Caminhões com excesso de peso se multiplicam nas estradas, onde fiscalização é precária


Eram cerca de 9h da última segunda-feira, no quilômetro 190 da Via Dutra, em Queimados. Em menos de 15 minutos, cerca de dez caminhões-basculante deixam uma mineradora às margens da estrada, abarrotados de pedra ou areia. Na maioria deles, a carga ultrapassava a altura das caçambas, num indicativo de que circulavam com excesso de peso. No estado com a segunda maior economia do país, encontrar veículos rodando com toneladas acima do permitido é comum. A fiscalização é falha. E, além dos prejuízos às estradas, que se danificam mais rápido, sobram riscos de acidentes tanto para caminhoneiros quanto para outros motoristas.
Naquela mesma manhã, flagrantes do tipo foram feitos na BR-465, a antiga Rio-São Paulo, em Seropédica; na RJ-093, próximo às obras do Arco Metropolitano, em Japeri; e na Rio-Teresópolis, em Magé. E, apesar do perigo, o equipamento mais eficaz para coibir essa irregularidade é escasso no Rio. Atualmente, nos quase sete mil quilômetros de estradas pavimentadas do estado, existem apenas cinco balanças funcionando, todas em rodovias federais concedidas à iniciativa privada.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável pelos postos de pesagem nessas vias, são três na Dutra (dois em Paracambi e outro em Resende), um na Rio-Teresópolis (em Teresópolis) e um na BR-393 (em Sapucaia). Outras duas balanças estão temporariamente fora de operação, para obras: uma na Rio-Teresópolis, próximo de Magé (com previsão de retorno para agosto), e uma na BR-393, em Barra do Piraí (que deve voltar a funcionar mês que vem). Na BR-040, o equipamento na altura de Xerém está desativado para a duplicação da subida da Serra de Petrópolis.
Em SP, 186 postos de pesagem
Nas estradas estaduais, não há qualquer balança em funcionamento, admite o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). As fiscalizações são feitas com verificação de documentos. Como comparação, apenas nas rodovias estaduais, São Paulo tem 186 postos (a área do estado, no entanto, é mais de cinco vezes maior que a do Rio).
Na capital, o problema também ocorre em vias municipais, como a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e outras. Nem a CET-Rio, nem a Guarda Municipal atuam para combater o excesso de peso dos caminhões, até por não terem equipamentos para isso. Assim, em bairros como Olaria, onde há uma pedreira, ou Barra da Tijuca, com um grande volume de obras, se multiplicam os caminhões trafegando com carga tão pesada que chega a transbordar. Da mesma forma que acontece em regiões como o Norte e o Noroeste do estado, que são verdadeiros vazios de balanças para fiscalização.
Presidente da Associação dos Caçambeiros do Estado do Rio (Acaerj), Neno Wanderley aponta pedreiras da Região Metropolitana, em municípios como Queimados, Japeri e Nova Iguaçu, mas também outras na Região dos Lagos, como fonte de algumas das mais frequentes irregularidades. Delas, partem caminhões-basculante com excesso de peso, muitas vezes em direção a obras na capital.
— O que fazem com o caminhoneiro é um ato criminoso. Se ele não carrega, vem outro e leva. Vidas já foram ceifadas por isso. É uma prática que põe em risco a sociedade. Com excesso de peso, o desgaste do caminhão é muito maior. Os pneus, por exemplo, ficam lisos mais rápido. A suspensão e o sistema de frenagem são prejudicados — diz Neno.
Ele lembra que, no ano passado, a categoria fez uma paralisação para exigir o cumprimento de leis. Houve reuniões com órgãos como o Ministério Público Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), terminando num acordo para as mineradoras se adequarem. Neno diz, no entanto, que ele não vem sendo cumprido. Por isso, defende agora que seja firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC), para a instalação de balanças em todas as 33 mineradoras do estado.
Para a PRF, caminhões que trabalham para pedreiras e areais também são o principal problema. Um dos responsáveis por iniciativas de combate a essa irregularidade, o policial Leandro Xavier lembra que, ano passado, foram realizadas três grandes operações para coibir a prática, com o uso de balanças de terceiros, uma vez que a PRF não tem o equipamento. Logo se constatou, porém, que caminhoneiros passaram a buscar rotas alternativas às estradas federais.
— Esses caminhões causam transtornos no trânsito. E são vários os riscos. Num caminhão com pedras, por exemplo, algumas podem se soltar pelo caminho, provocando um acidente. Outro risco é que esses veículos são projetados para um determinado peso, mas, se a carga a excede, a capacidade de frenagem diminuiu — disse ele.
Só nas balanças da ANTT, no ano passado foram autuados 76.282 veículos. Até o último dia 3 deste mês, tinham sido 29.045 autuados nas rodovias do Rio. O excesso de peso é considerado uma infração média, com multa inicial de R$ 85,13, que aumenta a cada 200 quilos ou fração de excesso de peso apurados.
Prejuízos
Não só no Rio, como em todo o país, a fiscalização não vem funcionando a contento. Há oito anos, o Dnit lançou o Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem. Mas um relatório da Controladoria Geral da União, do ano passado, apontou que a implementação do plano estava muito aquém do previsto. Segundo o relatório, nas estradas federais administradas pelo Dnit, o prejuízo causado pela ineficiência do sistema era de mais de R$ 1,4 bilhão por ano aos cofres públicos, com a recuperação da pavimentação.
Para as rodovias estaduais, José Hylen, da Diretoria de Operação, Monitoramento e Controle de Trânsito do DER, afirma que o órgão contratou uma consultoria para levantar os pontos de volume de tráfego e carga nas rodovias. A partir desse estudo, que deve ficar pronto em até 60 dias, será estabelecido quantas balanças são necessárias.



