RNTRC deverá ser renovado a partir de novembro


O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas é um cadastro realizado pela ANTT, obrigatório para todos os transportadores comerciais (Empresas, Cooperativas ou Autônomos), e que deverá ser renovado obrigatoriamente a partir de novembro deste ano.

O RNTRC foi instituído em 2001, pela Lei Nº10.233, e desde então regulariza o exercício da atividade de transportes, habilitando formalmente os transportadores e disciplinando o mercado, além de inibir a atuação de atravessadores não qualificados. Até hoje já são mais de 960 mil registros emitidos, para uma frota de mais de 2 milhões de veículos. Caso o transportador esteja com o registro vencido, há o risco de ser multado, em valores que variam, dependendo do tipo de infração, de R$ 500,00 a mais de R$ 2 mil. 

Visando facilitar o acesso dos transportadores, a Assessoria Nacional de Transporte Terrestre, ANTT.NET.BR, presta serviços de assessoria à quem precisa realizar o cadastramento ou recadastramento do RNTRC. O trabalho de assessoria ao transportador reduz a burocracia enfrentada na hora do cadastramento ou renovação do cadastro, que, desde que a documentação esteja OK, em poucas horas está pronta, com o certificado e adesivos impressos. Os principais benefícios de quem utiliza a Assessoria para se cadastrar ou recastrar no RNTRC/ANTT é a agilidade, qualidade no atendimento e preços baixos.

O atendimento da Assessoria Nacional ao Transporte Terrestre é feita por diversos canais, como internet, pelos sites www.antt.net.br,www.anttbrasil.net.brwww.rntrc-antt.com.br.
Telefones: (11)3564-9393 / (11)3564-9369 e endereços Av. Paulista, 1636, Conjunto 1105 – Bela Vista – São Paulo, Rua Julio Conceição, 92, Sala 86 – Bom Retiro – São Paulo, e Rua Margarino Torres, 879, Sala 14 – Vila Maria – São Paulo.




Sistema de Produtividade Online promete trazer mais segurança para o transporte de cargas

Responsável pelo escoamento de 65% das mercadorias do país, o mercado de transporte movimenta cerca de R$ 80 bilhões por ano, e se prepara para uma das feiras de negócios mais importantes do Brasil, a Minastranspor 2014.

O evento, que será realizado em paralelo ao 16º Encontro Mineiro dos Transportadores Rodoviários de Cargas (EMTRC) entre os dias 20 e 22 de agosto, na capital mineira, discutirá a sustentabilidade no setor de transportes. Atenta a estas tendências, a BgmRodotec apresentará os novos recursos do Globus, ferramenta especialmente desenvolvida para gerir de forma completa transportadoras de cargas. 

