Sindicato quer mudanças na Lei dos Caminhoneiros

A tão esperada mudança parece estar longe de acontecer. A lei que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros, não foi muito bem aceita. Ela estabelece 11 horas de descanso para o motorista que nunca são cumpridas, já que o prazo de cargas descargas precisa ser cumprido à risca. Por isso o Sindicato tem outra proposta, que a viagem acontece entre as 6 horas da manhã e 22 horas, e que o restante do tempo seja livre.

Permanecer na profissão têm sido um desafio, principalmente porque está tudo muito caro, para se ter uma ideia, 75% do que ganha vai para o pagamento de despesas: troca de pneus, manutenção geral do caminhão e o diesel que para piorar aumentou e não é só isso, tem caminhoneiro que paga caro para estacionar no pátio de postos e para tomar banho, tem locais que cobram R$ 50 para pernoitar e R$ 12 por um banho rápido. "É complicado, se abastecer eles dão vale banho, mas se não abastecer eles não deixam nem ficar no pátio do posto", diz o motorista Devonzir Lopes.

Para que as mudanças realmente aconteçam, o sindicato dos caminhoneiros, não descarta novos protestos que podem acontecer a qualquer momento, o pedido é para a alteração da lei.


fonte.



Para sindicalistas, caminhoneiro saiu ganhando com a nova lei

O presidente da União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam), José Araújo China da Silva, chamou a atenção para a redução da base de cálculo do Imposto de Renda para autônomos de 40% para 10%, antiga reivindicação da Unicam.
 
Pelos cálculos dele, um caminhoneiro que fatura perto de R$ 40 mil, brutos, pagou em 2012 cerca de R$ 3.800 por mês de imposto, e esse valor vai cair para perto de R$ 200 em 2013. “É uma mudança muito grande, que incentiva a categoria a se formalizar.”

China cita também a redução dos juros do Procaminhoneiro para 2,5% ao ano. “Tudo se liga: com a redução do imposto de renda e o fim da carta-frete, o caminhoneiro tem como comprovar renda e aproveitar os juros baixos”, destaca.

Ele acredita que a categoria só tem a ganhar com a Lei 12.619, a Lei do Descanso. Limitando o tempo de direção, vai haver demanda por mais mão de obra, que já é escassa. “O resultado é a melhoria do frete”, acredita.

China lamenta que a presidenta Dilma Rousseff tenha vetado o artigo que obrigava as concessionárias a construírem pontos de parada para os caminhoneiros. Mas diz que a Unicam conseguiu fazer com que o governo incluísse essa exigência nas novas concessões.

Para o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de São Paulo (Sindicam), Norival de Almeida Silva, as mudanças de 2012 vão mostrar “quem é quem” no setor de transporte. “O caminhoneiro precisa entender que é melhor trabalhar na formalidade, com segurança, cumprindo uma carga horária que o corpo aguenta.” 

Segundo o sindicalista, um ponto negativo foi a exigência de Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot) somente para a contratação de autônomos. A categoria reclama que essa exigência provocou o fenômeno da “pejotização”: embarcadores passaram a obrigar autônomos a abrirem firmas para não precisar gerar o Ciot e, assim, deixar de pagar impostos. “Mas essa vantagem está com o tempo contado. A partir de 2013, todas as transportadoras terão de trabalhar com Conhecimento Eletrônico de Frete (CT-e), que terá a mesma função do Ciot no controle fiscal.”

Para Norival, as mudanças vieram para tirar os aventureiros do setor. “Precisamos andar certinho, de forma a ter como comprovar renda para chegar no banco e conseguir financiar o caminhão. Se você recebe pelo seu trabalho com um cheque que só pode ser trocado no meio da rua, no posto, na autopeça, você não existe”, declara.

Com o fim do mandato do prefeito Gilberto Kassab, o presidente do Sindicam espera para 2013 que sejam revistas as restrições ao tráfego de caminhões na Marginal Tietê. “O novo prefeito (Fernando Haddad) se comprometeu a negociar. Temos esperança que, se não for revogada a restrição, ela será flexibilizada”, afirma.

EMPREGADOS - Para o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), Luís Antônio Festino, a Lei do Descanso representa um avanço histórico.
A lei foi recebida com desconfiança pelos caminhoneiros empregados. Como ela proíbe comissões com base na carga de trabalho do motorista, de imediato houve queda de rendimento de muitos – que foi respondida com protestos. Mas logo foram feitas as correções necessárias.

