Feliz Natal!




Atenção motoristas! Mais de 20 rodovias do ES são afetadas pelas chuvas

Reprodução

Ao todo, 25 rodovias estaduais apresentam problemas em decorrência das chuvas, segundo boletim divulgado, no final da tarde desta segunda-feira (23), pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER-ES).

De acordo com o DER-ES, foram destacadas 14 equipes, com mais de 200 operários, com caminhões basculantes, pá carregadeiras e retroescavadeiras. O objetivo é facilitar e abreviar o tempo de resposta em casos de deslizamento de encostas e impactos que possam interromper o trânsito nas rodovias estaduais. Estas equipes realizam serviços de remoção de terra da pista, desobstrução e limpeza das rodovias, sinalização, tapa buracos etc.

 O DER solicita os motoristas que trafeguem com velocidade reduzida e faróis acesos durante as chuvas, com o objetivo de evitar acidentes, e orienta que evitem viagens desnecessárias e durante a noite.

Confira o balanço da situação das rodovias até o momento:

Região Centro-Serrana

- O ponto mais crítico da região está localizado na Rodovia ES 010, entre Jacaraípe e Nova Almeida, na Serra.

Um trecho da rodovia sofreu erosão causada pelas águas do mar e rompeu. O trânsito no local está interrompido, a alternativa é a BR 101. O local está sinalizado e o DER está monitorando o trecho e realizando levantamento topográfico para desenvolver projeto de recuperação.

- Rodovia Darly Santos, em Vila Velha

Há registros de pontos de alagamentos. Equipes do DER estão monitorando.

- Rodovia José Sette, em Cariacica

Há registros de pontos de alagamentos. Equipes do DER estão monitorando.

- ES 080, no trecho entre Cariacica e Santa Leopoldina

Registro de alagamentos:

- ES 261, entre Fundão e Santa Teresa

O nível das águas baixou e o trânsito está liberado.

- ES 355, no trecho entre Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina

Muitos pontos de alagamentos e quedas de barreira impedindo o trânsito. Equipes estão no local para remover a terra.

- ES 462, no trecho entre Brejetuba e BR 262

Há pontos com quedas de barreira ao longo do trecho, equipes do DER estão no local mantendo o tráfego.

- ES 165, no trecho entre Afonso Cláudio e a BR 262

A chuva provocou erosão na cabeceira da ponte, na altura de São Luís de Boa Sorte. Equipes do DER já sinalizaram o local e mantém o tráfego de veículos. Há registro de deslizamentos de terra.

- ES 080, entre Santa Teresa e São Roque

Foram registrados pontos de deslizamento de terra, a rodovia já se encontra desobstruída.

- Serra do Limoeiro, Itarana x Caldeirão

Pontos de deslizamento, trânsito em meia pista. Equipes no local.

- ES 264, entre Santa Maria de Jetibá e Caldeirão

Há registro de deslizamentos. Trânsito em meia pista, equipes no local.

 - ES 261, entre Laranja da Terra e Itarana

Há registro de deslizamento de terra, trânsito impedido.

 Região Noroeste:

Há registros de quedas de barreiras / pontos de alagamentos em todas as rodovias. O DER alerta para o risco iminente de novos deslizamentos, em função do solo que já se encontra bastante encharcado. A orientação é que, se possível, viagens sejam evitadas.

Na ES 341, entre Pancas e o distrito de Ângelo Frechiani, a pista foi rompida pela força das águas. Equipes do DER estão já estão mobilizadas para iniciar as intervenções assim que for possível.

Além disso, toda a região está sofrendo influência das cheias dos rios Doce e Pancas. Há registros de pontos de alagamentos e quedas de barreiras em diversas rodovias. Equipes estão monitorando.

 - ES 248, no trecho entre Colatina e Linhares

Nível de água baixou, trânsito fluindo.

- ES 080, no trecho entre Colatina e São Domingos

Há registros de alagamentos interrompendo o tráfego.