Produtores perdem até US$ 50 por tonelada de soja de Mato Grosso até o porto

Hoje, 61% da produção de grãos do Brasil são transportadas por rodovias, o jeito mais caro e poluente possível. Embora o Centro-Oeste, principal produtor de carne e grãos do país, esteja mais próximo dos portos do Arco Norte, mais de 80% da produção de soja e milho segue para os portos do Sul e Sudeste, chegando a percorrer mais de dois mil quilômetros. Os dados são da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).
No pico da safra, faltam caminhões, motoristas, estradas e armazéns. Os fretes custam até cinco vezes mais que nos Estados Unidos ou Argentina.
Enquanto na Argentina e nos Estados Unidos o custo do frete sai a US$ 20 e US$ 23 por tonelada, no Brasil custa US$ 100. Se o país tivesse estradas que permitissem o escoamento da produção pelos portos do Arco Norte, a economia no frete poderia chegar a 30%. Agora se tivéssemos uma matriz de transporte mais adequada, poderíamos estar deixando de perder mais de US$ 50 por tonelada de soja, ou US$ 2 bilhões de dólares, se considerarmos só as exportações de 40 milhões, de acordo com o 9º Levantamento de Safra da Conab. É o que explica o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale.
No Mato Grosso, a questão é ainda mais complicada. As estradas que ligam as principais cidades produtoras do interior até as rodovias estão em péssimo estado, muitas não são nem mesmo asfaltadas, formando grandes atoleiros. A BR 163, rodovia mais utilizada para o escoamento, tem buracos em diversos pontos.
O Mato Grosso do Sul, que produziu 6,1 milhões de toneladas de soja na safra 2013/14, vem enfrentando o mesmo problema. De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, o estado e o país estão atrasados no desenvolvimento logístico.
Riedel afirma que, atualmente, Mato Grosso do Sul tem capacidade de armazenar apenas metade da produção agrícola do estado e, com isso, os caminhões acabam servindo como silos nas filas dos portos.
Para o presidente da Aprosoja-MS, Maurício Saito, a urgência dessa demanda tem reflexos num futuro próximo.
Saito comenta que pouco adianta contarmos com caminhões modernos e ágeis, com os portos em estado de calamidade. Segundo ele, o governo não acompanha a evolução do campo e essa situação causa entraves. Se não remodelado em tempo, o sistema logístico de Mato Grosso do Sul causará futuramente gargalos ainda maiores e os prejuízos serão imensuráveis.
Japão pode investir na logística brasileira
No início deste mês uma reunião com investidores japoneses, em Brasília, abriu caminho para o setor discutir as oportunidades de parceria entre os países.
O ministro da Agricultura, Neri Geller e o secretário de Política Agrícola, Seneri Paludo, mostraram que há uma oportunidade concreta de investimentos de empresários japoneses em infraestrutura e logística no Brasil. Foi traçado um panorama dos gargalos da logística no país, que afetam e limitam diretamente o faturamento do agronegócio brasileiro, principalmente, dos produtores de grãos do Centro-Oeste – contou Dalpasquale.
Um grupo de trabalho foi criado para discutir as possibilidades de contratos, sempre com o objetivo final de melhorar o escoamento da safra de grãos do país. Com mais uma safra recorde em vista, a necessidade de investimentos é urgente.
“Devemos produzir entre 87 e 90 milhões de toneladas. Com a perspectiva de que seja um ano de El niño, período de boa umidade para a safra, o que deve garantir uma produtividade de regular a boa das lavouras de soja. Além disso, ainda temos um potencial de pelo menos sete milhões de hectares de pastagens que podem ser incorporados, gerando cerca de 21 milhões de toneladas de soja e um potencial de mais de 10 milhões de milho segunda safra. Ou seja, a pressão sobre a infraestrutura e logística só irá aumentar” finaliza Dalpasquale.



