devem ser pré-definidas, com a checagem de quais pontos são de maiores ou menores riscos e seguir por aqueles considerados mais seguros, respeitando principalmente o limite da velocidade exigida nas rodovias.

Em relação a velocidade, em locais sem placas com diferenciação de limite para veículos pesados e leves para o tráfego de caminhões com produtos perigosos, é importante conscientizar os motoristas que seja 20% menor que a indicada para a via. Desta forma, aumenta a segurança no transporte destes produtos. Além desta questão, também é fundamental a realização de um trabalho educacional para alertá-los sobre os perigos de usar o celular enquanto estão no volante.

Elias Oliveira, Gestor Institucional da unidade de negócio Sabará Químicos e Ingredientes, pertencente ao Grupo Sabará, empresa que oferece ao mercado soluções integradas para o tratamento de águas industriais e saneamento básico, garantindo há mais de 55 anos o fornecimento de produtos, equipamentos, assistência técnica e prestação de serviços para a desinfecção de águas em diversos processos industriais.




Comissão aprova projeto que determina a construção de local de repouso para motoristas em rodovias



A Comissão de Viação e Transportes da Câmara aprovou proposta (PL 1045/15) que determina a construção de pontos de descanso nas estradas para os motoristas profissionais.

O objetivo da proposta é permitir que os caminhoneiros possam cumprir o descanso previsto na Lei dos Caminhoneiros (Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015). Pela legislação atual o motorista deve fazer um descanso de meia hora a cada quatro horas de direção, e, mesmo não tendo onde estacionar, não podem exceder o limite de cinco horas e meia de direção sem descanso.

O relator na comissão, deputado Wilson Beserra, do PMDB do Rio de Janeiro, destacou que o texto aprovado na comissão determina que os pontos de apoio devem ser construídos de forma a permitir que o motorista profissional cumpra seu tempo de descanso, sem extrapolar as horas de direção previstas na lei:

“Nós não podemos ter uma lei simplesmente que permite que o caminhoneiro possa ter realmente esse descanso sem ter os pontos definidos, uma obrigatoriedade de se criar esses pontos para descanso, até porque nós estamos falando de diminuir o número de acidentes nas estradas, de criar mais segurança para o próprio caminhoneiro, a questão da saúde e o conforto desse trabalhador.”

O porta-voz da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, Bolívar Lopes, afirmou que é preciso garantir que a lei seja cumprida para facilitar a vida dos motoristas. Ele explicou como devem ser esses locais:

“Tem que ser um ponto grande, uma área bem ampla para que possa atender vários caminhoneiros ao mesmo tempo, que esses pontos garantam para o motorista e para sua família, porque muitos deles viajam com a família, garantam conforto e segurança. Isso é o principal. Aí, que ele tenha a possibilidade de fazer os serviços, optar por serviços dentro desse ponto de apoio seria interessante também, mas o mais importante é que ele tenha um ponto para descansar com conforto e segurança.”

Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres, existiam, em 2016, no Brasil, 783.947 motoristas credenciados para o transporte rodoviário e 1.975.871 de veículos.

A proposta que estabelece a construção de pontos de apoio ao longo das rodovias para descanso dos motoristas profissionais ainda vai ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça.

Fonte: Agência Câmara de Notícias



Sistema de rastreamento pode ser obrigatório em caminhões que transportem resíduos perigosos


Sistema de rastreamento pode se tornar equipamento obrigatório em caminhões e embarcações que transportem resíduos classificados como perigosos. A proposta está em análise na Câmara e foi aprovada na Comissão de Viação e Transportes.

Os resíduos perigosos são materiais de origem hospitalar, ou que, por exemplo, possuem características tóxicas e inflamáveis, podendo afetar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente.

Para dar mais segurança ao transporte dessas substâncias, um projeto de Lei, do deputado Rômulo Gouveia, do PSD da Paraíba, propõe a alteração da Política Nacional de Resíduos Sólidos para promover um melhor controle desses materiais.

