Caminhoneiros acampam em Santos contra más condições de trabalho

Protesto começou na quinta-feira em frente a um terminal portuário.
Falta de condições como água e saneamento estão entre as reclamações.

Um grupo de caminhoneiros está acampado desde a última quinta-feira (29) na entrada de um terminal na Alemoa, em Santos, no litoral de São Paulo. Os manifestantes reclamam de mau atendimento e demora nas operações de carga e descarga. Eles dizem que não aguentam tanta demora para trabalhar.

Alexsandro Vasconcelos Freitas é um dos caminhoneiros que protestaram contra as más condições de trabalho. "Eles não têm água para o caminhoneiro, não tem um banheiro, um bebedouro em que o caminhoneiro possa matar a sede aqui", explica. Para o caminhoneiro Roberto de Jesus Figueiredo, que também acampa no local, não há tempo limite para esperar. “"A gente entra às 5h para sair do terminal pelo menos às 0h. Depois para sair é pelo menos mais oito horas, quase às 7h", conta”.

Segundo o grupo, o terminal conseguiu duas liminares para forçar a saída dos manifestantes. O caminhoneiro Vinícius Cardoso Monteiro, que também está acampado, disse que só vão sair quando houver diálogo. “Nós recebemos uma (liminar) no sábado, ao meio dia, mais ou menos, para sairmos do terminal dos gates, e colocamos os caminhões no bolsão. No domingo veio outra liminar para desocupar o terminal. Daí viemos para cá, montamos as barracas aqui e estamos esperando para ver o que vão decidir. Estão querendo marcar uma reunião, mas marcam e desmarcam. Enquanto não resolverem nós não vamos sair daqui”, finaliza.

Em nota, a Brasil Terminal Portuário (BTP) disse que houve um problema em um dos portões que já foi resolvido, mesmo assim alguns motoristas resolveram bloquear a entrada de caminhões no terminal e só saíram mediante a liminar. A BTP garante que está empenhada a esse problema em definitivo e que está aberta ao diálogo.




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