Governo anuncia mudanças no Ministério dos Transportes

PSP

O Governo anunciou mudanças no Ministério dos Transportes. Sai César Borges e volta Paulo Sérgio Passos, ambos do PR. A substituição foi decidida, nesta quarta, num encontro no Palácio da Alvorada com a presidente Dilma Rousseff e confirmada no começo da noite, em nota oficial. Era um pedido do PR.
“Partido em abril falou com o ministro que não mais representava o partido, sem detrimento da pessoa dele, mas por uma série de fatores. Falou olha, ‘Ele não nos atende mais o ministro que hoje é da cota pessoal da presidente’”, disse o líder do partido na Câmara, deputado Bernardo S. Vasconcellos, PR-MG.
César Borges sai do Ministério dos Transportes e vai para Secretaria de Portos. Para o lugar dele, vai Paulo Sérgio Passos, atual presidente da Empresa de Planejamento e Logística, que também é do PR, e já ocupou o cargo.
Com a troca, a presidente Dilma Rousseff espera ter o partido na chapa à reeleição e mais tempo na propaganda eleitoral. “Nós conseguimos juntar o administrativo com o político, que é o ideal quando se governa. Nós queremos que todos aqueles partidos que nos deram sustentação, estejam na nossa base, na campanha também, para que tenhamos um tempo suficiente para mostrar todas as realizações do governo”, disse senador Humberto Costa, líder do partido no Senado.
A executiva do PR só vai confirmar ou não o apoio à reeleição da presidente Dilma no próximo dia 30. Data limite para que os partidos fechem as coligações. Escolham o candidato à presidência que irão apoiar. Decisão que garante tempo na propaganda eleitoral e espaço num futuro governo.



Pior colocação em estudo de saúde para profissional do transporte

No dia 30 de junho comemora-se o Dia do Caminhoneiro, profissão que enfrenta inúmeros obstáculos no dia a dia, como as más condições das estradas, a pressão pela entrega da carga em tempo curto e a jornada excessiva de trabalho. A rotina problemática, no entanto, também é verificada de forma semelhante em outras ocupações do ramo de Transportes (aéreo, aquaviário e terrestre) e, por isso, a SulAmérica concluiu em estudo de saúde compreendendo dez ramos de atividade econômica, com mais de 40 mil segurados de 240 empresas, em dez capitais brasileiras, que os trabalhadores do setor apresentam o maior número de distúrbios.
Para o ramo de Transportes foram entrevistadas 2.735 pessoas de 30 a 39 anos, de 14 empresas diferentes. O resultado foi preocupante: a atividade concentrou o maior número de índices críticos, somando posições negativas em sete indicadores (IMC; Glicemia; Colesterol Total; Tabagismo; Consumo de Álcool; Infarto/AVC; e Escore de Framingham). Dos pontos negativos, o destaque ficou para o Colesterol Alto, verificado em 15% dos perfis analisados.
As incidências de sobrepeso e obesidade também estão muito presentes na vida dos segurados da carreira de Transportes, com variação entre 49,8% e 63,4%, acima do percentual de 51 pontos estimados pelo Ministério da Saúde. Já os índices de Sedentarismo alcançaram elevadas taxas em todas as áreas, entre 54,6% a 69,5%, o que indica que mais de 50% da população pesquisada não pratica exercícios ou o faz eventualmente, estatística 20% superior ao dado mundial.
“Esse resultado pode ser atribuído, em grande medida, aos reflexos das condições de trabalho dos motoristas profissionais, que costumam passar longos períodos longe da família e em solidão, dormindo poucas horas por dia quando viajam. Falta de infraestrutura rodoviária e estímulos pecuniários para a diminuição do tempo de entrega da mercadoria, muitas vezes envolvendo cargas perigosas, são fatores que também contribuem para o desencadeamento de alterações das condições de saúde do indivíduo, explica o superintendente de Gestão de Saúde, Gentil Alves.
Por outro lado, a categoria apresentou taxa de Estresse Moderado ou Alto de 29,5%, o segundo nível mais baixos do quesito dentre todas as atividades econômicas.
A pesquisa considerou mais de 15 variáveis como Pressão Arterial; Consumo de Álcool; Sedentarismo; Prevenção de Câncer; Estresse; Tabagismo; Glicemia; Colesterol Alto; IMC; entre outras. Os resultados foram divididos por Transporte; Atividades Profissionais; Comércio; Indústria da Transformação; Atividades Administrativas; Atividades Financeiras; Construção; Informação e Comunicação; Saúde; e Outros Serviços (associações e sindicatos ligados à cultura, arte e política).

fonte.