Através do Globus, as companhias garantem total controle das rotinas administrativas, processo operacional e das obrigações legais, tais como SPED fiscal, SPED contábil, Manifesto eletrônico, geração ilimitada de conhecimento de transporte eletrônico (CT-e) e do mais recente eSocial.
Composto por mais de 40 módulos, o programa da BgmRodotec, além de integrar as áreas fiscal, contábil e pessoal, também disponibiliza o Controle de Produtividade Online. Durante o encontro em Belo Horizonte, a empresa demonstrará em seu estande as principais funcionalidades deste recurso que foi especificamente pensado para levar segurança e maior produtividade ao processo de entrega e coleta da carga. O recurso funciona com informações enviadas em tempo real, alimentadas através de aplicativos móveis ou por satélite. Com alertas personalizados, a ferramenta ajuda na roteirização da carga e também fornece um relatório completo com detalhes sobre o estágio das operações, que podem ser filtrados por veículos, frota ou segundo a necessidade específica do gestor.
“Entendemos como fundamental a nossa participação em mais uma edição deste encontro que dissemina conhecimentos e lança técnicas no mercado, assim como promove a interação com o público que demanda por novidades que atendam aos seus negócios. Assuntos como as mudanças no segmento de transporte e a apresentação de novas ferramentas com a proposta de melhorar o resultado das empresas serão amplamente discutidos. Minas Gerais é uma região estratégica para o transporte de cargas, pois conta com muitas empresas e tem potencial para crescimento” afirma Valter Silva, gerente comercial da BgmRodotec.
Versatilidade tecnológica
O Globus dispõe de recursos que são constantemente aprimorados para dar mais agilidade ao processo de tomada de decisões, e esses recursos também poderão ser conferidos durante o encontro em Minas Gerais. Um bom exemplo é o Globus Intelligence, ferramenta desenvolvida a partir da tecnologia de Business Intelligence, que converte as informações relativas à movimentação de cada setor das empresas em indicadores para gestão da operação e do negócio. Prático e simples, o software permite uma leitura bem estruturada e segmentada dos dados armazenados. “O Globus Intelligence se transforma é uma poderosa ferramenta para analisar e diagnosticar a raiz do problema e promover a solução correta”, como completa Valter.
Serão apresentadas ainda outras duas novidades: Globus Parts www.globusparts.com.br, portal especializado em compra e venda peças para empresas de transporte que, eliminando o retrabalho, amplia significativamente a base de consulta de preços, sem aumentar o custo dessa operação. E a Consultoria de Processos, outro trunfo que a BgmRodotec põe à disposição do público. Este é um serviço muito requisitado por garantir o alinhamento entre os processos da empresa, proporcionando ganhos em qualidade, produtividade e, consequentemente, lucro.



BR-163 no Mato Grosso do Sul começa a ser duplicada

As obras de duplicação da BR-163/MS foram iniciadas após as autorizações especiais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Conforme previsto em contrato de outorga com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a empresa concessionária responsável pelo trecho, MS Via, deve concluir a duplicação dos primeiros 10% da rodovia e construir as praças de pedágio em até 18 meses, contados a partir de abril de 2014.
A duplicação ocorrerá em dez pontos da rodovia, em um total de 89,2 quilômetros de extensão. Além disso, será realizada a construção das 17 bases operacionais do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) e de nove Praças de Pedágio.
A partir de outubro, também serão iniciados os trabalhos de operação da rodovia, com a implantação do SAU, com atendimentos médico e mecânico, serviço 0800 (Disque CCR MSVia), inspeção de tráfego e apoio ao usuário. Os serviços serão prestados a partir de instalações provisórias, enquanto são construídas as bases operacionais.
O SAU contará com cerca de 500 colaboradores distribuídos ao longo da BR-163/MS, entre eles 259 profissionais de Atendimento Pré-Hospitalar, dos quais 35 médicos, que trabalharão em plantões 24 horas. As equipes serão apoiadas por uma frota composta por 17 ambulâncias-resgate (sendo cinco Unidades de Tratamento Intensivo), 25 guinchos (entre leves e pesados), 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço. O serviço será comandado por um Centro de Controle Operacional, localizado em Campo Grande.
Confira os trechos que serão duplicados:
  • Caarapó – do km 192,3 ao km 203,5 (11,2 km de extensão, sentido Sul);
  • Caarapó – do km 227,3 ao km 237,1 (9,8 km de extensão, sentido Sul);
  • Jaraguari – do km 513,3 ao km 519,7 (6,4 km de extensão, sentido Sul);
  • Bandeirantes/Camapuã – do 580,3 ao km 591,0 (10,7 km de extensão, sentido Sul);
  • S. Gabriel do Oeste/Bandeirantes/Camapuã – do km 595,0 ao km 602,0 (7,0 km de extensão, sentido Sul);
  • São Gabriel do Oeste – do km 620,4 ao km 629,0 (8,6 km de extensão sentido Sul);
  • São Gabriel do Oeste – do km 630,3 ao km 648,7 (18,4 km de extensão, sentido Sul);
  • Rio Verde de Mato Grosso – do km 651,8 ao km 656,2 (4,4 km de extensão, sentido Sul);
  • Rio Verde de Mato Grosso – do km 694,9 ao km 699,5 (4,6 km de extensão, sentido Sul);
  • Sonora – do km 824,5 ao km 832,6 (8,1km de extensão, sentido Norte).
As praças de pedágio serão construídas nos seguintes locais:
  • Mundo Novo, km 28,1;
  • Itaquiraí, km 113,0;
  • Caarapó, km 227,7;
  • Rio Brilhante, km 313,5;
  • Campo Grande, km 432,2;
  • Jaraguari, km 535,4;
  • São Gabriel do Oeste, km 605,0;
  • Rio Verde de Mato Grosso, km 705,2;
  • Pedro Gomes, km 819,8.
As bases operacionais do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) serão construídas nos seguintes segmentos:
  • Base 1 – Mundo Novo;
  • Base 2 – Itaquiraí;
  • Base 3 – Naviraí;
  • Base 4 – Juti;
  • Base 5 – Caarapó;
  • Base 6 – Dourados;
  • Base 7 – Rio Brilhante;
  • Base 8 – Nova Alvorada;
  • Base 9 – Campo Grande (Anhanduí);
  • Base 10 – Campo Grande;
  • Base 11 – Bandeirantes;
  • Base 12 – Congonha;
  • Base 13 – S. Gabriel do Oeste;
  • Base 14 – Rio Verde de MT;
  • Base 15 – Coxim;
  • Base 16 – Coxim;
  • Base 17 – Pedro Gomes.



