Reoneração pode gerar demissões em massa no setor de transporte


A reoneração da contribuição previdenciária, se aprovada pelo governo federal, pode gerar demissão em massa no setor transportador, que, no ano passado, teve que fechar mais de 90 mil postos de trabalho devido à grave crise econômica do país. A retração no PIB do transporte foi de 7,1% em 2016, sendo o pior resultado entre os setores produtivos.

Além disso, a medida vai gerar aumento significativo da inflação, principalmente na área de mobilidade urbana. Na avaliação do presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, “a reoneração penaliza o setor produtivo, que é fundamental para a reativação da economia brasileira”.

Clésio Andrade destaca ainda que o transporte é essencial para qualquer atividade. “Fazemos a movimentação de trabalhadores e transportamos toda a produção do país, desde os insumos aos bens finais.”

A reoneração aumentará significativamente o custo da prestação dos serviços de transporte e impactará o preço dos bens de produção nacional, com reflexo direto sobre a mesa do trabalhador. Isso será decisivo para a redução da renda da população, já comprometida pela crise e pelo elevado nível de desemprego do país. “Sem o transporte, o Brasil para. Os impactos da reoneração atingirão tanto a área de cargas quanto a de passageiros”, diz Clésio Andrade.

Fonte: Agência CNT de Notícias



Roubo de cargas causa alta sinistralidade em transportes

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O mercado de seguro transporte passa por um período desafiador. Com notícias de assaltos frequentes, os clientes investem no gerenciamento de risco para conseguir contratar um seguro com taxas não proibitivas.

O volume de contratação de seguros chegou a R$ 2,99 bilhões em 2016, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) agrupados pela consultoria Siscorp. Cerca de 62,9% desse valor voltaram aos clientes em indenizações pagas, principalmente por roubo. No segmento de transporte nacional, esse índice supera 80%.

O seguro de responsabilidade civil do transportador, obrigatório por lei, representou R$ 1,7 bilhão do total. O transporte nacional registrou volume de vendas de R$ 815 milhões em 2016, alta de 13,8% comparado com 2015, e o transporte internacional, de R$ 454,8 milhões, queda de 6,2%.

Segundo Rose Matos, gerente de transportes da Porto Seguros, o seguro de responsabilidade civil facultativo por desaparecimento de carga, voltado para a cobertura a roubos de carga, atingiu índice de sinistralidade de 89,9%, muito acima dos 60% considerados uma marca mediana para a lucratividade da carteira. “Entre as mercadorias mais roubadas estão os produtos alimentícios, combustíveis e confecções em geral, seguidos de mercadorias constantemente visadas, como eletroeletrônicos, medicamentos e pneus.”

O roubo e furto ocorrem em todo o país, porém mais no eixo Rio São Paulo. Levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) revela que os registros de roubos de carga saltaram de 8.490 em 2015 em São Paulo, para 9.943, em 2016. No Rio, segunda praça mais visada pelas quadrilhas, os casos saltaram de 7.225 em 2015 para 9.870 no ano passado.

“É preciso ter leis mais severas para punir os receptadores”, afirma Adhemir Fuji, consultor de gerenciamento de risco do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (SindSeg-SP). “Tudo que é possível fazer em termos de gerenciamento de risco e tecnologia é feito pelas seguradoras em parceria com seus clientes e empresas de rastreamento. Resta agora os governos atuarem mais próximos das quadrilhas para inibir a escalada da violência em transporte de cargas.”

Enquanto aguardam do governo medidas mais enérgicas quanto a punição das quadrilhas especializadas em roubo e distribuição de cargas roubadas, a saída, apontada por Eduardo Michelin, responsável pela área de transporte da corretora Willis Towers Watson, é conseguir equilibrar os resultados com o gerenciamento de risco.