Brasil tem o combustível mais barato do mundo

Se você reclama dos preços altos dos combustíveis no Brasil, cuidado ao viajar ao exterior. Não estamos falando da Venezuela, onde com “cinco moedas” você enche o tanque, mas da Europa, onde os preços da gasolina e do diesel são muito mais altos que no Brasil.
Comparado com as principais economias do mundo, o Brasil tem um dos menores preços na bomba de gasolina e o custo do diesel chega a ser o mais baixo de todos os países, conforme estudo divulgado pela consultoria UHY, com sede em Londres e presente em 87 países e representada no Brasil pela UHY Moreira.
Os especialistas concluíram que o imposto dos combustíveis no Brasil é mais baixo que em outros países. Reino Unido, França e Alemanha cobram impostos de pelo menos 60% na gasolina, enquanto no Brasil é 35,6%. Observe que, mesmo assim, os impostos no Brasil são altíssimos, o que leva a concluir que os preços mais baratos são resultado também de uma margem menor dos produtores e revendedores.
A consultoria usou como comparação dos preços nos países o tanque da uma van Transit, da Ford. Encher o tanque da Transit com gasolina no Brasil custa US$ 102,73, quase a metade do preço na Dinamarca. Se o combustível for o diesel o custo de encher o tanque da Transit no Brasil é de US$ 89,60, representando menos de metade do custo no Reino Unido, país onde o preço do diesel é o mais elevado.
Para os analistas da UHY, o grande volume de petróleo produzido no Brasil ajuda a manter os preços do combustível baixos.
Em muitos países os altos impostos são usados para estimular o uso de combustíveis alternativos, que podem ser uma opção comercial ao petróleo e também para reduzir as emissões de poluentes.
Porém, também para o GNV – Gás Natural Veicular, uma alternativa mais ecológica à gasolina e ao diesel, o imposto no Brasil é menor que em outros países: 27,2%.
Segundo o estudo, a maioria das economias emergentes tem níveis consideravelmente mais baixos de tributação sobre o combustível do que as economias desenvolvidas.
“As economias emergentes são muito mais focadas no crescimento e em prestar assistência às empresas, através de redução de impostos e subsídios, onde se faz necessário”, explicou Eric Waidergorn, diretor da UHY Moreira.
Diesel
Custo do tanque cheio da Ford Transit (em dólar)
diesel
Gasolina
Custo do tanque cheio da Ford Transit (em dólar)
gasolina
Gás Natural Veicular
Custo do tanque cheio da Ford Transit (em dólar)
GNV