Na Comissão de Viação e Transportes (CVT) foi aprovado, por unanimidade, o texto do relator Remídio Monai, do PR de Roraima, que sugeriu algumas emendas de redação. Ele ressaltou que o rastreamento na geração e no recolhimento nem sempre é possível, e tirou a obrigatoriedade das determinações previstas para estas fases no projeto original.

Mas fica obrigatória a implantação de sistema de comunicação de rastreamento dos veículos e embarcações usados para o transporte desses materiais.

“É para que os resíduos sólidos possam ter uma destinação correta porque hoje não tem uma forma adequada de fiscalização. (…) E ter esse acompanhamento de que vai rastrear e vai ter um trabalho eficiente para que esse resíduo não seja jogado em qualquer lugar e que deva ter um fim correto para isso”.

O presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, João Gianesi, entende que a intenção é proteger o cidadão, mas que no momento, a prioridade no País é dar a destinação adequada aos resíduos que vem das residências, já proposto no Plano Nacional.

“Nós não estamos ainda tratando do básico, resolvendo o básico. Como é que é a gente fica na expectativa de um monitoramento de uma fração tão pequena como são os resíduos perigosos em relação a esse macro problema que é a destinação correta dos resíduos domiciliares. Tudo aquilo que vier depois é claro que nós vamos estar acompanhando e aplaudindo. O momento é resolver a erradicação dos lixões”.

João também destaca que a proposta é muito boa para a regiões metropolitanas, mas que pode não funcionar nas cidades pequenas.

“Nos resíduos perigosos, por exemplo, na cidade de São Paulo, os veículos que transportam os resíduos de serviço de saúde têm essa rastreabilidade. Quando você imagina que isso vai ser levado para um continente chamado Brasil, você vai encontrar localidade que tem um mero e simples veículo, há outras localidades que tem 80, 100 veículos operando no transporte desses resíduos. (…). Nas regiões metropolitanas isso é uma ferramenta muito boa. Nas cidades pequenas vai ser, na minha opinião, de pequena eficácia”.

Ainda segundo o deputado Remídio Monai, o órgão responsável pela fiscalização, será o Ministério do Meio Ambiente, que terá acesso ao sistema de monitoramento e poderá acompanhar em tempo real o transporte dos resíduos perigosos.

O Projeto será analisado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e pela Comissão de Constituição e Justiça.

Fonte: Agência Câmara de Notícias



Caminhoneiros autônomos dizem que aumento de impostos torna inviável profissão


Em audiência pública realizada quarta-feira (9) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, representantes dos caminhoneiros criticaram o decreto presidencial que aumentou os tributos sobre os combustíveis, o que está tornando inviável a atividade autônoma, e prometem intensificar os protestos contra a medida.

Líder do movimento dos caminhoneiros de Mato Grosso, Odilon Pereira da Fonseca, classificou o decreto de “criminoso” e disse que a categoria não tem dinheiro para rodar com os caminhões.

“Com os três rodotrens [caminhão de nove eixos] que tenho rodando, se eu conseguir colocar 12 viagens de Querência, no Mato Grosso, a Barcarela, no Pará, eu vou pagar R$ 15.380 a mais, com três caminhões”, disse, acrescentando que a viagem de 1.551 quilômetros de distância fica inviabilizada.

Sobre o repasse do aumento para o valor dos fretes, Fonseca acredita que isso pode impactar na inflação e no fornecimento de itens básicos para a população, como alimentos. De acordo com a Agência Nacional de Transporte de Cargas (ANTC), o aumento do imposto poderá refletir em alta de até 4% no preço do frete. O combustível representa 40% do frete, conforme a agência.

“Nós estamos falidos, não conseguimos honrar com nossas contas, as contas não fecham. Nós queremos trabalhar e não queremos causar transtorno, mas no fim do mês quero conseguir pagar minhas contas”, argumentou Rogério Alberto Reame, líder da categoria de São Paulo.

Durante a audiência convocada para discutir a situação do setor rodoviário, o representante dos cegonheiros do Paraná, Wanderlei Alves, contou que a mobilização da categoria contra o aumento teve início assim que o Ministério da Fazenda anunciou a medida.