Lei do descanso reduz 5% dos acidentes entre caminhoneiros

Em vigor desde setembro de 2012, a lei do descanso para motoristas de transporte de carga pesada e de passageiros fez com que os acidentes de trânsito diminuíssem em 5% no Piauí. Mas, mesmo assim, alguns motoristas se arriscam e descumprem a decisão para cumprir a viagem antes do tempo pré-determinado para a jornada.
A lei determina que dentro de 24h, os motoristas tenham 11h de repouso, mais 30 minutos de descanso a cada quatro horas de viagem. O descumprimento da lei gera a apreensão do veículo com pagamento de multa no valor de R$127,69 mais cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação. O procurador do Ministério Público do Trabalho, Edno Moura, comentou que mesmo com o benefício, muitos trabalhadores tentam descumprir a lei para chegar mais rápido ao destino final.
“Há uma resistência muito grande dos caminhoneiros, sobretudo os transportadores autônomos, em cumprir. Em razão dessa resistência, eles têm tentando de diversas formas alterar essa legislação no Congresso. Os trabalhadores autônomos, diferentemente dos empregados, podem trafegar por um período maior de até 12 horas. Mas ainda assim, eles acham esse tempo curto”, explicou.
Para o motorista José Pereira, a norma permitiu que os caminhoneiros trabalhassem com mais paciência e tranquilidade, com a consequente diminuição dos acidentes de trânsito. Já o motorista Luciano Arruda disse que a lei permitiu a melhor programação da viagem. “Nós programamos a viagem, desde a hora da partida com quatro horas de jornada, meia hora de descanso, encerrando às 22h”, descreveu.
Somente em 2013, a Polícia Rodoviária Federal contabilizou 979 acidentes de trânsito, sendo que 80% desse total envolviam caminhões. Para o agente Isaias Segundo, os motoristas querem passar o maior tempo possível na rodovia, sem fazer nenhuma parada para chegar mais rápido possível ao seu destino. “Por isso, acaba acarretando vários acidentes”, acrescentou.