Várias rodovias do Paraná tem restrições por causa das chuvas

A chuva que caiu sobre o Paraná no sábado (7) e no domingo (8) ainda deixa pontos de rodovias federais interditados. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 6h50 desta terça (17), mais de dez trechos de rodovias federais continuavam com problemas. No caso das estradas estaduais, 23 pontos estavam com obstrução – parcial ou total – até as 6h50 desta terça-feira (17). Em geral, as interdições foram provocadas por queda de barreira, porém, há também regiões onde a pista cedeu, ficou alagada ou houve erosão do acostamento.
Veja os trechos federais parcialmente interditados
  • BR-158 Km330 – Laranjeiras do Sul
  • BR-277 Km279 – Prudentópolis
  • BR-277 Km306 – Guarapuava
  • BR-277 Km309 – Guarapuava
  • BR-277 Km315 – Guarapuava
  • BR-277 Km415 – Cantagalo
  • BR-277 Km442 – Virmond
  • BR-277 Km511 – Guaraniaçu
Veja os trechos federais totalmente interditados
  • BR-373 Km426 – Candoi
  • BR-373 Km430 – Candoi
  • BR-373 Km434 – Candoi
Confira os trechos estaduais com problemas
Região Curitiba e litoral:
  • PR-151 Km439 – São João do Triunfo – interditada
  • PR 170 Km479 – Bituruna a Pinhão – interditada
  • PR-447 – Entre União da Vitória e Cruz Machado – parcialmente interditada
  • PR-836 – União da Vitória – interditada
  • PR-466 – Meia pista entre União da Virória e a BR-153 – interditada
  • PR-280 – União da Vitória
Região oeste:
  • PR-484 – Boa Vista da Aparecida – interditada com desvio no local
  • PR 473 – Quedas do Iguaçu
Região sudoeste:
  • PR-473 Km073 – De Dois Vizinhos a Cruzeiro do Iguaçu – meia pista
  • PR-473 Km081 – De Dois Vizinhos a Cruzeiro do Iguaçu – meia pista
  • PR-475 km002 – São Jorge a Quedas do Iguaçu – interditada
  • PR-459 Km034 ao 039 – Mangueirinha – interditada durante a noite e para veículos pesados
  • PR-592 Km018 – Nova Prata do Iguaçu – meia pista
  • PR-592 Km 19 – Usina Salto de Caxias
  • PR 484 Km080 – liberação parcial
  • PR 484 Km097 – liberação parcial
Região norte:
  • PR-180 – Quarto Centenário – meia pista
  • PR-180 km 172 +550m – a ponte sobre o Rio Goioerê está interditada
  • PR-317 km254 – Quarto Centenário – meia pista
Região central:
  • PR-170 Km415 – Entre Guarapuava e Pinhão – interditada
  • PR-170 Km383 – Próximo ao Rio Jordão – meia pista
  • PR-364 Km376 – Goioxim – interditada
  • PR-487 Km254 – Entre Manoel Ribas e Nova Tebas – interditada



Perdas no transporte representam prejuízos

Começou a colheita do milho safrinha no Mato Grosso. É hora de transformar o grão em dinheiro, sem desperdícios. Só que na hora de fazer as contas do quanto se perde no transporte da safra, descobre-se que um dinheirão é jogado fora.
Perdas na Safra

As máquinas já trabalham na fazenda do agricultor Erny Parisenti, em Diamantino. A colheita dos 8.400 hectares de milho começou. Além das colheitadeiras, o transporte da produção também recebe atenção do agricultor. O trajeto é curto. Pouco mais de um quilômetro entre a lavoura e o armazém construído na fazenda e o agricultor não quer desperdício.
“A perda sempre acontece pela carga ser mal colocada, carregar demais, não enlonar o caminhão até chegar ao armazém. A gente procura orientar os funcionários, os motoristas, eles têm que ter a consciência que tem custo e que dá prejuízo mais tarde”, comenta o agricultor.
O chamado transporte curto, do campo até os silos, pode representar um grande prejuízo para os agricultores. Cooperativas e cerealistas estimam que durante o percurso, meio por cento da carga fique pela estrada. Quantidade que pode chegar até a três sacas por caminhão.
O problema é parecido no transporte longo, que é aquele dos armazéns até os portos ou indústrias esmagadoras. A diferença é que neste caso as grandes empresas colocam um limite para as perdas, como explica o presidente da Fiagril, que tem nove unidades de comercialização em Mato Grosso. “É 0,25% sobre o peso embarcado, em relação ao peso de destino”, diz Jaime Binsfeld.
Nesta safrinha Mato Grosso deve colher cerca de 15 milhões de 300mil toneladas de milho. Considerando tanto o transporte curto – das lavouras até os armazéns, quanto o transporte longo – dos armazéns para os portos, podem ficar pelas estradas cerca de 115 mil toneladas do grão. Volume suficiente para encher mais de 3.100 caminhões, com capacidade para 37 toneladas cada um.
Esse desperdício todo é resultado de vários fatores, como conta o dono de transportadora, Édio de Castro. “Perde bastante. Um pouco porque a rodovia é ruim, que está muito deteriorada e outra que o motorista também não cuida. E também tem o a própria carreta. Um buraquinho aqui, outro ali e no solavanco a mercadoria vai”, diz.
Outra empresa viu no problema das transportadoras um nicho de mercado. Oferece serviços de reforma das carrocerias e semi-reboques. Entre os pedidos está a colocação de espumas para vedar as frestas entre as tampas de madeira.
“É muito simples, o custo não é muito alto para uma pessoa que vai perder 500 a 600 kg de mercadoria, então ele paga. Por isso que o pessoal está querendo fazer isso mesmo”, afirma Vanderlei Roberto, empresário.
Apesar do aumento na busca por soluções, pelas estradas de chão ou de asfalto, grãos se multiplicam. Atraem bandos de aves e levam para o ralo parte da renda da cadeia produtiva.
Quando todo este desperdício é transformado em dinheiro, a conta surpreende. “Isso representa, considerando o valor da saca de milho de hoje, R$ 34 milhões”, alerta Cid Sanches, gerente da Aprosoja-MT.
Levando em conta o percentual de perdas no Mato Grosso, os agricultores de todo o Brasil deixam de ganhar, a cada ano, entre 800 milhões e um bilhão de reais, só no transporte de milho e soja.
Fonte: Globo Rural