- ES 010, Vila do Riacho x Regência

Rodovia impedida em razão da cheia do rio.

- ES 248, Linhares x Povoação

Rodovia impedida em razão da cheia do rio.

 Região Norte:

Há registros de quedas de barreiras em todas as rodovias. O DER alerta para o risco iminente de novos deslizamentos, em função do solo que já se encontra bastante encharcado. A orientação é que, se possível, viagens sejam evitadas.

- ES 320, trecho entre Ecoporanga e Três Vendas

Tráfego liberado. Destacando que existe risco de deslizamentos.

- ES 220, no trecho entre Nova Venécia e o distrito de Paulista

Há registro de deslizamentos. Equipes no local.

- ES 010, São Mateus e Guriri

Há registro de alagamento em função do rio, tráfego operando em Pare e Siga.

- ES 137, no trecho entre Nova Venécia e São Gabriel da Palha

Há registros de quedas de barreiras. Equipes de conserva do DER-ES, com máquinas, estão atuando, a fim de remover a terra e garantir o tráfego.

- ES 381, no trecho Nova Venécia e Guararema

Trânsito impedido em razão da forte enxurrada que rompeu os desvios das pontes que estão em obras.

- ES 334, no trecho entre Águia Branca e Vila Verde

Há registros de pontos de alagamentos impedindo o trânsito.

Região Sul

 - Rodovia Jones dos Santos Neves, em Cachoeiro de Itapemirim - Equipes do DER estão monitorando a via e realizando possíveis reparos. 

- ES 375, no trecho entre Vargem Alta e Iconha

Na altura de Rodeio uma pedra rolou para a pista. O DER já sinalizou o trecho e mantém equipes no local. O trânsito flui em meia pista, enquanto o desmonte e retirada da rocha são providenciados.

Congestionamento em Linhares

Um alagamento no KM 163 da BR 101, em Rio Quartel, no município de Linhares, gerou um congestionamento de aproximadamente nove quilômetros, nos dois sentidos, nesta segunda-feira (23). A via está em sistema de pare e siga desde o início da manhã.

Próximo ao município de Timbuí, no Km 235, ficou interditada devido à queda de barreira no acostamento da pista e na via sentido norte da BR-101. Uma equipe de conserva fez a limpeza do local.

Em São Mateus, o usuário encontrou trânsito lento no Km 63, devido a um engavetamento envolvendo um caminhão, um Ford Focus e um Fiat Siena. A ocorrência interditou a pista sul até as 17h, que funcionou em sistema de pare e siga desde o início da tarde. Não há registro de vítimas.

No sul do Espírito Santo, uma carreta cegonha tombou no Km 398, próximo a Itapemirim. A pista funcionou em sistema de pare e siga para a retirada dos carros que caíram do caminhão. Às 17h25, foi necessária a interdição total da pista para o destombamento da carreta. A pista foi liberada às 17h55, o trânsito flui com lentidão.

Durante a manhã desta segunda-feira (23), o usuário encontrou a pista central sul liberada nas duas faixas e a pista norte parcialmente interditada, nos Km 257 e Km 258, em Serra. A via foi totalmente liberada às 14h45. O deslizamento de terra aconteceu na noite de domingo (22) e interditou o trecho nos dois sentidos.

Ainda na Serra, registro de erosão próximo a entrada do bairro Nova Carapina, no Km 261. A ocorrência interditou o acostamento da pista e parte da faixa sul. A via foi sinalizada e uma equipe de conserva fez a limpeza do local.

A Eco101 é a concessionária responsável pela administração de 476 quilômetros da BR-101 desde Mucuri, no sul da Bahia, até Mimoso do Sul, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro. Controlada pelos grupos Ecorodovias, SBS Engenharia e Centauros Participações. Ao longo dos 25 anos de concessão, serão implantados 32 trevos em desnível e 24 rotatórias em nível, 36 quilômetros de vias marginais, 19 passarelas, além de todo serviço para monitoramento, atendimento e socorro nas rodovias. A Eco101 disponibiliza atendimento 24 horas pelo telefone 0800 7701 101.