Desde o dia 1° de agosto, grupos de caminhoneiros estão protestando com bloqueios de trechos de rodovias. Manifestações foram registradas em São Paulo, Minas Gerais, na Bahia, em Mato Grosso, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, em Goiás e no Espírito Santo, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

Alves argumentou que os organizadores dos protestos não estão bloqueando as rodovias. “Estamos parando nas rodovias e convidando os caminhoneiros a participarem da greve, ou o transporte dos caminhoneiros autônomos no país vai morrer. O Brasil vai parar, porque ninguém vai conseguir transportar mais nada com o preço que o combustível chegou”, disse, acrescentando que o litro do óleo diesel já está sendo vendido a R$ 4 em algumas localidades no Norte do país.

Wanderlei Alves cobrou apoio e posicionamento das entidades representativas dos caminhoneiros, entre elas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam).

“Vamos intensificar os pontos de parada no país, tendo liminar ou não”, afirmou. As lideranças estaduais informaram que a ideia é “parar o país até o final do mês”.

Já o presidente da Unicam, José Araújo da Silva, o China, discorda das paralisações como forma de resolver o impasse. Ele disse que nunca participou de uma greve de caminhoneiros porque acredita que o melhor âmbito de negociação é no Congresso.

“Vamos trabalhar aqui, porque aqui é a Casa onde podemos conseguir avançar.Eu não sou omisso, mas eu sou um só para 27 estados e toda a legislação desse país. Se pudermos, nós vamos falar com quem quer seja. Agora, eu não vou incentivar “vocês têm que estar parando”. Nós vamos encontrar uma saída”, argumentou.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) afirmou que respeitará a decisão dos caminhoneiros que optarem pela greve, mas “solicita que a manifestação seja feita em casa, com os transportadores deixando de entregar suas cargas, e não bloqueando as rodovias”.

A assessoria de imprensa da Abcanm informou que a entidade não participou da audiência pública de quarta-feira no Senado, porque não foi convidada.

Composta por 54 entidades filiadas, incluindo sindicatos, associações e cooperativas, a Abcam informou que representa os interesses de cerca de 500 mil caminhoneiros autônomos em todo o país. A entidade está consultando as federações para saber sobre adesão dos filiados aos protestos.

“Segundo a análise feita pela entidade, a paralisação pode trazer um prejuízo muito maior ao transportador, que além de perder um dia de remuneração, continuará a arcar com a alta dos impostos. A solução encontrada é aumentar o frete em média 5%, passando o aumento do custo para o contratante”, diz a nota.

Aumento dos combustíveis
Para compensar perdas com arrecadação e cumprir a meta fiscal de déficit primário, o governo decidiu aumentar a alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre os combustíveis.

A expectativa do governo é arrecadar mais R$ 10,4 bilhões com o aumento do PIS/Cofins, de modo a conseguir cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano.




Em cinco dias, PRF aplica mais de R$ 220 mil em multas a caminhoneiros por bloqueio de rodovias


Desde o dia 1º de agosto, quando começaram os protestos de caminhoneiros contra o aumento de impostos sobre os combustíveis, até o último sábado (5), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplicou mais de R$ 220 mil em multas a motoristas que usaram veículos para bloquear o trânsito em rodovias federais gaúchas.

No período, foram mais de 60 multas, no valor de R$ 3,8 mil cada. A infração é baseada na lei 9.503, do Código de Trânsito, que proíbe a utilização de veículos para o bloqueio de estradas federais.

Na sexta-feira passada (4), quando a PRF registrou 22 pontos de bloqueios em rodovias do Rio Grande do Sul, a Justiça concedeu uma liminar impedindo a interrupção do trânsito nas estradas. Desde então, a paralisação perdeu força – segundo a PRF, não há registro de protestos desde segunda-feira (7).

