Programa de renovação de frota pode ser definido em 2014.

Indústria, transportadores e governo estão na mesa de negociação para, mais uma vez, tentar definir um programa de renovação de frota para caminhões. Pela sociedade civil, 11 entidades participarão das discussões com o governo, que destacou os ministérios das Cidades, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Minas e Energia e Casa Civil para tentar encontrar um meio de implementar o projeto para tirar de circulação caminhões com mais de 30 anos de uso.







De acordo com Luiz Carlos Moraes, diretor de relações institucionais e comunicação da Mercedes-Benz, existe a possibilidade de se estabelecer um crédito de renovação de frota até R$ 20 mil para ser abatido na compra de um caminhão novo ou seminovo pelo proprietário que entregar seu caminhão velho para ser sucateado em uma empresa autorizada pelo governo. “Uma das possibilidades é que o crédito possa ser recuperado pelo fabricante ou revendedor com abatimento em impostos”, disse.
A dificuldade de caixa do governo federal é um dos problemas para a definição do programa, mas o entendimento dos negociadores é que a ideia está mais madura do que nunca, já que está provado que o país terá muito mais ganhos concretos se conseguir fazer com que caminhões ultrapassados saiam de circulação.
De acordo com dados estatísticos, os caminhões representam menos de 10% da frota brasileira. Mas, no entanto, estão envolvidos em 25% dos acidentes graves. Os congestionamentos causados por quebra de caminhões ou acidentes nas ruas das grandes cidades ou nas estradas acarretam custos de R$ 4,9 bilhões ao Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) e Sistema Único de Saúde (SUS).


A expectativa é que o governo tome uma posição em 2014. O programa é uma antiga reivindicação da indústria e dos operadores, que anseiam por veículos mais atualizados e que ofereçam maior segurança na via. Cálculos iniciais indicam que cerca de 200 mil caminhões podem se beneficiar do programa.
A estimativa é que, com um programa de renovação de frota, o Brasil leve pelo menos dez anos para ter uma frota mais atualizada, atingindo média de dez anos de uso – mais próxima da de países desenvolvidos. Se for aprovado, o projeto pode estimular troca de até 30 mil caminhões por ano, sendo que 5 mil deles substituídos por veículos zero quilômetro.


Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Manoel Lima Sousa Jr., o setor de transporte rodoviário de cargas brasileiro sabe da necessidade de renovação da frota das empresas e dos caminhoneiros autônomos. “A idade média elevada mostra um retrato importante do transporte brasileiro, que ainda sofre com a falta de incentivos e de condições para que suas empresas e seus autônomos possam rodar com caminhões mais novos, mais seguros, menos poluentes e operacionalmente mais eficientes”, disse.

FONTE: http://www.otmeditora.com.br/noticias/index.php/noticias/ler/1335/programa-de-renovacao-de-frota-pode-ser-definido-neste-ano.html
FOTOS: Caminhões Porto de Capuába-ES.



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