Lei dos caminhoneiros eleva frete em cerca de 20%

A Lei 12.619/12, conhecida como a Lei do Caminhoneiro, provocou reajuste médio de 20% no frete, segundo Gilberto Cantú, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar). As transportadoras que estão seguindo a nova regra – ou parte dela –, porém, enfrentam dificuldade para repassar o valor ao consumidor final, já que outras companhias não cumprem a lei e, consequentemente, não precisam aumentar o preço do serviço.

Para se adaptar à nova lei, os gastos com contratação de caminhoneiros variam de 12% a 26%, dependendo da empresa e do segmento, segundo o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (Decope).

É o caso da Transportadora Cattani, localizada no Sudoeste do Paraná, que teve de aumentar o quadro de funcionários em 20%. Sem a nova equipe, uma entrega entre São Paulo e Pato Branco, que normalmente leva 48 horas, demoraria 74,88 horas – para fazer a conta, basta multiplicar o tempo por 1,56, conforme cálculos da Decope.

Mas, enquanto a empresa gasta 48 horas, a concorrência leva apenas 14, relata o presidente do grupo, Ricardo Cattani. “Teve alguma revisão de preço de frete, porém nem todas as negociações tiveram sucesso por causa dessa concorrência desleal”, conta. A empresa diz que está conseguindo cumprir 95% da lei.

A BBM Transportadora, localizada em São José dos Pinhais, também aumentou o quadro de funcionários em 20%. A companhia, no entanto, não conseguiu repassar todo o aumento decorrente da legislação ao valor do frete. “O cliente não aceita e o mercado não absorve”, relata o diretor, Juarez Nicolotti, que afirma que o grupo está cumprindo 90% da nova regra.

Segundo ele, há dificuldade sim de arcar com os gastos. “Não consigo precisar exatamente quanto perdi, mas a produtividade caiu 30% desde que começamos a fazer as mudanças.” Niccolati acha que a lei é justa para preservar a categoria, mas a forma de aplicação é questionável. “Ela deveria ser mais flexível no horário de trabalho externo”, relata.

Entidades
Luiz Anselmo Trombini, conselheiro da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), afirma que mais de 70% das transportadoras não estão cumprindo a lei. “Elas vão passar por problemas quando a fiscalização, hoje falha, ficar mais efetiva”, relata.

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) também afirma que as empresas estão falhando com a legislação. “Não há estatísticas, mas pelo que acompanhamos a grande maioria das empresas não cumpre. E não há fiscalização eficiente para controlar”, relata o presidente, Claudinei Pelegrini.


O que mudou?


"Motoristas não podem dirigir mais de quatro horas sem parar"

A Lei 12.619 de 30 de abril de 2012 regula a jornada de trabalho do caminhoneiro. O motorista, por exemplo, só pode dirigir por quatro horas seguidas e precisa fazer uma parada de meia-hora logo após.

O profissional também deve parar por uma hora para fazer refeição e pode ter, no máximo, duas horas extras por dia. Depois do período de trabalho, ele tem que descansar por 11 horas.

Antigamente, além de não existir limite de horas extras, o turno diário dos motoristas era de, em média, 14 horas. Eles não se adaptaram muito bem à mudança da lei, já que ela limita o ganho de dinheiro.

Na Transportadora Brasil Central, localizada em Rio Verde, Goiás, alguns chegaram a pedir demissão. “Não consegui reter o motorista por causa dessa mudança da lei. Foi uma mudança bem brutal e muito rápida que mexeu com a cultura da região”, relata a gerente de RH, Cássia Garcia Cabral.

Em julho deste ano, os deputados da Comissão Especial da Câmara aprovaram um anteprojeto que propõe algumas modificações na lei. Uma das mudanças é o aumento do tempo de quatro para seis horas.

fonte.