De um lado a pressão dos clientes por redução de despesas e por corte de gastos cresceu vertiginosamente. De outro, um significativo aumento da sinistralidade, índice que mostra o volume pago de indenizações sobre o valor pago pelos clientes às seguradoras. “A gestão do risco que era uma questão opcional, agora se tornou mandatória. Sem isso, esqueça o seguro”, afirma.

A Sompo Seguros reformulou o produto e criou uma área de gerenciamento de risco que supervisiona o prestador de serviço responsável pela escolta e monitoramento. Ao que tudo indica, tem dado certo. O crescimento das vendas em transporte foi de 63% em 2016, conta Adailton Dias, diretor da área de transportes. “O gerenciamento de risco, quando bem realizado, pode ser crucial para que o transporte da carga aconteça de forma segura, eficaz e sem custos excessivos ou não previstos.”

A Tokio Marine aposta nos produtos sob medida. Felipe Smith, diretor executivo de produtos pessoa jurídica, afirma que a saída é desenhar planos de gerenciamento sob medida para cada cliente e também ofertar serviços que apoiem os clientes na prevenção. “Desenvolvemos gerenciamentos mais robustos em datas especiais do comércio. Também temos programas para ajudar os motoristas no dia a dia, como o SOS Estrada.”

A Liberty reformulou a carteira diante das perdas e voltou a apostar no segmento. “Reestruturamos a área por uma série de fatores, um deles foi a busca de um crescimento mais sustentável. Este trabalho foi baseado em quatro pilares: pessoas, resultados, sistema e lançamento de um novo produto, o Transporte Fácil, que nos ajuda a aumentar nossa capilaridade”, conta Marcos Siqueira, superintendente de transporte da Liberty Seguros.

Carlos Polízio, diretor de seguros transporte da BB Mapfre, afirma que as oportunidades estão focadas em disponibilizar soluções às pequenas e médias empresas, tanto no mercado nacional quanto em operações internacionais.

Alexandre Leal Rodrigues, presidente da Comissão de Transportes da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), reconhece que há uma inteligência do mal, capaz de neutralizar os efeitos do sofisticado arsenal tecnológico usado no rastreamento e monitoramento das cargas. “Ter uma política de subscrição adequada é a única arma para evitar perdas maiores.”

Fonte: Valor



Termina a greve dos transportadores de contêineres em SC


Terminou no fim da tarde desta quarta-feira a greve dos caminhoneiros autônomos, que já durava quase um mês nos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá. Após negociação intermediada pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII) os transportadores concordaram com uma reposição de 15% sobre os valores já praticados nos fretes, válida de imediato para as viagens internas, e a partir de 15 de abril para as viagens para fora da cidade ou do Estado. O acordo também prevê a criação de uma Câmara Setorial para tratar dos assuntos que envolvam o transporte de contêineres em Itajaí, onde está a maior base da categoria.

Embora a negociação tenha sido tratada entre os sindicatos de Itajaí e Navegantes, os termos devem ser adotados também em Itapoá, que embora tenha uma entidade patronal diferente, tem o mesmo sindicato representando os trabalhadores.

A paralisação vinha causando prejuízos aos portos. Em Itajaí o movimento de caminhões havia reduzido 53% e parte das cargas que deveriam ter entrado no terminal foram desviadas para os portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS). Exportadores de cargas perecíveis, como o frango, principal produto do comércio exterior em Santa Catarina, ameaçavam deixar definitivamente de operar através dos portos do Estado caso não se chegasse a uma solução em breve.

A negociação terminou em um momento em que a paralisação chegava ao momento mais crítico. Pela manhã e no início da tarde de ontem a situação ficou tensa em Itajaí e Navegantes, com caminhões apedrejados por furarem o bloqueio dos grevistas. Os caminhoneiros paralisados se revoltaram depois que o sindicato patronal voltou atrás em uma tentativa de acordo mediada pelos prefeitos e associações empresariais das duas cidades, na terça-feira.