Simulador deixa de ser obrigatório e se torna problema para autoescolas


Após deixar de ser obrigatório com a mudança na resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o simulador eletrônico virou um problema, já que os donos de autoescolas que o adquiram vão ter que repassar o valor para os alunos que querem tirar a carteira de habilitação. Os candidatos a motorista também devem se preparar já que a carga horária passou de 20 para 25 aulas, também gerando aumento de pelo menos 20%, segundo a Associação das Autoescolas de Araraquara.
A nova resolução determina que as aulas com simulador não devem ultrapassar 30% da carga horária e não são mais obrigatórias. A máquina lembra um vídeo game que reproduz uma viagem na estrada. Segundo o Contran, o aluno tem que passar por esse procedimento depois da aula teórica e antes da aula prática com o carro de verdade. O equipamento, que custa em média R$ 40 mil, passaria a ser obrigatório em janeiro deste ano e o Contran tinha prorrogado o prazo para julho, mas cancelou.
Custos e prejuízo
Em Araraquara, o dono de autoescola Rafael Oprime comprou e passou a alugar o simulador, mas agora está preocupado. Ele acredita que muitos alunos não vão querer fazer a aula com o aparelho. Com a mudança, pretende devolver o equipamento, mas não sabe se vai conseguir. “O valor mínimo de R$ 3 mil mensais e eu não vou conseguir vender isso. Teoricamente a gente vai ter que partir para alguma coisa na Justiça. Por ser facultativo não vai ter cliente que vai optar pelo serviço”, disse.
Rosangela Cavicchioli, dona de uma autoescola de Ibaté, pagou R$ 36 mil pelo simulador, que ainda não chegou. Ela afirma que vai repassar os custos para os alunos. “Não tem como eu trabalhar com esse aparelho, ainda acessar o software para fazer o agendamento dessas aulas, que custa muito caro também, e ainda esse valor do simulador”, explicou.
O vice-presidente da Associação das Autoescolas de Araraquara, Eduardo Borghi, diz que, apesar dos transtornos, o fim da obrigatoriedade é melhor. “Nós ficamos um pouco mais tranquilos até com relação a investir ou não investir. Já que é facultativo, nós temos essa liberdade de colocar o simulador ou não. Quem vai determinar isso é o mercado”, disse.
O Contran informou que suspendeu a obrigatoriedade depois de discussões sobre o assunto na Câmara dos Deputados. Além disso, não vai reembolsar os donos de autoescolas que estiverem arrependidos da compra dos equipamentos.
Mais aumento
Outra mudança na resolução do Contran é que as aulas práticas para categoria B – que inclui carros de passeio – devem aumentar cinco horas até dezembro deste ano e, por isso, vai aumentar os preços. “Esse custo deve ser repassado para o candidato. Aproximadamente 20%”
Os alunos reclamam dos preços e do tempo para tirar a CNH. “Com a carga maior, vai ter mais processos ainda e você vai demorar mais tempo para tirar a carta, além de pagar mais caro”, disse o estudante Victor de Almeida.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo não comentou o aumento no custo para os alunos. De acordo com o departamento, até agora foram credenciados cinco simuladores em São Carlos, cinco em Rio Claro e dois em Araraquara.