Falta infraestrutura para escoar a soja no porto de São Luís-MA

Agricultores e empresas de transporte reclamam da dificuldade na hora de escoar a safra da soja no Maranhão. Os caminhões enfrentam longas filas nos portos.
A colheita da soja no leste do Maranhão terminou há um mês. Das 190 mil toneladas colhidas, 70% ainda estão estocadas porque há dificuldade para escoar a produção.
O porto em São Luís tem capacidade para receber a carga de 60 caminhões por dia, mas o número de veículos carregados com soja que chega diariamente é bem maior, por isso, as filas são comuns na época de safra.
As lavouras do leste do Maranhão ficam há menos de 300 quilômetros do porto. Em condições normais, os caminhões empregados no transporte dos grãos fazem até cinco viagens por semana, mas nesta safra, eles estão demorando cinco dias para ir e voltar.
Marconi Martins é representante de transportadora e comanda 100 caminhões. Segundo ele, a frota passa a maior parte do tempo parada, a espera de acesso à zona portuária. “Os caminhões hoje em dia não está servindo só para transportar, estão servindo também para armazenar os produtos porque não tem como descarregar. Tem caminhão que passa mais de uma semana carregado”.
“Nós estamos a somente 300 quilômetros de um dos melhores locais para se exportar soja do país, próximos de centros consumidores, no entanto, estamos praticando os preços de soja que produtores do Brasil central também praticam, estando há mais de mil quilômetros do porto”, diz Vilson Ambrosi, presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Meio Norte.
A VLI, empresa que administra o porto de São Luís, classifica o movimento como normal. A empresa informa ainda que tem investido para oferecer um serviço integrado aos produtores, envolvendo o porto, os terminais intermodais e a ferrovia.



RJ concentra 20% do total de roubos de cargas registrados em todo o país

O número de roubo de cargas tem aumentado no Rio de Janeiro, informou o Bom Dia Rio nesta terça-feira (15). Um dos pontos considerados mais críticos é a chegada ao município do Rio pela Rodovia Presidente Dutra. De acordo com a Federação de Transporte de Cargas do Estado, os produtos mais visados pelos bandidos são os eletroeletrônicos, alimentos, cigarros e remédios. O Rio de Janeiro concentra 20% do total de roubos registrados em todo o país.
Dados do Instituto de Segurança Pública mostraram um crescimento de mais de 50% de março a maio de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado – foram quase 1,3 mil assaltos em três meses.

“Eu fico sim com medo, porque nem todas elas [estradas] têm policiamento 24 horas. Então, dependendo do lugar e do horário eu fico com medo”, contou o caminhoneiro Luciano Freitas Cardoso.

O caminhoneiro Ivan da Silva contou que já foi assaltado quatro vezes. “Eu saí, fui abordado por quatro elementos. Levaram o carro, levaram a carga. Depois me liberaram e achamos o carro em outro local”, contou Ivan.


O bairro da Pavuna, na capital, é considerado o mais perigoso. Os criminosos atacam os caminhões que chegam pela Avenida Presidente Dutra, Avenida Brasil e Via Light. A proximidade com as comunidades Lagartixa, Pedreira e Quitanda facilita a fuga.
“Eles estão chegando aleatoriamente, pedem ao motorista a nota fiscal, verifica qual é a carga, vê se interessa ou não, e interessando eles não abrem nem a porta do motorista porque sabem que podem haver um aviso que o caminhão está sendo sinistrado. Então eles pedem para acompanhar a quadrilha. Normalmente utilizam fuzis e até granada para este tipo de assalto”, contou Venâncio Alves de Moura, diretor de segurança do SINDICARGA.
As ações violentas já causaram muito prejuízo. A Associação Nacional de Transporte de Cargas estima que o valor chegou a R$ 1 bilhão em 2013 em todo o país.

Os motoristas contaram que se protegem como podem. “Rodar fora de hora, transportar a carga fora de hora”, afirmou um motorista. Outro disse que não para em qualquer lugar e não confia em ninguém.

A Polícia Civil tem uma delegacia especializada em roubo de cargas. Em nota, a corporação informou que há inquéritos instaurados para identificar e localizar criminosos envolvidos nestes crimes.