A assinatura que selou o fim da paralisação _ e dos conflitos _ ocorreu no gabinete do prefeito Volnei Morastoni (PMDB).

Fonte: Diário Catarinense



Transportadores avaliam efeitos do projeto que regulamenta terceirização


O projeto de lei 4302/98, que permite a terceirização para todas as áreas (atividades-fim e atividades-meio) nos setores público e privado, aprovado pela Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (22), segue para sanção presidencial. Para o setor transportador, a expectativa, em linhas gerais, é que isso ajude a movimentar a economia, promova o empreendedorismo e garanta mais segurança jurídica para os empregadores.
O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, destaca que o regramento era fundamental. “A terceirização é o mecanismo mais moderno de eficiência que existe. No transporte, por exemplo, uma transportadora tem uma parte de caminhões próprios e uma parte de caminhoneiros proprietários do seu próprio veículo que são contratados. É uma atividade-fim e até é melhor para quem teu seu veículo e passa a ter essa possibilidade de trabalho”, diz. O tema foi um dos destacados por Clésio Andrade em discurso proferido na 104ª Conferência Internacional do Trabalho, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em nome da delegação empregadora brasileira. Na manifestação, o presidente da CNT destacou que o regramento é necessário para ajudar a combater a informalidade.
Na avaliação do presidente da ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Cargas), Pedro José de Oliveira Lopes, com o projeto, esse tipo de relação trabalhista passa a ser claramente disciplinado. Até então, havia somente um entendimento do TST (Tribunal Superior do Trabalho), especificado em uma súmula, que dizia que as empresas somente podiam subcontratar serviços para atividades-meio, não para atividades-fim. Além disso, acredita que as mudanças fomentarão a economia “As relações de trabalho precisam estar em constante renovação, modernização. A terceirização também era essencial para a formação de redes de produção locais, regionais, nacionais, para uma estrutura produtiva mundial cada vez mais interconectada. A terceirização serve de estimulo à inserção de empresas no setor produtivo e ao empreendedorismo, além de contribuir para a geração de emprego”, diz Pedro Lopes.
A segurança jurídica proporcionada pela clareza do regramento é um dos efeitos centrais que, sancionada, a nova legislação deve gerar, especialmente para o setor transportador. É o que avalia o presidente da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), José Helio Fernandes. Ele explica que isso trará facilidade na gestão das empresas de transporte e, por isso, considera um marco para o setor. José Hélio Fernandes esclarece que, pelas características da atividade transportadora, a necessidade de pessoal varia, o que exige contratações que não gerem vínculo empregatício. “Há períodos em que a demanda aumenta e o que a empresa tem não é suficiente para atender. Aí chama o transportador autônomo. Mas isso gerava muitos litígios na Justiça do Trabalho, causando seriíssimos problemas. Agora acreditamos que a lei esclarece o que pode terceirizar, o que pode contratar e ajuda a evitar esses conflitos todos”.
O presidente da NTC também contraria argumentos opostos à terceirização e avalia que é um equívoco dizer que os direitos do trabalhador serão prejudicados. “Isso não tira direitos. O que se quer é ter segurança no que se faz e ter flexibilidade na forma de contratar o trabalhador, sem que gere insegurança para ambos os lados. Esperamos um cenário mais disciplinado daqui para frente”, sustenta.
Outro efeito, diz o presidente da Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Vicente Caleffi, é o ganho de eficiência e de economicidade nas operações do transporte e, como consequência, barateamento do frete. “A segurança jurídica e a economicidade são efeitos dessa nova lei, porque estava muito difícil de fazer investimentos próprios com pouca utilidade no caso distribuição. Se um caminhão chega com muitas entregas em uma cidade polo, por exemplo, a distribuição por outros lugares precisava ser feita com veículos próprios e acarretava altos custos. A terceirização permite que o serviço seja feito por terceiros, beneficiando especialmente o usuário do transporte, o que deve deixar o frete mais em conta”, explica.
O presidente da República, Michel Temer, tem 15 dias úteis, a contar do recebimento do projeto de lei, para analisá-lo e decidir se vetará algum trecho. Clique aqui para saber mais sobre o projeto.