Fazendeiros fecham estrada em Casa Branca e prejudicam caminhoneiros

Proprietários de fazendas dizem que trecho fechado há 15 dias é particular.
Prefeitura deu prazo de 48 horas para que estrada municipal seja reaberta.

Placa e galhos de eucalipto sinalizam interdição de estrada em Casa Branca (Foto: Oscar Herculano Jr/EPTV)

Proprietários de duas fazendas de Casa Branca (SP) bloquearam há 15 dias um trecho da estrada municipal CBR-281, sob alegação de que ela é particular. A interdição foi feita com autorização da Prefeitura, que voltou atrás na decisão e deu prazo de 48 horas para a reabertura do trecho.
O impasse afeta caminhões e outros veículos que são obrigados a desrespeitar uma lei municipal e cruzar o Distrito de Venda Branca, que fica distante 20 quilômetros do Centro do município. “Tem que dar uma volta muito grande. Enquanto antes eu fazia dez viagens por dia, agora tem que fazer três ou quatro só”, disse o caminhoneiro Douglas Tadeu Oliveira.

Uma placa, uma barreira de terra e eucaliptos jogados na estrada impedem a passagem dos motoristas, que foram surpreendidos com a situação. “Cheguei e a máquina estava aqui com o proprietário da fazenda indicando como ia ser feito o fechamento da estrada. Tive que passar  por dentro da vila”, contou o caminhoneiro Alceu Aparecido Junior.

O contorno pelo distrito é proibido, já que uma lei municipal de 2012 impedem a circulação de veículos pesados no local. A alternativa para os motoristas seria passar por Santa Cruz das Palmeiras, mas ainda assim eles teriam problemas.

“Tem impedimentos como a altura e é proibido passar por dentro da cidade com carga. Então, é complicado. Isso altera o preço do frete e de tudo”, afirmou o caminhoneiro Renato Gomes de Oliveira.

Para tentar uma solução, um abaixo assinado foi entregue à Prefeitura e um documento ao Ministério Público. “Queremos que abra a estrada imediatamente. Até ia pegar uma máquina minha e abrir, mas não quero infringir a lei, quero que seja pacífico. Se os proprietários fecharam, então que abram e cascalhem igual era antes, porque necessitamos dessa estrada”, declarou o produtor agrícola Silvio Borri.

A interdição também prejudica donos de sítios e fazendas, além de atrasar a retirada e entrega de muitas mercadorias. “Tem que pegar a mercadoria que está na roça, atrasa para chegar as verduras que pegam aqui e levam para São Paulo”, afirmou o produtor agrícola Lucrécio Paiva.

Retorno
A Prefeitura reconheceu o erro ao permitir o fechamento da estrada e a o prefeito Ildebrando Zoldan  (PSDB) revogou a decisão. “Fomos questionados pelos moradores do distrito e averiguamos que tínhamos errado. A estrada é municipal. Então notificamos para que reabram a estrada novamente”, explicou o secretário de Obras Luiz Carlos Bueno.

O secretario informou ainda que mesmo desbloqueando a estrada vai estudar uma rota alternativa para evitar o trânsito de veículos pesados pelo Distrito de Venda Branca.

Os proprietários das duas fazendas que fecharam o trecho foram procurados pela reportagem da EPTV e, por telefone, informaram que tomaram essa atitude para garantir a segurança das propriedades. Segundo eles, aconteceram assaltos e a estrada foi usada como rota de fuga de bandidos.

O advogado de um dos fazendeiros solicitou a prorrogação do prazo de 48 horas determinado pela Prefeitura para reabrir a estrada. A administração municipal informou que o pedido está sendo analisado.