Festino alerta, porém, que existem fortes pressões sobre a nova jornada, principalmente do setor do agronegócio. “Alegam que o frete encareceu muito por causa da lei”, salienta. Mas a CNTTT vem trabalhando para defendê-la no Congresso.

Festino critica o governo por não oferecer cursos para motoristas e não obrigar as empresas a fazerem seguro de vida de seus empregados, como manda a lei. “Creio que estão promovendo um desgaste em torno da lei para fazer com que ela não pegue.”

Ele elogia a atuação do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, que vêm realizando juntos as operações da Jornada Legal. “Foram feitos comandos no Brasil inteiro. Pegaram situações absurdas: um cegonheiro que estava dirigindo havia 26 horas”, conta.

Segundo ele, nem toda a Polícia Rodoviária Federal acatou a resolução 417 do Contran, que suspendeu por seis meses a fiscalização nas rodovias. No dia 13 de novembro, a CNTTT se reuniu com representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais e, de acordo com Festino, obteve o apoio para a fiscalização do tempo de direção dos caminhoneiros. “Sabemos que as corporações de Mato Grosso, Ceará e Paraíba já estão fazendo esse trabalho nas rodovias federais”, destaca.




Após acidentes na Dutra, representante dos caminhoneiros diz que nova lei salvará vidas

Após dois graves acidentes envolvendo um total de cinco caminhões, nesta madrugada, na altura do Km 220 da Via Dutra, em Guarulhos (SP), o presidente da Associação Brasileira dos Caminheiros (ABCAM), Claudinei Pelegrini, lamentou o ocorrido e pediu a aplicação mais severa da recente lei de regulamentação para a prevenção de acidentes como os que mataram pelo menos uma pessoa nesta sexta-feira (8). 
 
“É lamentável que isso continue acontecendo em nossas estradas. É bem provável que esse motorista estivesse rodando há várias horas. E só o registrador do veículo vai poder confirmar isso”, declarou Pellegrini.
 
Datada de 30 de abril de 2012, a Lei 12.619 estabeleceu novas regras para o exercício da atividade. O texto afirma que para cada quatro horas na estrada é obrigatório que o motorista faça uma pausa de, no mínimo, 30 minutos.
 
“Essa lei melhorou as condições de trabalho do caminhoneiro, que antes passava 12, 24, 36 horas rodando direto. Eu mesmo, num passado não tão distante, cheguei a ir de São Paulo a Belém sem dormir (cerca de 2.900 Km)”, lembra Pelegrini, que completou: “Quem vê de fora pode achar pouco, mas 30 minutos é o tempo suficiente para que ele volte à razão e a perna pare de formigar depois de ficar muito tempo na mesma posição”.
 
Segundo o presidente, o trabalho de prevenção de acidentes é feito investindo na capacitação dos motoristas nas áreas de primeiros socorros, direção defensiva, e de cursos obrigatórios para habilitar o transporte de determinados tipos de carga.
 
"Todos os motoristas profissionais, autônomos ou contratados, têm que fazer cursos de capacitação e especialização, que variam conforme o tipo de carga que carregam. Tais capacitações fazem parte dos deveres do motorista profissional, que, inclusive trata de sua responsabilidade quanto ao estado do veículo e da carga transportada".
 
Pelegrini afirmou ainda que a lei precisa de alterações e destacou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal para que mais vidas sejam salvas.
 
 “Com o tempo, a lei deve sofrer alterações. É preciso aparar arestas necessárias e adaptá-la à realidade brasileira e de nossas estradas. A Polícia Federal vem fiscalizando quem está rodando sem parar, quem está rodando com excesso de carga… Isso é bom. É necessário que se faça uma fiscalização cada vez mais pesada para evitar outros casos assim se repitam”.
 



Proposta torna obrigatório exame anual de saúde para caminhoneiros

Os caminhoneiros profissionais poderão ser obrigados a realizar uma avaliação de saúde anual para continuar exercendo sua atividade. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado (PLS) 407/2012, do senador Eduardo Amorim (PSC-SE). A proposta deve ser apreciada na reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) desta quarta-feira (13), às 8h30.

