Fiscalização nas estradas federais do Rio reduz número de roubo de cargas


As Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança reforçam pelo segundo dia seguido a fiscalização nas estradas federais do Rio de Janeiro. De acordo com o Comando Conjunto das Operações do Plano Nacional de Segurança no Rio, os agentes montaram pontos de bloqueio, controle e fiscalização nos acessos às rodovias federais que cortam o estado, incluindo trechos da Avenida Brasil e do Arco Metropolitano. 

Três mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica participam da operação, que tem o apoio de veículos blindados e aeronaves. O objetivo é coibir o contrabando de armas e drogas e o roubo de cargas, nas rodovias que dão acesso ao estado e à cidade do Rio de Janeiro. De acordo com balanço divulgado pelo Comando Conjunto, houve queda significativa do número de roubos de cargas ao longo do primeiro dia da operação. A Região Metropolitana do Rio, que tem média de 29 ocorrências por dia, registrou apenas 5 nesta quinta-feira. 

O levantamento mostra ainda que foram revistados 3.549 caminhões, 4.172 carros, 1.851 motocicletas e 443 vans, em 109 pontos de acesso às rodovias, em barreiras que foram montadas alternadamente e por tempo definido. O Comando Conjunto informou ainda que esta operação terá caráter permanente, com ações pontuais e de curta duração, sendo desencadeadas de modo a privilegiar o fator surpresa.






Policiais rodoviários com radar não poderão mais se esconder no estado de São Paulo


É comum que os agentes de fiscalização de trânsito com radares móveis fiquem escondidos, ocultos dos motoristas em árvores, pontes ou muros. Mas essa prática pode acabar nas rodovias do Estado de São Paulo. 

O Projeto de lei 1060/2017 já aprovado na Assembleia Legislativa e que segue agora para sanção do governador Geraldo Alckmin proíbe os policiais rodoviários estaduais de se posicionarem de maneira oculta com a finalidade de aplicar multas. 

A proibição ficaria válida tanto para uso de radares manuais, no caso de infrações envolvendo excesso de velocidade, quanto no emprego de radares móveis e aplicação de multa por meio manual. Na justificativa do projeto, o autor deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira (PT-SP) afirma que “não são raros os flagrantes a policiais rodoviários estaduais que tem por prática posicionarem-se em locais não visíveis aos motoristas, literalmente amoitados, com a finalidade de proceder a autuações de infrações de trânsito. 

Tal prática, além de ferir a moral e a dignidade dos próprios policiais rodoviários estaduais, viola os princípios constitucionais da transparência e publicidade, não podendo ser toleradas”. 

“O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) é transparente ao cravar o dever de sinalização das vias, que deve ser compreendida não somente no que se refere ao emprego de placas, mas sim na visibilidade dos agentes responsáveis pela sua fiscalização, haja vista que o objetivo das sanções deve ser educacional, e não fomentar indústria de multas decorrentes do motorista ser pego de surpresa em razão do policial rodoviário que proceder ao emprego do dispositivo manual estar escondido”, completa.

Tramitando como urgência, o projeto foi aprovado no final de dezembro e entregue ao governador para sanção no dia 10 de janeiro de 2018. Alckmin tem o prazo de 15 dias úteis para dar sua sanção ou veto.

Fonte: iCarros



Urbanização de rodovias dificulta transporte de longa distância


É preciso cuidar para que rodovias não sejam descaracterizadas de sua função inicial: o transporte de longa distância. Foi essa a principal conclusão da mesa “Os desafios das estradas”, parte do 2º Seminário Mobilidade Urbana, realizado pela Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (22), no teatro Unibes Cultural, em São Paulo.
“A busca por cada vez mais acesso leva à ocupação das margens das rodovias e a transformação delas em avenidas, que perdem essa característica de transporte de longa distância”, afirmou Laurence Casagrande Lourenço, secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo.
“Rodovia tem de ser sustentada como tal”, defendeu, ao citar as marginais Pinheiros e Tietê, hoje rotas de automóveis utilitários com a finalidade de transporte individual.
Lourenço afirmou que, no Estado de São Paulo, onde quase 85% do transporte de carga é feito pelo modal rodoviário, a urbanização das estradas é prejudicial à medida em que encarece o processo logístico. “Você começa a ter a restrição de horários e tamanhos, e o abastecimento da cidade passa a ser feito por veículos menores.”
“A nossa preocupação é dar um acesso adequado. Cabe aos municípios a tratativa adequada”, pontuou Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo).
Investimentos
As concessões e privatizações foram destaque na fala de Pengue Filho, que mencionou investimentos previstos para as rodovias estaduais neste ano: serão R$ 8,23 bilhões ao todo, dos quais R$ 2,99 bilhões serão destinados a obras estruturais como duplicações, por exemplo.
“O usuário está mais exigente. O poder público, que é o concedente, tem de estar atento para que se faça o que é necessário nas rodovias”, disse César Borges, presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).
Para ele, há ainda entraves burocráticos que fazem com que as rodovias federais deixem a desejar. “Existe um controle forte dentro do Tribunal de Contas da União e da Agência Nacional de Transportes Terrestres que, praticamente, requer que o contrato fique estático por 30 anos.”
Saturação
O secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo chamou a atenção para as perspectivas de saturação das rodovias na região metropolitana de São Paulo. “A ocupação do território deixou a região muito cara. Rodovia precisa de espaço, e a desapropriação acaba sendo cara”, afirmou.
Lourenço disse ainda que o governo estadual estuda, junto ao Banco Mundial, a elaboração de um trem expresso capaz de percorrer distâncias médias. Ele serviria de transporte para pessoas localizadas em cidades como Campinas, Americana e Sorocaba até a capital.
“O desafio da mobilidade passa pelo transporte das pessoas e pelo abastecimento da cidade, que disputam entre si. É preciso buscar soluções multimodais que permitam a chegada dessas cargas por outras vias que não só a rodoviária”, concluiu o secretário.