Com a decisão judicial da Polícia Rodiviária Federal, as mobilizações passaram a ser feitas em rodovias estaduais. Caminhoneiros seguiram realizando protestos, nesta quarta-feira (9). De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, houve interrupção – para todos os tipos de veículos – na altura do km 102 da RS-324, em Ronda Alta. Cerca de 100 pessoas liberavam o trânsito a cada 45 minutos.

Outras concentrações menores foram registradas nas margens da RS-377, no km 356, em Manoel Viana, no km 200, em Capão do Cipó e na RS-155, no km 45, em Macieira.

Além da redução no valor do combustível, caminhoneiros também reivindicam a aprovação de um projeto de lei que estabelece valor mínimo para o frete, aposentadoria para profissionais com 25 anos de carreira e também que o governo reconsidere a redução no quadro de policiais rodoviários.

Fonte: Zero Hora



Achar mão de obra qualificada será o desafio dos transportadores no futuro



Conseguir mão de obra para voltar a expandir as operações é um dos desafios que as empresas de transporte rodoviário de carga poderão encontrar na hora da retomada econômica. Após demissões massivas nos últimos três anos – na tentativa de reequilibrar a oferta de capacidade à demanda -, o setor deverá se esforçar para encontrar profissionais.

“O mercado retraiu. Empresas sucumbiram à crise e outras ficaram com caminhões parados e tiveram que demitir. A crise é longa, e os motoristas não ficaram parados nos últimos dois anos. Com certeza eles estão fazendo outra coisa, e quantos vão voltar?”, questiona o assessor técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Lauro Valdívia.

Segundo o Anuário CNT do Transporte de 2017, o número de empresas transportadoras de carga regularmente inscritas passou de 156.765 no ano passado para 111.743 atualmente. “Em 2014 eram cerca de 170 mil”, diz Valdívia. Para o especialista, se por um lado essa diminuição do mercado tem ajudado ao reequilíbrio da oferta de capacidade e demanda de carga, por outro o contingente de demissões provocou no setor uma grande perda de mão de obra qualificada.

“As empresas estão descapitalizadas e não conseguem renovar a frota, quanto menos aumentar, mas isso pode ser resolvido depois da retomada, porque é fácil encontrar caminhão. Agora mão de obra qualificada não se consegue da noite para o dia”, diz. De acordo com Valdívia, mesmo que a retomada a níveis anteriores à crise pareça algo distante, algumas empresas do ramo já se mostram preocupadas com a situação. “Uma transportadora comentou que não sabia se conseguiria aproveitar todo o potencial [de demanda] do segundo semestre, porque apesar de ter caminhões parados, não sabe se conseguirá motorista para o tipo de veículo”, exemplifica.

No caso de uma possível retomada, ele destaca que as chances de faltar mão de obra para o setor são grandes e isso ainda pode piorar. “Muitas empresas estão endividadas e nem os autônomos estão sendo uma opção fácil”, acrescenta. Valdívia ressalta que a dificuldade financeira dos transportadores – provocada pela queda da movimentação de carga no País, defasagem do frete e aumento dos níveis de recebimentos em atraso -, não se resume a médias e grandes empresas. “Para você contratar alguém, ele tem que ser aprovado pela seguradora, mas se o autônomo tiver dívidas não é aprovado pela seguradora, ou seja, os autônomos estão com dificuldade de conseguir serviço [em meio à crise] e as transportadoras não têm motoristas e não acham autônomos.”

De acordo com Valdívia, a perspectiva de que a mão de obra pode ser um gargalo na hora da retomada preocupa, já que as empresas do setor finalmente estão com perspectivas de uma possível melhora do cenário. “As empresas já estão achando que o segundo semestre será melhor que o mesmo período de 2016”, destaca.

Segundo estudo recém divulgado pela NTC&Logística, realizada com 2,29 mil empresas, o percentual de transportadoras com veículos parados tem diminuído. Enquanto na enquete mais recente 38,7% apontaram estar com veículos parados, em janeiro deste ano o volume chegava a 52,8%. O número vem em declínio se comparado às pesquisas realizadas em 2016 que apontavam 75,7% na divulgação de janeiro e 65,4% no mês de agosto.

