Caminhões que se dirigem sozinhos devem ganhar ruas antes dos carros

Freightliner Inspiration Truck (4)

Em 2002, o filme “Minority Report”, estrelado por Tom Cruise, mostrava uma cidade americana 50 anos no futuro tomada por carros sem motoristas. Fora da ficção, essa tecnologia não demorou tanto assim para aparecer.
No Estado da Califórnia, carros do Google que dispensam motoristas começaram a circular na semana passada pela cidade de Mountain View, sede da companhia.
Em Nevada, dois caminhões da linha Freightliner Inspiration, da Daimler, que se dirigem sozinhos foram autorizados a trafegar pelas estradas estaduais. São acompanhados de motoristas que fiscalizam a operação e assumem o volante em casos emergenciais (veja ao lado como o veículo funciona).
Mas, embora os testes sejam promissores, especialistas afirmam que alguns entraves devem atrasar a implementação da tecnologia no dia a dia dos consumidores.
“Primeiro veremos autonomia parcial em veículos de transporte de cargas e de passeio. Depois, talvez em dez anos, virão os veículos com autonomia total”, afirma Xavier Mosquet, analista do setor automotivo da consultoria Boston Consulting Group.
A empresa estima que as vendas globais de veículos autônomos devem atingir US$ 42 bilhões em 2025, uma fatia de 13% do mercado –desses, no entanto, apenas 0,5% serão totalmente independentes de motoristas. Em 2035, a autonomia completa deve subir para 9,8%.
A tecnologia deve ganhar tração primeiro no mercado de caminhões, para só depois atrair os consumidores de carros. Segundo Mosquet, isso acontece porque o custo de implementação da tecnologia é praticamente o mesmo nas duas categorias, mas os compradores de caminhões têm mais dinheiro para investir.
Território nacional
No Brasil, esse tipo de tecnologia esbarra em um outro problema, segundo Ricardo Takahira, da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade): a infraestrutura precária.
“A qualidade das estradas brasileiras não é a mesma da dos Estados Unidos ou da Europa. E esses veículos ainda são muito dependentes de infraestrutura, precisam das faixas de rolamento pintadas corretamente, de sistemas de rádio frequência para estar o tempo todo conectados”, diz.
No caso do carro do Google, o veículo utiliza dados de sensor e de mapas para determinar onde está e como se movimentar e também quais obstáculos há no caminho, com base no tamanho, na forma e no movimento deles.
Para Takahira, essas tecnologias também podem deixar as estradas mais seguras. “Esses veículos param, freiam e se mantêm dentro das faixas sozinhos. É um jeito de fiscalizar o motorista.”
No mercado norte-americano, a estimativa do BCG é que veículos parcialmente autônomos possam aumentar em 30% a segurança para motoristas de caminhões e carros. No longo prazo, o potencial é de redução de 90% dos acidentes nas estradas.
Os veículos não estão imunes a ocorrências. O Google reportou 12 acidentes envolvendo os protótipos –a maioria, afirma a companhia, foram consequência de erros humanos causados pelos motoristas dos outros carros.