Conheça os principais pontos:
* Permite o uso da terceirização em todas as áreas (atividade-fim e atividade-meio) das empresas.
* Trabalho temporário – aumenta de três (3) para seis (6) meses o tempo do trabalho temporário, prazo que pode ser alterado por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
* Anistia foi excluída – parecer do deputado Laércio Oliveira (SD-SE), excluiu do texto uma anistia para as empresas – tanto contratantes quanto de terceirização – relativa a multas e penalidades impostas com base na legislação modificada e não compatível com a nova lei.
* Responsabilização subsidiária – estabelece a responsabilidade subsidiária da empresa contratante em relação à responsabilidade da empresa de serviços terceirizados pelas obrigações trabalhistas.
* Obrigações previdenciárias – as obrigações previdenciárias deverão seguir a regra estipulada na Lei 8.212/91, que prevê o recolhimento de 11% da fatura de serviços de cessão de mão de obra a título de contribuição previdenciária patronal.
* Garantias no contrato – o substitutivo do Senado também muda cláusulas que deverão constar obrigatoriamente do contrato de prestação de serviços.
* Condições de trabalho – diferentemente do texto da Câmara, que previa a garantia, aos terceirizados, do mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos empregados da contratante, o substitutivo do Senado torna isso facultativo, incluindo nesse caso o acesso ao refeitório. Permanece, entretanto, a obrigação de a contratante garantir condições de segurança, higiene e salubridade aos trabalhadores.
* Quarteirização – será permitido à empresa de terceirização subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho a ser realizado por seus trabalhadores nas dependências da contratante (“quarteirização”).
* Capital mínimo – em vez de um capital mínimo de R$ 250 mil, como previa o texto aprovado anteriormente pelos deputados, a redação do Senado cria um escalonamento segundo o número de empregados da empresa de terceirização. Para aquelas com até dez empregados, o capital mínimo seria de R$ 10 mil; de 10 a 20, de R$ 25 mil; de 20 a 50, capital mínimo de R$ 45 mil; de 50 a 100 empregados, capital de R$ 100 mil.
Fonte: Agência CNT de Notícias



Caminhoneiros preparam mobilização por política de preços


Os caminhoneiros devem fazer uma grande mobilização nacional para pressionar pela criação de uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas. De acordo com o representante do Movimento dos Transportadores de Grão (MTG), Gilson Baitaca, a matéria está parada desde dezembro de 2016, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. “É a comissão mais importante do Parlamento e está parada. É um absurdo”, disse, ao Só Notícias.

Segundo Baitaca, a intenção é fazer uma paralisação nas rodovias por vários dias. “Estamos tentando reunir as lideranças nacionais, em todos os Estados. Queremos juntar energia para fazer algo grande. Tudo será amplamente planejado. O que estamos tentando fazer, neste momento, é reunir recursos e unir a categoria”.

Em dezembro do ano passado, foi aprovado na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados o projeto (PL 528/15) que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas. Agora, a proposta passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, se aprovada, seguirá direto para o Senado. A última tramitação do projeto ocorreu ainda no dia 16 de dezembro, quando foi aberto prazo para emendas na Comissão de Justiça.

O projeto determina que, nos meses de janeiro e julho, o Ministério dos Transportes regulamente os valores mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado. Até que isso ocorra, o texto prevê como mínimo R$ 0,90 por quilômetro rodado para cada eixo carregado, no caso de cargas refrigeradas ou perigosas; e de R$ 0,70, nos demais tipos de cargas. Para fretes considerados curtos (em distâncias inferiores a 800 quilômetros), esses valores são acrescidos em 15%.