Gargalos

A curva de tendência está apontando para momentos melhores, mas o resultado do primeiro semestre ainda se mostrou difícil. Ainda segundo a pesquisa, 70,5% apontaram ter sentido uma queda do faturamento. Para os respondentes, as receitas diminuíram 10,32% e o valor do frete caiu cerca de 2,98%. Com isso, 91% apontou ter precisado diminuir o seu tamanho.

Somado a todo o desafio da queda da demanda, as transportadoras entrevistadas apontaram que o impacto da crise econômica em todo o setor produtivo provocou um grande nível de inadimplência. De acordo com a NTC&Logística, 54,7% das transportadoras estão com fretes a receber em atraso, o que representa 14,3% do faturamento. “Muitas empresas colocaram o pagamento para 120 dias, porque já é feito em outros países, mas no Brasil os juros são muito altos. Além disso, muitas não querem que os encargos financeiros sejam incluídos”, destaca.

Para completar a tempestade perfeita, a pesquisa ainda apontou para uma defasagem do frete de 20,89% no transporte de carga lotação e 7,72% na fracionada. Agora, cabe ver o reflexo do aumento do PIS/Cofins no combustível e o impacto nas empresas de transporte de carga. Na semana passada, diversas manifestações de caminhoneiros espalhadas pelo País ocorreram simultaneamente com o intuito de chamar a atenção para o impacto. O cálculo é que chegue a gerar alta de até 4% no valor do frete, com um impacto maior para o transporte de produtos de baixo valor agregado e rotas mais longas.

Fonte: DCI



Caminhões autônomos são caminho sem volta


Recentemente um projeto de lei vem caminhando a passos largos nos Estados Unidos, que potencialmente pode resultar em 100 mil novos veículos autônomos sendo testados por lá. Uma peça-chave em todo esse processo, no entanto, são os caminhões.

O sindicato que representa os motoristas no país pressionou os políticos envolvidos com a aprovação da lei para que fosse incluída uma limitação de peso em 4,5 toneladas, o que tira os brutos de toda essa empreitada tecnológica. A defesa, segundo eles, é que o desenvolvimento de caminhões autônomos põe inúmeros empregos em risco.

“É vital que o congresso garanta que nenhuma tecnologia nova, utilizada para fazer com que o transporte seja mais seguro e eficiente, seja usada para colocar os trabalhadores em risco de desemprego ou destrua o sustento das famílias”, explica James P. Hoffa, presidente do sindicato.

Isso se reflete, de certa forma, nos testes que já foram feitos utilizando caminhões autônomos: a Otto, startup adquirida pela Uber e que vem desenvolvendo kits para esse tipo de veículos, fez uma entrega utilizando um veículo em modo autônomo, mas com um motorista cuidando de todo o processo na cabine – o que indica que os condutores serão necessários.

A preocupação dos trabalhadores é válida: a estimativa é que 4 milhões de empregos serão “perdidos” por conta da tecnologia. Por outro lado, os proponentes da nova legislação para testes de veículos autônomos acreditam que não é prudente frear a evolução de forma tão radical a ponto de impedir o desenvolvimento desses veículos.

O caminho, ao que tudo indica, é fazer com que o processo seja o mais progressivo e que consiga, como já foi mostrado, conciliar os avanços tecnológicos não com a eliminação, mas com adaptação dos profissionais.

Fonte: TecMundo



Paralisação de caminhoneiros já afeta abastecimento e produção


Desde a semana passada, caminhoneiros realizam protestos em rodovias federais gaúchas contra o aumento do valor dos combustíveis. Alegando falta de condições de transportar a produção, a General Motors (GM) anunciou que paralisou a produção de veículos em sua unidade de Gravataí, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, a partir desta terça-feira (8).

A empresa, que é dona da Chevrolet e fabrica e comercializa veículos, informou que vai monitorar a situação e que só retomará as atividades quando houver “condições seguras de transporte de materiais do Porto de Rio Grande até a cidade de Gravataí”, diz um trecho do comunicado divulgado na noite de segunda-feira (7).