Dicas de como comprar um extintor automotivo ABC

Devido à alta demanda por extintores automotivos ABC – para atender a lei que exige o equipamento para todos os veículos – a Kidde Brasil Ltda, uma das maiores fabricantes de extintores de incêndio no Brasil, dá dicas de como os consumidores devem comprar, manter e usar seu extintor.
Quando e como devo comprar um extintor de incêndio?
Todos os carros, fabricados desde 2005, já possuem extintor ABC de fábrica. Portanto, antes de comprar um extintor, verifique a data de validade e se o medidor de pressão está na faixa verde. Muitos motoristas estão trocando, desnecessariamente, seus extintores que já atendem ao padrão da lei.
Caso o condutor não tenha um extintor ABC ou necessite de um novo, é preciso ficar atento às orientações abaixo para garantir que o produto não foi adulterado ou danificado, comprometendo a garantia, eficácia e sua segurança. Além disso, quando for substituir seu extintor, certifique-se que o extintor é do mesmo tamanho (comparando com o original) para permitir a montagem apropriada no suporte existente.
1. O extintor não deve apresentar sinais de ferrugem, amassamento ou tinta raspada.
2. O lacre ou trava da válvula deve estar intacto. Não compre se estiver rompido, com a trava da válvula quebrada, danificada ou faltante.
3. O bico deve estar limpo e sem vestígio de pó.
4. O prazo de validade deve ser de cinco anos, na data de compra.
5- Deve possuir o selo do INMETRO com os dados do fabricante.
6- Exija a nota fiscal.
Como manter o extintor
Os extintores ABC têm garantia de cinco anos e não necessitam de recarga durante esse período. Mas, o extintor necessita de verificação periódica, de acordo com as instruções do fabricante descritas no rótulo do produto. É importante que os próprios motoristas realizem inspeção, para que conheçam o produto e evitem que seja adulterado por terceiros. Veja quais itens devem ser verificados:
1. O indicador de pressão deve estar na faixa verde.
2. O lacre ou trava deve estar íntegro
3.- A aparência geral deve estar em boas condições (sem ferrugens ou amassado).
Se o usuário observar qualquer uma destas situações acima, o extintor deve ser substituído. É importante, também, verificar as condições de garantia. O extintor deve ser trocado quando for utilizado ou caso a data de validade estiver expirada.
Uso do extintor automotivo ABC
O que você deve fazer se um incêndio começar em seu carro?
1. Pare o carro e desligue o motor. Verifique se você está num local seguro, de preferência no acostamento ou procure algum lugar que possa estacionar.
2. Saia do carro e retire todos os passageiros o mais rápido possível.
3. Retire o extintor do suporte e rompa o lacre para destravar a válvula.
4. Mantenha o extintor sempre na posição vertical.
5. Através de uma pequena abertura no capô do motor, aplique parte do conteúdo do extintor para abafar o fogo.
6. Abra cuidadosamente o capô, localize o foco de incêndio e elimine-o por completo. Observe que a descarga do extintor é muito rápida (cerca de 10 segundos).
7. Chame o corpo de bombeiros – 193.
8. Substitua o extintor, utilizado no combate ao incêndio, o mais breve possível.



Caminhoneiros e transportadores terão fórum permanente para diálogo com governo


O Ministério dos Transportes instalou nesta quarta, dia 24, o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas. A criação do fórum era um compromisso assumido em fevereiro com representantes de caminhoneiros e transportadores. Por meio dele, o governo federal pretende estabelecer um canal de diálogo para debater, oferecer sugestões e medidas técnicas para o aperfeiçoamento do setor.
Segundo o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, os temas debatidos no fórum serão acompanhados de perto pela Presidência da República. Ele contou que o assunto foi debatido em várias reuniões com a presidente Dilma Rousseff.
“Ela sempre se mostrou preocupada (com a situação que o setor enfrenta). Estamos felizes por ajudar transportadores, embarcadores e autônomos a encontrar denominadores comuns”, disse Rodrigues, durante a cerimônia de instalação do fórum.
Composto por representantes do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Terrestres, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, dos transportadores autônomos de carga, das empresas de transportes de cargas e dos embarcadores de carga, o Fórum TRC fará reuniões mensais.
O assessor especial José Lopes Feijóo, representante da Secretaria-Geral da Presidência da República, reafirmou a intenção do governo de implementar todos os compromissos assumidos com o setor.
“O que a gente acorda, a gente cumpre. Portanto, até final de junho, o governo anunciará o refinanciamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (para dar melhores condições aos caminhoneiros para financiar e comprar de seus veículos)”, garantiu Feijóo.
O secretário de Planejamento de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes, Herbert Drummond, informou que, já nas reuniões prévias do fórum, foi possível identificar a importância dos encontros:
“A demanda pela criação desse fórum foi consenso entre as categorias. Pela primeira vez, estamos reunindo em uma mesa de diálogo essas três categorias tão importantes para o país. São categorias que sempre tiveram dificuldades muito grandes para resolverem entre si os problemas. Agora, eles têm um centro: o Fórum TCR, que receberá as demandas e buscará soluções”, disse, referindo-se a embarcadores, empresas de transporte e transportadores autônomos.
Fonte: Canal Rural



Samsung cria caminhões com telas traseiras para facilitar ultrapassagem

Displays mostram a motoristas o que está na estrada à frente do veículo de carga

Samsung/Divulgação

Na Argentina, uma pessoa morre em acidente de carro por hora, de acordo com dados apresentados pela Samsung. E a maioria dessas mortes acontece em estradas, quando motoristas tentam realizar ultrapassagem, afirma a empresa. Motivada a salvar vidas, a companhia coreana instalou uma tecnologia para instalar em caminhões próprios, criando o chamado “Samsung Safety Truck” (caminhão de segurança Samsung, em tradução livre).