Fonte: Só Notícias




Sem acordo, caminhoneiros seguem em greve em cidades portuárias de SC


Os caminhoneiros autônomos que fazem o transporte de contêineres de quatro cidades portuárias de Santa Catarina continuavam em greve até a noite desta quarta-feira (22). Cerca de 2 mil trabalhadores pedem reajuste no valor pago pelo frete, mas não houve acordo com o sindicato das empresas. A greve ocorre em Itajaí, Navegantes, no Litoral Norte, Itapoá, no Norte, e Imbituba, no Sul.

Das quatro cidades onde a categoria está em greve, a adesão maior é em Itajaí. O sindicato dos trabalhadores calcula que 80% dos caminhoneiros autônomos estejam parados. Esses profissionais são contratados por transportadoras que prestam serviços para empresas que operam nos portos.

Por enquanto, os portos não sentiram reflexos da greve porque os trabalhadores que não aderiram estão prestando serviço. Porém, o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina  (Sindicarne), disse que a paralisação prejudica esse setor. “Não estão deixando passar. Estão quebrando os rótulos, com isso o produto precisa voltar pra inspeção, precisa reexaminar. É lamentável, com tantos problemas, essa falta de percepção”, disse Ricardo Gouvêa.

Negociações
A greve começou em 2 de março. Três dias depois, voltaram a trabalhar porque as empresas disseram que iriam negociar. Na segunda (20), pararam novamente porque ainda não houve acordo.

Os motoristas autônomos comparam o que recebem com o que é pago em outras cidades portuárias, como Santos, em São Paulo. Pedem um reajuste de 30% no valor do frete. Mas as empresas dizem que estipular uma tabela de valores pode caracterizar formação de cartel. E o sindicato delas alega que a reivindicação é absurda.

“Esses 30% não vão ser aceitos por ninguém. Nem por nós, nem pelo próprio embargador, pelo cliente. Isso é fora de cogitação, 30% de reajuste no mercado que nós estamos enfrentando hoje”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Veículos de Transporte de Carga e Logística de Itajaí e Região (Seveículos).

Atualmente, para fazer um percurso de 15 quilômetros, por exemplo, o caminhoneiro ganha R$ 90. Algumas empresas já aceitaram pagar 15% a mais.

“Hoje, a gente não está conseguindo receber nem para manter o caminhão. O que a gente consome do insumo do caminhão, óleo, pneu, manutenção, impostos, a gente não está conseguindo receber isso no frete. Não tem como”, disse o transportador autônomo Janderson Maçaneiro.

Fonte: G1




Projeto prevê aposentadoria especial para motoristas profissionais

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O número de motoristas brasileiros que dorme ao volante e provoca acidentes chama a atenção de especialistas. Um projeto em análise no Senado cria o Estatuto do Motorista e prevê aposentadoria especial para a categoria após 25 anos de trabalho.
O  PLS 271/2008, que cria o Estatuto do Motorista profissional, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) onde aguarda a designação de relator. A reportagem é de Ana Beatriz Santos, da Rádio Senado.





Setor de transporte gera quase dois mil novos empregos em fevereiro


O setor de transporte criou 1.818 novas vagas de trabalho em fevereiro de 2017. É a primeira vez, nos últimos meses, que se tem uma variação positiva entre o número de admissões e demissões no setor transportador.

O resultado positivo se deve, em parte, à recuperação do nível de atividade econômica do Brasil, uma vez que, à medida que os setores voltam a produzir, demandam o serviço de transporte para receber insumos e distribuir mercadorias, seja no mercado interno, seja no externo. Outro fator que impactou a abertura de vagas no setor é o início do escoamento da safra de soja.

No entanto, apesar do resultado positivo de fevereiro, o estoque de empregos estimados para 2017 ainda está abaixo do de 2016. No acumulado do ano, foram fechados 9,6 mil postos de trabalho apenas no setor transportador.