Caminhoneiros param e BR-101 tem filas de cinco quilômetros nos dois sentidos em Tubarão

Policiais rodoviários federais estão em negociação com os líderes do movimento, já que não há previsão de liberação do trecho

Uma paralisação dos caminhoneiros autônomos do país deixa o trânsito complicado no trecho Sul da BR-101 na manhã desta terça-feira. Por volta de 9h, as filas já chegam aos cinco quilômetros nos dois sentidos na região de Tubarão. 

O protesto, nacional, teve início às 6h30min, quando dois caminhões se atravessaram na pista, bloqueando a estrada na altura do Morro do Formigão, que está em obras para a construção de um túnel de duplicação. Quem conhece o trecho consegue pegar o desvio nos acessos à Tubarão, e buscam os caminhos alternativos por dentro da cidade. Mas o trânsito também já é complicado por lá.

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já iniciaram uma negociação com os líderes do movimento, já que não há previsão de liberação da rodovia.

A paralisação nacional faz parte do Dia do Freio de Mão Puxado, de iniciativa do Movimento Carga Pesada, que ganhou força nas redes sociais nos últimos dias. A categoria quer chamar a atenção para as dificuldades encontradas pelos transportadores rodoviários de cargas na condução dos seus negócios. 

São sete reivindicações, que vão desde subsídio no óleo diesel, renovação de programas de financiamento de dívidas no BNDES, revisão da conhecida Lei do Descanso (Lei 12.619/12),padronização de pesagem de cargas, alteração da forma de cobrança de pedágios, fim da carta frete, até a criação de uma Tabela Nacional de Referência de Frete, para regular os negócios no setor".

O protesto ocorre em vários estados, mas o trecho Sul da BR-101 é o único em Santa Catarina - foi em Tubarão que o movimento nasceu.




Três caminhões cegonha pegam fogo em posto de gasolina, no ES

Motorista e filho dormiam dentro de uma das carretas, mas não se feriram.
Corpo de Bombeiros vai fazer perícia para saber causas do incêndio.

Três caminhões cegonha carregados com veículos novos pegaram fogo, no pátio de um posto de combustíveis, no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica, no Espírito Santo, por volta das 3h deste sábado (7). Os veículos ficaram completamente destruídos e ninguém se feriu. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma perícia já foi iniciada para identificar se o incêndio teve motivação criminosa.
Testemunhas disseram que o motorista de uns dos caminhões dormia dentro do veículo com o filho.

Três caminhões cegonha pegaram fogo em Cariacica, Espírito Santo. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Eles se assustaram com o calor e conseguiram sair. Outros caminhoneiros que também passavam a noite no local tentaram ajudar, mas as três carretas e toda a carga foram danificadas. “Explodiu o primeiro carro, depois o segundo carro e foi pegando fogo nos outros. Na hora, todo mundo correu para tentar socorrer. Até chegar o Corpo de Bombeiros, queimaram os outros caminhões”, contou um dos caminhoneiros.

Caminhão cegonha incendiado na Rodovia do Contorno, no Espírito Santo, ficou destruido (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

A perícia realizada pelo Corpo de Bombeiros tem um prazo de, no mínimo, 10 dias para entregar o laudo que confirma as causas do incêndio. Caso seja identificado motivação criminosa, o documento será encaminhado para a Polícia Civil, que vai investigar o caso.




Montadoras do país se aproximam de 1ª queda em uma década

A indústria de veículos do Brasil pode ver queda de vendas pela primeira vez em 10 anos em 2013 e se prepara para um 2014 com alta de custos, redução de estímulos do governo, bancos pouco interessados em ampliar crédito, além de concorrência maior entre montadoras no país.
O setor, que reduziu em setembro a expectativas de vendas em 2013 para crescimento de 1 a 2 por cento, tem no acumulado até novembro queda de 0,8 por cento nos licenciamentos e torce para que um possível pico de vendas em dezembro ajude a evitar um ano negativo.

A Anfavea esperava anteriormente crescimento de até 4,5 por cento nas vendas este ano, o que marcaria o sétimo recorde anual consecutivo.