Diesel pode conter 10% de biodiesel em 2020

O percentual de biodiesel misturado ao diesel vendido ao consumidor final no Brasil pode chegar a 10% em 2020, se a Lei do Biodiesel for aprovada, de acordo com o deputado Márcio Macêdo (PT/SE). Até o fim de julho, segundo ele, o Congresso deve aprovar a medida provisória que eleva o percentual da mistura para 7% a partir de novembro deste ano.
Macêdo apresentou os dados durante a 2ª Conferência Globe International para Mudanças Climáticas, que reúne 265 parlamentares de 65 países na Cidade do México, e destacou as vantagens de um diesel mais limpo para o clima global.
“Cada acréscimo de 1% de biodiesel equivale à capacidade de capitação de carbono da atmosfera de cerca de 7 milhões de árvores plantadas”, comparou. Macêdo representa o Brasil no encontro ao lado dos senadores Vanessa Graziotin (PCdoB/AM) e Antônio Carlos Valadares, (PSB/SE).
O deputado também apresentou dados de avanços do Brasil no cumprimento das metas voluntárias de redução das emissões de dióxido de carbono ligadas à queda do desmatamento.
“Cumprimos 76,1% das metas voluntárias de redução de gases de efeito estufa previstas para 2020, que eram de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões.” Márcio lembrou que a legislação ambiental brasileira é recente, mas que é preciso que o Parlamento coloque em marcha projetos importantes para a adaptação do País às mudanças climáticas. “É preciso avançar na construção de um regime internacional de compensação por perdas e danos associados às mudanças do clima para países em desenvolvimento.”
Na mesma direção, Valadares, que preside a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, pediu a criação de um sistema de registro efetivo para contabilizar os incentivos para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação e Conservação, conhecidos como Redd+, previstos na Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Na prática, segundo o senador, os incentivos serão uma ferramenta para que os recursos provenientes do Fundo Verde sejam usados para manter as florestas de pé, o manejo sustentável dos diferentes ecossistemas e a qualidade de vida das comunidades que vivem nessas regiões.
A senadora Vanessa Grazziotin, presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, alertou que, apesar do progresso em algumas áreas – entre elas a redução do desmatamento -, as medidas tomadas até agora para enfrentar as mudanças climáticas não são suficientes para a transformação da economia e sociedade no nível necessário. “Acordos internacionais não são implementados, ou o são apenas parcialmente devido a problemas de governança e de transparência”, avaliou.
fonte.



Curva na BR-376 é recordista em acidentes

Uma curva na BR-376, próximo à divisa entre Paraná e Santa Catarina, na altura do quilômetro 667, é conhecida pelos caminhoneiros como “curva amaldiçoada”, ou “curva da morte”. Isso porque a pista é inclinada, o asfalto é irregular e a curva é fechada, gerando vários acidentes no trecho. Imagens do sistema de monitoramento da concessionária Autopista Litoral Sul, que administra o trecho, mostram vários tombamentos de caminhões no trecho.

Pensando na segurança dos motoristas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) lança a operação RodoVida, que intensifica a fiscalização em 16 pontos considerados críticos pelo número de acidentes. A ação é programa sempre em feriados prolongados, quando o fluxo nas rodovias é maior. Segundo o inspetor da PRF, Cristiano Mendonça, a maioria deles está em trechos urbanos.
Os trechos mais problemáticos estão na BR-376, em Maringá e Apucarana; na BR-476, em Campina Grande do Sul e Curitiba; na BR-116, em Antonina; e na BR-277, em Foz do Iguaçu. O Paraná lidera o ranking dos estados com mais pontos críticos. Em seguida fica Santa Catarina, com 12 pontos perigosos.



Senado aprova mudanças na Lei do Descanso, mas veta aumento de jornada de trabalho

Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira o projeto que flexibiliza o descanso obrigatório dos caminhoneiros de acordo com a Lei 12.619, de 2012. O PLC 41/2014 altera a Lei do Descanso e permite que o motorista possa dirigir por 5 e meia horas entre os descansos durante sua jornada de trabalho. No entanto, a proposta do projeto original de aumentar para 12 o máximo de horas trabalhadas durante um dia foi vetada, mantendo o padrão atual, de 10 horas (com duas horas extras). O projeto retorna agora para a Câmara dos Deputados e ainda pode ser alterado.
A alteração que aumenta o tempo de direção contínua era uma luta do setor de agronegócios, dada a distância das regiões produtoras, noCentro-Oeste, para os portos de escoamento dos grãos, em trechos que são muitas vezes superiores a 800 quilômetros. A nova regra também altera a logística para o descanso em regiões de pouca estrutura, dando mais tempo ao caminhoneiro para parar em local seguro.
O atual descanso obrigatório diário, de 11 horas a cada 24 horas, poderá ser fracionado, usufruído no veículo e coincidir com os intervalos de 30 minutos. O primeiro período, entretanto, deverá ser de 8 horas contínuas. A lei atual prevê pelo menos 9 horas contínuas de descanso.



Sistema eletrônico vai flagrar caminhões que fogem das balanças

caminhões - pesagem
A partir de agosto um sistema eletrônico vai flagrar os caminhões que circulam nas rodovias federais com excesso de peso. Principalmente os caminhoneiros que fogem da balança obrigatória. O novo equipamento já está sendo testado pela Polícia Rodoviária e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.