Na manhã de terça, as atividades estavam paralisadas, com previsão de retomada durante a tarde, informou a GM.

Na unidade gaúcha, são produzidos o carro mais vendido do país, o Onix, e o seu derivado sedã, o Prisma. Na quinta-feira (3), foi anunciado investimento de R$ 1,4 bilhão para a expansão da fábrica em Gravataí. Com a ampliação, além de consolidar a unidade como a mais importante da GM na América Latina, o empreendimento ainda acena com novas oportunidades de emprego e negócios.

Ao longo da segunda, foram registrados protestos em ao menos cinco rodovias federais gaúchas. Na Região Sul do estado, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos 10 veículos foram apedrejados durante os protestos entre 18h e 0h, em diferentes pontos das rodovias BR-116 e BR-392.

Em um dos casos de apedrejamento, um motorista ficou ferido com estilhaços após o para-brisa ter sido atingido por uma pedra. Ele recebeu atendimento de uma equipe da concessionária que administra a rodovia, e seguiu viagem.

Os protestos tem gerado problemas de desabastecimento em algumas regiões do estado. Distribuidoras de combustíveis chegaram ter as saídas bloqueadas. Foi o que aconteceu em uma base da Petrobras em Ijuí, no Noroeste do estado. Mais duas bases de distribuição foram bloqueadas na cidade. Isso tem feito com que o combustível comece a faltar.

Fonte: RBS TV



Greve continua e caminhoneiros esperam maior adesão a protesto


Após o primeiro dia de bloqueio contra o aumento dos combustíveis, realizado nas principais rodovias federais que cortam Mato Grosso, nesta terça-feira (1), os caminhoneiros esperam que o movimento tenha maior adesão a partir desta quarta-feira (2).

Somente ontem, quatro pontos das rodovias que cortam os municípios de Sinop (500Km ao Norte de Cuiabá), Barra do Garças (509 Km ao Leste), Vila Rica (1.259 Km a Nordeste) e Sorriso (420 km ao Norte) foram bloqueados como protesto pela elevação da alíquota de PIS e Cofins sobre os combustíveis.

O aumento foi determinado pelo Governo Federal no último dia 20 e, na prática, a tributação sobre a gasolina subiu R$ 0,41 por litro, sobre o diesel subiu em R$ 0,21, enquanto o etanol subiu R$ 0,20 por litro.

De acordo com representante da categoria, Gilson Baitaca, a manifestação foi tranquila e sem registro de nenhum tipo de ocorrência. O protesto teve início logo pela manhã, com o bloqueio do trânsito de veículos pesados, exceto aqueles que carregam carga viva ou produtos perecíveis. Os demais veículos trafegam normalmente.

No KM-747 da BR-163, em Sorriso, a pista foi liberada temporariamente às 16h04, nos dois sentidos. Já no KM-854 da BR-163, em Sinop, a faixa sentido norte permaneceu interditada durante todo o dia. Somente no período noturno é que o trânsito foi liberado para todos os veículos. “Não permanecemos com o bloqueio no período noturno, porque isso é um desgaste tanto para quem bloqueia, quanto para os caminhoneiros que aguardam. E nós também não queremos gerar conflito. Não queremos que isso aconteça. Por isso, temos orientado a todos, procurando sempre atuar com estratégia”, afirmou.

Diante do cenário, segundo Gilson, a expectativa é de ampliação do movimento. Isto porque vários caminhoneiros têm entendido a importância do protesto contra o aumento que já está refletindo, inclusive, nas condições de trabalho, visto que o valor faturado é inversamente proporcional ao custo financeiro gasto para o frete. “Amanhã deve ter mais força, pois hoje foi um protesto tranquilo em que houve, inclusive, a adesão de muitos caminhoneiros que entenderam nossos motivos. Por isso, a nossa expectativa é que o protesto seja maior, mas isso depende também do nível de participação nacional”, disse Gilson nesta terça.