“O crédito continua muito difícil, bastante seletivo em veículos leves, apesar da inadimplência estar caindo”, afirmou Luiz Moan, presidente da associação de montadoras, Anfavea, nesta quinta-feira.

“Acredito que pode haver um empate técnico (sobre as vendas de 2012). Empate num volume extremamente favorável que nos mantém como quarto maior mercado do mundo”, acrescentou Moan.

Diante das vendas abaixo do esperado, a produção segue desacelerando desde agosto e grande parte das montadoras deve conceder férias coletivas a partir do dia 20.

O movimento contraria o ocorrido em 2012, quando o setor estava aquecido pela correria de consumidores que buscavam aproveitar desconto maior do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), elevado em parte no início deste ano.

Até novembro, a produção acumula alta de 11,8 por cento, praticamente em linha com a expectativa da Anfavea de alta de 11,9 por cento. Parte do crescimento ocorreu por substituição de importações e maiores exportações, após medidas do governo para incentivar a produção nacional e desvalorização do real.

Bom, mas não excelente

Segundo Moan, o mercado em 2014 será “bom, mas não excelente (…) Por ser ano de Copa do Mundo, haverá alguns estímulos naturais à aquisição de veículos como ônibus urbanos e caminhões para melhorias de transporte urbano, além de taxis e carros por locadoras”, disse ele.

Já os estímulos artificiais devem ser reduzidos. A Anfavea reafirmou que o governo garantiu que elevará a alíquota do IPI no começo do próximo ano e prevê que o BNDES aumentará os juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que facilita a compra de bens de capital como caminhões.

Além disso, passará a ser obrigatória a inclusão de freios ABS e airbags em 100 por cento dos veículos produzidos ante 60 por cento neste ano. Deve pesar ainda do setor alta os preços do aço vendido pelas siderúrgicas nacionais.

A competição por mercado também deve crescer com a abertura de fábricas de montadoras como Nissan e Chery.

Porém, Moan evitou confirmar projeção informada por ele em outubro de crescimento de 5 por cento na produção no próximo ano, preferindo informar as previsões da Anfavea em janeiro.

Por ora, a expectativa do setor é de alta nas vendas de dezembro sobre novembro e redução na produção, diante de um volume de estoque de 417 mil veículos. Parte dessas vendas foram feitas em feirões promovidos pelas montadoras nos últimos dias de novembro e que não tiveram tempo de serem incorporadas nos números oficiais de licenciamentos do mês passado.

Novembro

No mês passado, a produção brasileira de veículos caiu 8 por cento ante mesma etapa de 2012 e 10,7 por cento sobre outubro, a 289,6 mil unidades. Já as vendas recuaram 2,8 por cento no ano a ano e 8,3 por cento na mensal, para 302,9 mil veículos.

Por segmentos, as vendas de carros e comerciais leves somaram 288,5 mil unidades, queda anual de 2,9 por cento. Já as vendas de caminhões, caíram 7,7 por cento na mesma comparação, a 11,6 mil unidades, afetadas por indefinição do governo sobre os juros que vai aplicar ao PSI no próximo ano.

A Fiat registrou vendas de 59.718 mil automóveis e comerciais leves em novembro, após licenciamentos de 61.569 em outubro. A alemã Volkswagen tomou da General Motors para o segundo lugar, com vendas de 53.089 unidades em novembro após 56.979 em outubro.

A GM vendeu 51.440 unidades, ante 60.868 no mês anterior. A companhia foi seguida pela Ford, que teve vendas de 26.581 unidades, ante 29.425 no mês anterior. Renault viu licenciamentos de 20.758, ante 21.645 unidades em outubro.

Em caminhões, o mercado foi liderado por Mercedes-Benz, com vendas de 3.125 unidades em novembro. A empresa foi seguida pela MAN, do grupo Volkswagen, com vendas de 2.900 unidades, e Scania, com 1.680 unidades.


Fonte: Exame