Protestos de caminhoneiros causam transtornos no Porto de Santos

Eles se sentem prejudicados pela demora na hora de descarregar e querem receber pelo tempo em que ficam parados.

 

O Porto de Santos, em São Paulo, está enfrentando transtornos nesses dias. São as consequências de um protesto de caminhoneiros e da dificuldade para escoar a safra que vai ser exportada.

Há três dias, um dos maiores terminais de contêineres do país está quase parado. O motivo é um protesto dos caminhoneiros. Eles se sentem prejudicados pela demora na hora de descarregar e querem receber pelo tempo em que ficam parados.

O protesto coincide com o início do escoamento da safra de grãos. Os caminhoneiros que não conseguem entrar no terminal ficam parados na estrada que dá acesso ao porto. E acabam formando uma fila dupla na estrada. A polícia rodoviária ameaça multar os infratores e os ânimos ficam exaltados.

Para tentar evitar o caos nos bairros próximos aos terminais, a prefeitura está controlando a entrada de caminhões no único acesso ao porto. O objetivo é impedir os terminais de receberem mais caminhões do que a capacidade.

“Aqui nós temos um representante de cada empresa passando informação para a empresa e contando os caminhões que vão para cada empresa e fazendo esse controle”, disse José Ribamar Brandão, diretor dos Portos do Guarujá.

Mas a fila na estrada não para de crescer. Até um pátio criado para receber os caminhões que ficam à espera do sinal verde para descarregar já está quase no limite da capacidade. O problema também se reflete no mar: o número de navios que vão levar a carga para o destino final também já começa a se multiplicar.

A Codesp, que administra o porto, declarou que tem tomado providências para eliminar os fatores que contribuem para o congestionamento. Mas ressalvou que não tem responsabilidade por problemas de acesso fora da área do porto.




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