O modal rodoviário, o mais utilizado no país para transporte de cargas e de passageiros, é o que registra a maior perda no período: 8.471 postos. Por outro lado, também foi o que criou mais vagas no mês de fevereiro de 2017 (1.601 postos).





Governo estuda aumentar impostos sobre combustíveis para fechar contas


A elevação de PIS e Cofins sobre a gasolina e diesel é a alternativa de alta de tributo considerada mais viável pela área técnica do governo para ajudar no cumprimento da meta fiscal deste ano. A medida pode garantir uma arrecadação extra de R$ 3 bilhões em 2017.

Apesar da promessa do presidente Michel Temer de não aumentar a carga tributária no seu governo, a alta de tributos está na mesa de discussão da equipe econômica como uma das opções para ajudar a tapar o buraco de R$ 40 bilhões nas contas do governo. É o que falta de receita para fechar o Orçamento dentro da meta fiscal, que prevê déficit de R$ 139 bilhões nas contas.

Nesta quarta-feira (15), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o corte no Orçamento, que deve ser anunciado na próxima semana, poderá ser reduzido ao longo do ano com o aumento de impostos. De acordo com ele, com o relatório de receitas e despesas, também será anunciado se haverá ou não a necessidade de aumento de impostos e quais as propostas do governo para a alta de tributos.

Entre as propostas entregues pela área técnica estão também o aumento de IOF sobre algumas operações de câmbio e de crédito e a reoneração da folha de pagamento. No entanto, esta última é considerada bem mais complexa, pois depende de aprovação de projeto de lei ou medida provisória. O aumento de PIS e Cofins sobre combustíveis e do IOF pode ser feito por decreto, o que evitaria discussões no Congresso neste momento conturbado da política. A elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide, o imposto sobre gasolina), além de ter de ser aprovada pelos parlamentares, só poderia entrar em vigor depois de três meses da data da aprovação.

A insuficiência de caixa terá de ser coberta com corte de despesas, receitas extraordinárias já esperadas com os programas de repatriação e de regularização tributária e, agora, com a provável alta de impostos. Segundo Meirelles, o governo trabalha com a expectativa de arrecadar R$ 7 bilhões para União com a repatriação.

A equipe econômica não quer correr risco de ter de mudar a meta fiscal ao longo do ano. Mas enfrenta a dificuldade de ter de trabalhar num ambiente de grande incerteza de receitas — inclusive da arrecadação com concessões e privatizações — prevista no Orçamento aprovado pelo Congresso. O aumento de impostos pode reduzir a necessidade de um corte maior.

O jornal apurou que foram apresentadas várias propostas de aumento de impostos, mas a definição só ocorrerá na semana que vem, depois que Meirelles voltar da reunião do G-20, na Alemanha. Há diversas propostas circulando. A estratégia é que o contingenciamento fique mais próximo de R$ 30 bilhões, disse uma fonte da equipe econômica, acrescentando que os valores estão cercados ainda de uma “margem de grande incerteza”.

IOF

A elevação do IOF (Imposto de Operações Financeiras) sobre algumas operações de câmbio, que hoje já são tributadas em 0,38%, e de crédito, que hoje não são tributadas, também estão em análise. Entre elas, crédito rural e do BNDES. Elas poderão garantir mais R$ 1,2 bilhão este ano, se começarem a vigorar em 1.º de abril. Em 12 meses, a medida garante cerca de R$ 1,6 bilhão.

Para o economista Raul Velloso, esse é o pior momento para aumento de impostos, pois iria punir alguns segmentos da sociedade por uma busca de cumprimento da meta de déficit primário que não justifica o esforço, além de destoar da política anunciada anteriormente, de estabelecer um limite de gastos por parte do governo.

Na contramão, o professor da EPGE/FGV Antonio Carlos Porto Gonçalves diz que um aumento pontual de impostos poderia acelerar a política de corte de juros sem minar a volta da disposição para o consumo da sociedade ou a volta do investimento.