Ainda segundo Gilson, não somente os caminhoneiros, mas toda a população, deveria aderir ao protesto, pois a priori, o aumento atinge a categoria de transporte. Porém, vai refletir quando o valor for repassado aos produtos. “O transporte sozinho não vai conseguir barrar o aumento, pois dentro do próprio setor não há consenso. As grandes empresas que cobram valor fechado para o frete não se importam com o autônomo que cobra por transporte. Nessa conta, somente o mais fraco está no prejuízo. Mas a briga deveria ser de toda sociedade, mas no fim, independente de quem ganha, tudo cai nas custas da população”, encerrou.

Fonte: FolhaMax



Caminhoneiros continuam bloqueando rodovias em pelo menos três estados


Os protestos de caminhoneiros iniciados ontem, contra o aumento de impostos do diesel, continuam hoje. Bloqueios estão sendo feitos em pelo menos três estados nesse momento, e a expectativa é que o movimento ganhe ainda mais força.

No Rio Grande do Sul há vários trechos com protestos desde a madrugada de hoje, mas em muitos não há bloqueios. Os motoristas convidam outros motoristas a aderirem ao protesto, e a paralisação está sendo muito pacífica, de acordo com a PRF.

BR-116, km 427, em Cristal
BR-285, km 461, Ijuí
BR-285, km 564, em São Luiz Gonzaga
BR-392, km 62 e km 66, em Pelotas
BR-468, km 0, em Palmeiras das Missões
BR-116, km 299, em Guaíba
BR-392, km 297,9, em São Sepé
BR-392, km 350, em Santa Maria
BR-116, km 455, em São Lourenço do Sul
BR-116, km 482, em Turuçu
BR-285, km 274, em Mato Castelhano
BR-116, km 397, em Camaquã

Em Minas Gerais os caminhoneiros estão em pelo menos três pontos da BR-040, e os protesto contam com apoio dos transportadores de combustível.
BR-040, km 511, em Ribeirão das Neves
BR-040, km 466, em Sete Lagoas
BR-040, km 602, em Congonhas

De acordo com o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo aderiram em massa ao movimento. A paralisação, por tempo indeterminado, é em protesto contra o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis, decretado recentemente pelo governo federal.
“Assim como nos demais segmentos, entre os transportadores de combustíveis e de derivados petróleo o sentimento é de indignação com relação ao descaso com que o setor vem sendo tratado pelos governantes. Os transportadores não suportam mais os altos custos dos insumos que incidem sobre o frete, principalmente do diesel. Portanto, a adesão à paralisação deve ser total”, avalia o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.
Para ele, o decreto representa para os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo mais um duro golpe. Gomes disse que em reunião com representantes dos transportadores de todo o Brasil, chegou-se à conclusão de que a paralisação nacional é a saída que restou aos transportadores, de todos os segmentos, para pressionar o governo a revogar a medida.
Também há relato de paralisações no Paraná, na região norte do estado. A BR-369, em Arapongas, tem retenção. Também há protestos nas rodovias PR-182 e PR-471.



Contra aumento de tributos, caminhoneiros param rodovia Anchieta


Caminhoneiros estão na rodovia Anchieta bloqueando o acesso ao porto de Santos, um dos mais importantes da economia brasileira. Às 7 horas desta terça-feira (1º), eles começaram a ocupar a alça de acesso ao porto, no km 64, sentido litoral.

Eles protestam contra o aumento do PIS/Cofins anunciado há pouco mais de uma semana pelo governo federal. O movimento está sendo organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. “E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte.”

A movimentação na pista da esquerda começou a aumentar e, por volta das 8 horas, a Ecovias, concessionária do trecho, registrou presença de caminhões parados entre os km 59 e km 64, sentido litoral. Há reflexo no trânsito da própria rodovia Anchieta, mas apenas por aproximação, informou a Ecovias.

O acesso ao porto está fechado pelos caminhoneiros, mas quem vai em direção a Santos tem passagem livre. A polícia e a equipe da Ecovias estão no local.

Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do País, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos 36,1 bilhões de reais previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apenas 19,7 bilhões de reais estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.

Fonte: Veja