Trata-se de um veículo de carga equipado com uma câmera na parte frontal, que se conecta a quatro telas instaladas nas portas de trás do caminhão por meio de um sistema sem-fio. Assim, os paineis transmitem em tempo real a motoristas que estejam atrás o que acontece na estrada à frente do caminhão, o que facilita a ultrapassagem.

A câmera dos veículos também possuem tecnologia de visão noturna, para que motoristas atrás do caminhão também possam enxergar o que vem na estrada à noite.
A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a empresa argentina de tecnologia Ingematica. Por enquanto, não foi divulgado se os recursos serão aplicados em outros países onde a Samsung atua.

Confira abaixo o vídeo de apresentação produzido pela Samsung:




PARTICIPE DA CAMPANHA PARA PUBLICAÇÃO DO LIVRO "AS IDEIAS DO AFRICANO"

Amigos, estou participando de um site chamado kickante, com o objetivo de arrecadar fundos para a publicação do livro "As Ideias do Africano".
O site kickante, funciona como um meio de contribuição para campanhas e projetos que possui algum objetivo específico.
Como já disse, quero publicar o livro que muitos aqui já tiveram a oportunidade de ler e assim incentivar a prevenção de acidentes.
Quem puder ajudar esse projeto e contribuir com a campanha é só entrar nesse link e fazer sua doação.


Resumo da campanha:

Foto: Manoel Africano

“O fato de você já ter se envolvido em algum tipo de acidente de trânsito, obriga você a ler esse livro.”

Meu nome é Manoel Bispo, conhecido pelos colegas de profissão e por essas estradas como Africano. Tenho quase 30 anos de experiência como motorista e já tive a oportunidade de trabalhar nas grandes empresas de transporte e percorrer muitos Km desse Brasil. Hoje aposentado das estradas, mas ainda trabalhando como motorista pude parar para me dedicar a alguns projetos que faziam parte dos meus planos há muito tempo, e depois de tantos anos nessa jornada e por ter presenciado - e vivenciado - ocorrências na estrada, resolvi escrever e compartilhar minhas experiências em um livro, onde busquei relatar fatos e dar dicas a todos os condutores de veículos.

Feito de motorista para motorista o livro "As ideias do Africano" foi escrito tendo como base principalmente a dura vida dos caminhoneiros - onde passei boa parte desses anos trabalhando -, nele abordo temas relevantes para qualquer motorista como "Prevenção de Acidentes, Ultrapassagem, Curvas, Estacionamentos e Paradas, Velocidade, Direção Defensiva, Condução Econômica, Drogas e Direção" dentre outros tópicos que tem como finalidade educar e orientar para haja uma prevençao de acidentes, porque sim, O Acidente Pode ser Evitável! O objetivo maior do livro é salvar vidas!

Espero que vocês me ajude contribuindo para que esse projeto saia do papel, o valor arrecadado será para custear todo o processo de publicação do livro e ainda gravar um Cd com músicas também de minha autoria e outras composições.

Agradeço todo apoio desde já.
Abraços,
Manoel Bispo (Africano). Quem conhece, vira amigo!

Caso alguém tenha alguma dúvida, só entrar em contato.



Capacitação – Um negócio de futuro


Redução de custo sempre foi uma das principais metas dos empresários do transporte rodoviário de cargas e para atingir o objetivo investem em caminhões com tecnologia embarcada, logística, gestão empresarial e procuram, dentro do possível, manter a frota atualizada. Porém, com o passar do tempo e as mudanças pelas quais têm passado o setor, apenas estar com a empresa organizada deixou de ser o suficiente para manter o negócio rentável. 