Caminhoneiros fecham maior terminal ferroviário da América Latina

Mais de dois mil caminhões estão parados no maior terminal ferroviário da América Latina, em Rondonópolis. O movimento encabeçado pelos caminhoneiros reivindica melhorias na infraestrutura do local e cumprimento da carga horária de trabalho, que segundo eles, é extrapolada devido à demora na descarga dos produtos. A paralisação teve início por volta das 22h desta segunda-feira (14), e, conforme um representante do movimento, Helton Marconi, não há previsão para terminar.
Segundo o caminhoneiro, apesar de o terminal ter sido inaugurado há menos de um ano, a infraestrutura do local é precária. “Para você ter uma ideia, estamos hoje aqui em mais de dois mil caminhoneiros e apenas um banheiro com oito vasos sanitários funcionando, o pátio aqui é de terra e as manilhas do esgoto correm a céu aberto, o único restaurante que temos cobra valores que ultrapassam a nossa diária de alimentação que é de apenas R$ 28 por dia”, queixa-se Helton.
Em entrevista o caminhoneiro explicou que o terminal tem um prazo de 24 horas para descarregar e liberar os caminhões, porém, o tempo não é respeitado. “Eles demora em fazer a descarga e quando acontece é geralmente à noite depois que nós já tivemos uma carga horária de viagem exaustiva e esperamos horas na fila do terminal”, denuncia.
Helton esclarece que o tempo de espera dentro do terminal é contado a partir do registro da chegada do caminhoneiro. Um trabalho, que de acordo com ele, é executado por apenas três funcionários que não conseguem atender a demanda. Com a demora, o caminhoneiro ressalta que a carga horária de trabalha é extrapolada.
Outro lado
Por meio de nota, a administradora do terminal, América Latina Logística (ALL), alegou que a concessionária está em plenas condições para funcionar, aguardando apenas o fim da manifestação dos caminhoneiros que bloquearam o acesso a área operacional do terminal, impedindo que o mesmo possa operar. Para resolver o impasse a ALL aguarda a chegada do jurídico do Sindicato dos Motoristas ao terminal para ouvir suas reivindicações.
Ainda de acordo com a nota, o grande número de veículos no Complexo é decorrente dos caminhões que chegaram nesta manhã e remanescente ao do dia anterior, que teve acúmulo em virtude de dois bloqueios seguidos realizados por manifestantes na BR 364, Km 202, perímetro urbano da cidade.
Confira a integra do nota da ALL
A concessionária que administra a linha férrea na região esclarece que a fila gerada no terminal ferroviário em Rondonópolis, nesta terça-feira (15), foi agravada pela manifestação dos caminhoneiros que bloquearam o acesso a área operacional do terminal, impedindo que o mesmo possa operar. No momento, a ALL aguarda a chegada do jurídico do Sindicato dos Motoristas ao terminal para ouvir suas reivindicações. A empresa afirma ainda que está em plenas condições para funcionar, aguardando apenas o fim da manifestação. O grande número de veículos no Complexo é decorrente dos caminhões que chegaram esta manhã e remanescente ao do dia anterior, que teve acúmulo em virtude de dois bloqueios seguidos realizados por manifestantes na BR 364, Km 202, perímetro urbano da cidade.
Assessoria de Imprensa