Caminhões sem manutenção podem levar risco às estradas


Nas estradas, o perigo é a carga pesada. Caminhoneiros estão deixando de fazer a manutenção dos veículos. Eles culpam a crise e rodam arriscando a vida deles e de outros motoristas.

Segundo a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo, este ano o número de viagens para frete caiu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. As oficinas sentiram o efeito disso.

Um estepe completamente careca. E sabe o que é pior? A chance do motorista precisar dele é grande. É que os outros pneus também estão em más condições.

“A gente está rodando assim, porque está feio mesmo a situação, mas vai melhorar, espero que esse país melhore. Não pode parar, porque tem as continhas para pagar”, conta o caminhoneiro Osvaldo Cardoso.

Um grande perigo. No vídeo cedido pela concessionária rota das bandeiras, por exemplo, camadas do pneu de um caminhão se soltam, começa um incêndio e o veículo acaba tombando na rodovia. Por sorte, o acidente não envolveu nenhum outro carro.

Sabendo de tudo isso, o que mais assusta é que não são casos isolados. Hoje, três em cada dez caminhões autônomos que circulam pelas rodovias do estado de São Paulo estão com a manutenção atrasada. Seria um reflexo da crise financeira.

Segundo a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo, este ano, o número de viagens para frete caiu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. As oficinas sentiram o efeito disso.

A oficina mostrada na reportagem teve uma redução de 40% no movimento. Tanto que, antes da crise, não havia uma parede. O espaço era maior para abrigar mais veículos.

“Teve que diminuir o barracão, diminuir funcionários, tive que dispensar. Nós éramos em oito funcionários, hoje nós só estamos com três funcionários”, explica o dono da oficina, João Borges.

O consultor automotivo Alan Galusni diz que o risco sempre existe em qualquer veículo sem manutenção, no caso dos caminhões, a preocupação é ainda maior. “Tem a questão da velocidade. Eu preciso parar esse caminhão, eu preciso fazer uma curva, eu não vou conseguir por causa dessa manutenção”, afirma.

O mecânico Onéssimo Silva sabe que muito motorista adia a manutenção o máximo possível. “Se der como andar, ele vai andar. Ele dificilmente vai parar para fazer o que tem que ser feito”, conta.

Difícil é convencer os caminhoneiros que o risco não vale a pena. “Fico empurrando com a barriga, de um lado para o outro. Vai chegar uma certa hora que vai ter que fazer a manutenção, vai ter que botar os pneus, não adianta. Saia de onde sair o dinheiro, tem que se virar”, diz o caminhoneiro Rudimar Vidal.




Petrobras anuncia nova redução de preços da gasolina e diesel


A Petrobras anunciou redução do preço do diesel em 4,8%, e da gasolina em 5,4%, em média, nas refinarias. Os novos valores começam a ser aplicados a partir deste sábado (25).
De acordo com a empresa, a decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços, pela redução no valor dos fretes marítimos e ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno.
“A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade. Os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017/2021”, informou.