Na justificação do projeto, o autor argumenta que os caminhoneiros autônomos ficam completamente desassistidos, pois não possuem vínculo empregatício e não conseguem obter do estado o atendimento médico direcionado às questões de saúde ocupacional. Amorim afirma que esses trabalhadores submetem-se a condições de trabalho muitas vezes desumanas, “dirigindo ininterruptamente por horas a fio, sem o devido repouso inter ou intrajornada”.

Para Eduardo Amorim, a obrigatoriedade da avaliação médica periódica dos caminhoneiros autônomos, por meio de programa de saúde conduzido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pode amenizar os problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida desses profissionais. Indiretamente, diz o senador, toda a sociedade brasileira será beneficiada pela medida, pois “trará mais segurança às rodovias e melhorará a qualidade do transporte de cargas no país”.

Depois de passar pela CI, onde está sob a relatoria do senador Gim Argello (PTB-DF) – que já se manifestou favorável à proposta –  o projeto seguirá para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde tramitará em caráter terminativo.

fonte.



Caminhoneiros decidem não respeitar restrição de tráfego na Rio-Petrópolis

Categoria discutiram a restrição na BR-040 em audiência pública.
Tráfego na serra está restrito nas sextas, sábados e véspera de feriado. 

 

Na noite desta quinta-feira (1), os caminhoneiros participaram de uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, que debateu a restrição no tráfego da BR-040 para veículos pesados nas sextas-feiras, sábados e vésperas de feriados. A medida está em vigor desde o dia 8 de fevererio. Depois a audiência, os caminhoneiros decidiram não cumprir a determinação.

 

O representantes dos caminhoneiros, comércio, turismo e da Polícia Rodoviária Federal estiveram presentes na reunião. A todo momento a Concer, concessionária que administra a rodovia, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) receberam duras críticas por parte dos caminhoneiros.

O presidente da Câmara informou que ambas foram convidadas, mas não enviaram representantes para discutir a nova regra.Diante da ausência das autoridades, os caminhoneiros decidiram não respeitarem o período de restrição, a partir desta sexta. A categoria pede que a nova lei seja revista.

Na última sexta-feira (22), os caminhoneiros paralisaram o tráfego na BR-040, após um motorista ter sofrido uma tentativa de assalto, enquanto esperava às margens da rodovia. Os manifestantes reclamam da falta de segurança e de prejuízos financeiros por causa da restrição. Além disso, eles alegam que nenhum lugar foi disponibilizado para o estacionamento dos caminhões durantes os horários de restrição.

No fim da audiência pública, os participantes entenderam que cabe ao Governo Federal resolver os problemas referentes à BR-040. A ANTT informou que não recebeu convite para participar da audiência pública. Até as 10h desta sexta-feira (1), a Concer não justificou a ausência na reunião.




Protestos de caminhoneiros causam transtornos no Porto de Santos

Eles se sentem prejudicados pela demora na hora de descarregar e querem receber pelo tempo em que ficam parados.

 

O Porto de Santos, em São Paulo, está enfrentando transtornos nesses dias. São as consequências de um protesto de caminhoneiros e da dificuldade para escoar a safra que vai ser exportada.

Há três dias, um dos maiores terminais de contêineres do país está quase parado. O motivo é um protesto dos caminhoneiros. Eles se sentem prejudicados pela demora na hora de descarregar e querem receber pelo tempo em que ficam parados.

O protesto coincide com o início do escoamento da safra de grãos. Os caminhoneiros que não conseguem entrar no terminal ficam parados na estrada que dá acesso ao porto. E acabam formando uma fila dupla na estrada. A polícia rodoviária ameaça multar os infratores e os ânimos ficam exaltados.

Para tentar evitar o caos nos bairros próximos aos terminais, a prefeitura está controlando a entrada de caminhões no único acesso ao porto. O objetivo é impedir os terminais de receberem mais caminhões do que a capacidade.

“Aqui nós temos um representante de cada empresa passando informação para a empresa e contando os caminhões que vão para cada empresa e fazendo esse controle”, disse José Ribamar Brandão, diretor dos Portos do Guarujá.

Mas a fila na estrada não para de crescer. Até um pátio criado para receber os caminhões que ficam à espera do sinal verde para descarregar já está quase no limite da capacidade. O problema também se reflete no mar: o número de navios que vão levar a carga para o destino final também já começa a se multiplicar.

A Codesp, que administra o porto, declarou que tem tomado providências para eliminar os fatores que contribuem para o congestionamento. Mas ressalvou que não tem responsabilidade por problemas de acesso fora da área do porto.