Comissão mista debaterá percentual obrigatório de biodiesel

A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 647/2014, que aumentou o percentual de biodiesel no óleo diesel, terá nesta quarta-feira (16) audiência pública para debater a mudança.
Para discutir a MP foram convidados representantes dos Ministérios da Fazenda, de Minas e Energia e de Desenvolvimento Agrário, representantes da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) e da União Brasileira do Biodiesel e do Bioquerosene (Ubrabio).
A MP 647 aumentou o percentual de adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final. O percentual passou de 5% para 6% a partir de 1º de julho, e deve chegar a 7% a partir de 1º de novembro deste ano. A MP também autoriza o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a, em qualquer tempo, por “motivo justificado de interesse público”, reduzir esse percentual novamente a 5%.
Ainda de acordo com o texto editado pelo governo, o biodiesel necessário à adição deve ser fabricado preferencialmente a partir de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar. Segundo o governo, o objetivo, com a MP, é o de ampliar fontes renováveis, reduzir gases poluentes e gerar empregos no setor.
A comissão mista que analisa a MP é presidida pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e tem como relator da matéria o deputado Arnaldo Jardim. O relator-revisor é o senador Walter Pinheiro (PT-BA). Depois de aprovada na comissão, a MP será analisada pelos Plenários da Câmara e do Senado.
A audiência pública está marcada para as 14h30, na sala 06 da Ala Nilo Coelho.



Mais de 90% dos caminhões trafegam com excesso de peso em SC, diz PRF

Um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina calcula que apenas 10% dos caminhões que trafegam com excesso de peso pagam multa no estado. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, a multa é proporcional ao excesso de peso do veículo, e o motorista e o dono da carga devem ser autuados.
A PRF estadual analisou mais de 216 mil notas fiscais de oito empresas transportadoras. Cerca de 91% apontaram excesso de peso. Se as infrações tivessem sido flagradas, seriam arrecadados R$ 437 milhões em multas.
Em reportagem especial (assista o vídeo), o programa Estúdio Santa Catarina acompanhou um operação blitz no posto rodoviário da BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A balança no chão da rodovia revela o Peso Bruto Total (PBT) do caminhão. O limite depende da capacidade do veículo.
Em minutos, o pátio da Polícia lotou. Um dos caminhões foi flagrado com seis mil quilos acima da capacidade de carga e foi autuado. Outro motorista, que não quis se identificar, explica a razão da sobrecarga. “Eles [empresas que contratam o transporte] ganham por tonelada. Dependendo o que vai carregar compensa [pagar multa] pra eles”, afirma.
Multas
​A PRF divulgou uma relação de empresas catarinenses mais autuadas. A Setep soma mais de 31 multas no valor de R$ 64.267,17. A Sul Catarinense foi punida 20 vezes no valor de R$ 30.090,22. A Saibrita deveria arcar com R$ 33.090,59, equivalente a 19 multas.
A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional informou que está em negociação com as empresas. A Setep e a Sul Catarinense foram procuradas pela reportagem, mas preferiram não comentar o assunto. A Saibrita disse que o frete é terceirizado e que está recorrendo das multas.
Irregularidades e fraudes
O Ministério Público Federal (MPF) apura as irregularidades em um inquérito civil. A procuradora Daniele Escobar confirmou que o excesso de peso é recorrente e viola direitos dos cidadãos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram gastos R$ 55 milhões em reparos nas rodovias federais do estado em 2014.
Flagrado pela reportagem dispensando carga no acostamento, com volume considerado removido para a checagem na balança, um motorista negou a ação. “Deve ter voado com o vento”, ironizou. Depois mudou de ideia e afirmou ter entregue a carga para outro caminhoneiro.
Balanças
Em Santa Catarina, são apenas seis balanças para fiscalizar 2,5 mil quilômetros de rodovias federais. Uma fica na BR-282, em Maravilha, outra na BR-116, em Três Corregos. Há ainda quatro na BR-101, em Palhoça, Garuva, Itapema e Araranguá. Apenas nas balanças da BR-101 o motorista é obrigado a parar.
Entidades que fazem transporte falam dos problemas no excesso de carga
Entidades que representam as empresas que fazem o transporte de cargas se posicionaram nesta segunda-feira (14) sobre o constante excesso de peso dos caminhões que trafegam nas rodovias catarinenses.
Para a Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Santa Catarina (Fetranscesc), o problema está na imposição do excesso de carga na hora do frete. “A Federação não só recomenda como se coloca contra o excesso praticado por alguns transportadores. Há um envolvimento também, alguns casos, do embarcador”, declarou.
A irregularidade é frequente e prejudica as rodovias. “Quando há uma média de excesso de peso, cerca de 10%, você chega a reduzir a vida útil desse pavimento em até 50%, ou seja, em vez de durar 10 anos, vai durar 5 anos”, afirmou Hélio Geoltsman, engenheiro e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os caminhoneiros também correm riscos ao trafegar com quilos a mais que o permitido. “Se tu pega uma tranqueira, vai frear como na corrida, né? Ou alguém atravessa na frente, não segura o caminhão de jeito nenhum, né? Por isso, que dá a maioria dos acidentes aí”, disse um motorista que preferiu não se identificar.
Segundo reportagem da RBS TV, a punição para o excesso de peso é considerada tão amena que a maioria das multas nem é paga. E o que pode ser feito para mudar essa realidade? Os sindicatos fazem campanha de conscientização contra o excesso, mas também não parece ser suficiente.
Conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Florianópolis (Sindicargas), Júlio César Hesse, falta muito para que o problema seja resolvido. As balanças são raras em Santa Catarina e, em muitos pontos do estado, o excesso de peso é comum. Um exemplo é o que ocorre no trajeto ao aeroporto da capital, que passa por obras de ampliação. As transportadoras saem de Biguaçu carregando os materiais e no caminho não existe fiscalização.