As balanças funcionam do mesmo jeito há 60 anos nas rodovias federais. Caminhoneiros e empresas de transporte tiveram tempo de sobra para aprender a enganar o sistema. Só em uma balança da Via Dutra, 120 caminhões escapam diariamente da fiscalização.
Quanto mais peso no caminhão, mais dificuldade para dirigir e frear. Imagens cedidas pela Polícia Rodoviária Federal mostram quando motoristas perdendo o controle das carretas (vídeo abaixo). Segundo a ANTT, são 70 mil acidentes com caminhões por ano nas rodovias brasileiras.
O novo sistema lê a placa, manda a informação para o computador e a multa é aplicada na hora. “Praticamente instantâneo. Nós estamos usando tecnologia mais avançada pra fazer esse tipo de trabalho. A partir daí fazer autuação e seguir todo o processo até multar, recursos, recursos administrativos, recursos jurídicos, até o termino da operação”, explica o responsável pelo sistema Rômulo Cioffi.
O sistema também flagra a falta do registro nacional de transportes rodoviários de carga: a licença tirada a cada cinco anos que permite o tráfego por todo o país. Ele está em teste nas balanças da Via Dutra e já reduziu em 30% as fugas das balanças. O equipamento deve estar nas treze rodovias federais do país em agosto.



Sem acordo, votação de nova jornada para motoristas fica para a próxima semana

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 41/2014, que amplia a jornada dos motoristas profissionais, dividiu a opinião dos senadores na quarta-feira (28) e acabou tendo sua votação adiada para a próxima semana. O PLC 41 altera a Lei 12.619/2012, conhecida como Lei do Descanso, em vigor há um ano e meio, para permitir jornada de oito horas, com duas horas extras.
No entanto, por convenção ou acordo coletivo, o período adicional pode chegar a quatro horas, levando a uma jornada total de 12 horas. Além disso, a cada seis horas ao volante, o motorista deverá descansar 30 minutos, porém esse tempo poderá ser fracionado. A lei atual exige descanso a cada quatro horas em viagens de longa distância.
A proposta ainda converte em advertência as multas previstas em lei para quem desrespeita as exigências de descanso durante a jornada e para caminhões com excesso de peso.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), designado como relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), defendeu a votação já nesta quarta.
“Vários prefeitos e várias autoridades estaduais estão pedindo a votação urgente dessa matéria, porque, por exemplo, a cidade de Salvador enfrenta uma greve da categoria, exatamente por conta de uma definição da questão do horário de trabalho dos motoristas urbanos”, disse Jucá, argumentando que a matéria ainda poderia ser aperfeiçoada ao retornar à Câmara dos Deputados.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que as articulações entre governo, oposição e lideranças da categoria garantiam um consenso mínimo para a votação da matéria.
Alvaro Dias (PSDB-PR) ressaltou que as empresas estariam sofrendo prejuízos e os motoristas obrigados a ficar parados nas rodovias ou em postos de combustíveis, para obedecerem às regras de descanso.
Mais debate
Outros senadores, porém, argumentaram que o tema ainda precisa ser mais debatido. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) manifestou preocupação com a possibilidade de a jornada dos motoristas se estender até 12 horas. “A matéria diz respeito, diretamente, aos trabalhadores motoristas ou trabalhadoras motoristas, mas, indiretamente, diz respeito à vida, à vida daqueles que conduzem pessoas, à vida daqueles que conduzem cargas, mas que interferem com outras pessoas”, ponderou.
Também para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), além das questões trabalhistas, é preciso pensar na segurança das pessoas, com o possível aumento dos acidentes nas estradas, resultantes da elevação da jornada de trabalho e da redução do tempo de descanso dos motoristas.
A questão chegou a dividir os partidos. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), favorável a mais debates, disse que pediria verificação de quorum caso a votação ocorresse. Já o líder do partido no Congresso, José Pimentel (CE), e Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil, manifestaram-se a favor da votação nesta quarta, citando o apoio de sindicatos.
Motoristas
Na semana passada, representantes de caminhoneiros reuniram-se com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para pedir mais debates antes da votação. Eles temem que a ampliação da jornada leve ao aumento do número de acidentes e mortes nas rodovias.
Nesta terça (27), porém, representantes de cegonheiros (motoristas de carreta específica para o transporte de veículos) pediram a Renan a aprovação do projeto.
A matéria tramita em regime de urgência. Caso sofra modificações no Senado, volta à Câmara; se for aprovada com o mesmo texto, segue diretamente à sanção presidencial.