Lei dos caminhoneiros precisa ser revista, diz representante em MT

Assunto será discutido em reunião com ministra da Casa Civil.
Mais da metade das exportações de soja do estado vão para SP.

Alterar as regras da lei que estabelece a jornada de trabalho aos caminhoneiros é a medida mais eficaz, de curto prazo, que pode diminuir com os problemas no escoamento da produção de grãos no Brasil.  Na opinião do diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, as rodovias do estado ainda não possuem estrutura adequada para o cumprimento da nova determinação, principalmente a que estipula os intervalos de 30 minutos a cada 4 horas de trabalho.

Na segunda etapa da operação, as fiscalizações têm caráter repressivo (Foto: Divulgação/MPT)
De acordo com a lei, os motoristas deverão ter repouso de no mínimo 11 horas por dia, além do descanso de 30 minutos a cada 4 horas ininterruptas de direção. O assunto será discutido em reunião, nesta quinta-feira (24), com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Para o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, as condições das rodovias para o escoamento da produção de grãos devem ser tratadas com carácter emergencial para o país.

"Conversei com  o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, nesta quarta-feira (23), para mostrar essa preocupação, mas sabemos que não é possível que as obras nas principais rodovias de Mato Grosso sejam terminadas a curto prazo", destaca. Ele ressalta, por exemplo, que a pela BR 158 foram escoadas 500 mil toneladas de grãos em 2012. A previsão é que, com a conclusão dos trabalhos, será possível aumentar esse número para 2 milhões de toneladas.

Conforme Vaz Ferreira, em Mato Grosso as obras na BR-163 estão mais avançadas na comparação com as demais, com aproximadamente 58% concluídas. O caminho é alternativa para levar a produção mato-grossense para o porto em Miritituba, no Pará. Neste caso, a expectativa é que as obras terminem ainda neste ano. Já a conclusão das obras na BR-080 está projetada para 2015.
Ele destaca ainda que a BR-158 deve ser concluída após serem resolvidos alguns impasses, principalmente envolvendo áreas indígenas. Outra rodovia importante para o escoamento da produção será a BR-242, que deverá ligar as BRs 158 e 163. "Este último projeto depende de outras rodovias para ser finalizada", explica o diretor executivo do Movimento Pró-Logística que deverá se reunir em fevereiro com as empresas responsáveis pelos as obras.

Escoamento
Mais da metade das exportações de soja de Mato Grosso são encaminhados via Porto de Santos, em São Paulo. A unidade recebeu, em 2012, aproximadamente 6,3 milhões de toneladas do grão do total de 10,7 milhões de toneladas enviados para os principais portos do país. Os portos de Paranaguá, no Paraná, e de Manaus, no Amazonas, receberam cerca de R$1 milhão de toneladas da oleaginosa no ano passado, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe um comentário, é muito importante saber a opinião dos meus colegas de estrada.
Abraços do Africano.