Segundo a empresa, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor.
“Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores. Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 3% ou cerca de R$ 0,09 por litro, em média, e a gasolina 2,3% ou R$ 0,09 por litro, em média”, informou.
Os postos de gasolina repassam ao consumidor os custos de toda a cadeia do combustível. Além da gasolina pura comprada de refinarias, as distribuidoras também compram de usinas produtoras o etanol, que é misturado à gasolina que será vendida ao consumidor, em proporção determinada por legislação.
As distribuidoras, então, vendem a gasolina aos postos, que estabelecem o preço por litro que será cobrado do consumidor.
Última revisão
Na última revisão de preços feita pela empresa, no dia 27 de janeiro, os preços da gasolina e do diesel cobrados pela Petrobras nas refinarias foram reduzidos em 1,4% e 5,1% respectivamente.
Nova política de preços da Petrobras
Desde outubro, a Petrobras pratica uma nova política de definição de preços dos combustíveis, com reuniões mensais para definir os valores da gasolina e do diesel cobrados nas refinarias. Na reunião anterior, realizada no dia 5 de janeiro, a Petrobras tinha aumentado o preço do diesel e mantido o da gasolina.
Na prática, o preço da gasolina e do diesel passou a flutuar como uma commodity no mercado nacional, alternando quedas e baixas, refletindo tanto os preços internacionais como também o câmbio e concorrência do mercado de distribuidores.
Na primeira reunião, em outubro do ano passado, a estatal reduziu em 3,2% o preço da gasolina e em 2,7% do diesel nas refinarias. No mês seguinte, fez uma nova redução na gasolina e diesel, respectivamente, de 3,1% e 10,4%.
Em dezembro, a empresa reverteu a tendência de queda e elevou os preços do litro da gasolina (8,1%) e diesel (9,5%). Na primeira reunião de 2017, no dia 5 de janeiro, a estatal manteve o preço da gasolina e elevou em 6,1% os valores cobrados pelo litro do diesel nas refinarias.
Preço médio fica igual
O último levantamento anunciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que o preço médio da gasolina nos postos ficou praticamente estável na semana encerrada no dia 17 de fevereiro. Com isso, a redução de preços nas refinarias, anunciada no final de janeiro pela Petrobras, continua sem ser ser sentida pelos consumidores.
Segundo a pesquisa, o valor médio do litro da gasolina no país passou de R$ 3,754 na semana encerrada no dia 11 de fevereiro para R$ 3,758 no período entre os dias 12 e 17 de fevereiro. Na semana em que a Petrobras anunciou o reajuste, o preço médio estava em R$ 3,765. Em 3 semanas, o recuo foi de 0,19% ou de menos de 1 centavo por litro.


Fonte: G1



Centenas de caminhoneiros são multados por rodarem em horário proibido

A PRF flagrou e multou centenas de carreteiros rodando em BRs de pista simples, em horários em que eram proibidos de trafegar. As multas são médias, R$ 135, com quatro pontos na carteira.
As restrições são para aliviar o tráfego nas rodovias, por causa do maior número de turistas nas estradas, devido ao feriado de carnaval. 

Veja todas as datas e horários das restrições:












Força-tarefa tenta minimizar danos na BR-163


Uma força-tarefa formada por servidores federais e estaduais tenta minimizar os efeitos que as fortes chuvas provocaram na BR-163 entre os municípios paraenses de Trairão e Novo Progresso.

Grande parte da estrada se transformou em um atoleiro. Cinquenta quilômetros da rodovia estão interditados. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalham na recuperação emergencial da rodovia em seis pontos do trecho.

Além da estrada, pontes no local estão em situação precária. O local chegou a registrar mais de 50 quilômetros de engarrafamento por causa dos cerca de 2 mil caminhões que ficaram retidos na noite de segunda-feira.    

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Exército fazem o ordenamento das carretas. Os veículos tentam chegar aos cinco terminais portuários da região de Miritituba, por onde escoa grande parte da produção de grãos do Mato Grosso. A Polícia Militar (PM) reforça a segurança no local e a Defesa Civil estadual monitora as ocorrências.


As equipes fazem o levantamento dos danos e ajudam na distribuição de água mineral e cestas básicas nas comunidades afetadas que sofrem com o desabastecimento. 

Duas cozinhas foram montadas para dar suporte aos caminhoneiros. Além disso, aeronaves estão de prontidão em Itaituba (PA) e Santarém (PA) para caso seja necessário o resgate de pessoas na rodovia.

Segundo a Defesa Civil, nas últimas semanas a região foi impactada pelo maior volume de chuvas dos últimos 30 anos em um curto período. As águas atingiram os cerca de 100 quilômetros não asfaltados da BR-163, próximos ao município de Trairão.