Oito estados e o DF terão reajuste nos preços dos combustíveis a partir do dia 16

A partir de 16 de julho, oito estados e o Distrito Federal terão novos preços médios de combustíveis para consumidores finais. Os novos valores foram definidos pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e estão publicados no DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (10).
As alterações valerão, além do DF, para Alagoas, Amazonas, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.
Veja os novos valores:
Gasolina:
  • AL: R$ 2,992
  • AM: R$ 3,2096
  • DF: R$ 3,156
  • PB: R$ 2,874
  • PI: R$ 2,8717
  • RJ: R$ 3,1811
  • RN: R$ 3,031
  • RO: R$ 3,21
  • SP: R$ 2,861
O aumento mais expressivo é do Amazonas. Segundo o último ato do Confaz, de junho, o preço médio da gasolina estava em R$ 3,1325. São Paulo e Rio de Janeiro registraram redução. Os valores, segundo ato de junho, eram, respectivamente, de R$ 2,881 e R$ 3,1935.
O Acre tem o valor mais caro do combustível, de R$ 3,3888 o litro. Em São Paulo, o preço médio da gasolina é o mais baixo.
Diesel:
  • AL: R$ 2,447
  • AM: R$ 2,5721
  • DF: R$ 2,547
  • PB: R$ 2,4331
  • PI: R$ 2,5042
  • RJ: R$ 2,5266
  • RN: R$ 2,478
  • RO: R$ 2,76
  • SP: R$ 2,4782
As elevações mais significativas foram observadas no estado de Amazonas, onde o diesel, segundo ato do Confaz de junho, estava custando em média R$ 2,5564, e no Rio de Janeiro, que tinha preço médio de R$ 2,5022.
No Acre, o litro do diesel é o mais alto: R$ 3,0314. No Mato Grosso do Sul o preço, de R$ 2,30, é o menor valor médio do país.
Etanol:
  • AL: R$ 2,553
  • AM: R$ 2,5896
  • DF: R$ 2,505
  • PB: R$ 2,3171
  • PI: R$ 2,6242
  • RJ: R$ 2,4977
  • RN: R$ 2,656
  • RO: R$ 2,67
  • SP: R$ 1,894
Distrito Federal, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram redução no preço médio do etanol. A queda mais expressiva foi em SP, de aproximadamente R$ 0,02. Em Rondônia o custo aumentou R$ 0,07.
O Amapá tem o preço médio mais elevado: R$ 2,80 o litro do etanol. Em São Paulo, o valor é o menor do país.
Para ver o ato do Confaz com os preços médios dos combustíveis em todos os estados, publicado nesta quinta-feira no DOU, clique aqui.