Também era necessário ter mão de obra qualificada para operar os veículos com eficiência, e diante dessa demanda as transportadoras passaram a exigir profissionais capacitados e a investir em treinamento para os funcionários e motoristas não contratados. Os resultados, segundo dados das próprias empresas que realizam esse tipo de trabalho, são redução do consumo de combustível, de acidentes e de manutenção dos veículos da frota.
“Um motorista que passa pelo treinamento de condução econômica, por exemplo, tem condições de diminuir o consumo de combustível em torno de 30%. Consumo de pneus e economia do sistema de freios também são percebidos pós-treinamento”, explica Celso Luchiari, diretor geral da Holding Transportadora Americana. A empresa investe em treinamento e desenvolvimento de pessoal desde a década de 70 e criou, em 1996 a Universidade do Transporte (UT), unidade corporativa que possui atualmente portfólio de mais de 50 cursos. Só para motoristas são 10 cursos específicos, entre eles Condução Econômica, Direção Defensiva, Técnicas de Manobra, Atendimento ao Cliente. Em média, cada colaborador recebe 75 horas de treinamento por ano.
Motorista preparado consegue obter maior aproveitamento do caminhão
A empresa informa que investe também no bem estar do motorista no período de descanso e que todas as suas filiais possuem dormitórios para que o motorista descanse entre as viagens de transferência. Existe também uma Comissão de Trânsito que trabalha na análise dos acidentes e promove campanhas preventivas e ações voltadas para a melhoria das condições dos seus motoristas. 
“Talvez a atenção tenha se voltado para o motorista devido à escassez de mão de obra. Hoje em dia, está cada vez mais difícil de encontrar bons profissionais”, justificou Luchiari.
Para Ércio Gomes, gerente de gestão de gente, treinamento e desenvolvimento da JSL, o treinamento é fundamental não apenas para redução de acidentes e motivação, mas também para alertar o profissional sobre a importância de sua responsabilidade social e do seu papel na sociedade, e também contribuir para a redução de custos.
“Podemos comparar a redução de combustível para motoristas bem treinados. Após o treinamento e acompanhamento, ele consegue o maior aproveitamento do veículo gerando economia média de 15% no consumo de combustível por quilômetro rodado”, destaca.
Treinamento e capacitação contribuem para a redução de acidentes
Na opinião de Gomes, mudanças das leis que regem a função de motorista (estipuladas no Código de Trânsito Brasileiro), tecnologia de produto, equipamentos modernos e aumento de veículos nas estradas brasileiras e de acidentes são fatores que contribuem para a necessidade de as empresas adotarem programas de treinamento e capacitação para a educação, prevenção e conscientização.
Para atender a essa demanda, a transportadora disponibiliza o PEC (Programa de Educação Continuada) que abrange todas as categorias de motoristas da empresa. O foco principal é a redução do número de acidentes, qualificação dos motoristas e redução da rotatividade, além do incentivo à motivação e à redução de custos operacionais devido à má operação dos veículos.
“O curso de formação foi desenvolvido para atender as necessidades dos colaboradores. Para cada tipo de motorista há um conteúdo programático específico e uma carga horária. O motorista carreteiro, por exemplo, faz um curso diferente do motorista de ônibus, de caminhão trucado ou toco”, destaca.
A Braspress, por sua vez, investe em treinamento e também na capacitação dos colaboradores de duas formas, através da inserção de vários módulos orientativos e especializados na área de atuação do profissional. Em 2014 foram mais de 10 mil horas de treinamento e capacitação de colaboradores.
Luiz Carlos Lopes, diretor de operações da empresa, diz que a Braspress dedica atenção redobrada aos motoristas, tanto pela importância de sua atuação no negócio, quanto pelos cenários em que produzem, expostos aos vários riscos, inerentes ou não da atividade, das interações exigidas pelas variantes fiscais e condições de rodovias brasileiras”, explicou.
A empresa criou um departamento denominado CAMB – Centro de Apoio ao Motorista Braspress – onde são reforçadas questões ligadas à saúde e bem estar, com exames toxicológicos, sangue, urina, pressão arterial, entrevistas psicológicas e de orientações preventivas de alimentação e saúde e sala de descompressão. “Outro importante recurso na preparação dos motoristas da Braspress se relaciona aos treinamentos de direção aplicados com palestras orientativas e uso de simuladores com cenários semelhantes aos enfrentados na rotina de suas viagens”, concluiu.
Preparado em casa
A JSL conta com o Centro de Treinamento, que disponibiliza para as filiais estratégicas no Brasil, a escola de formação de motoristas para colaboradores externos e internos sem a devida experiência para a condução de equipamentos pesados. A carga horária é de 260 horas aula, entre aulas práticas e teóricas. “O objetivo é preparar e capacitar o motorista para uma direção mais segura e econômica, domínio do veículo e habilidades na execução das tarefas propostas, tanto em percurso quanto em manobras, respeitando as normas internas da empresa e o Código de Trânsito Brasileiro”, explicou Ércio Gomes.
A TA, por sua vez, disponibiliza uma “escolinha de motorista” na qual monitores dedicam parte do seu tempo treinando aspirantes a motoristas ou os recém-contratados da empresa. “Se um ajudante ou conferente da casa quer ser motorista, financiamos a Carteira de Habilitação e, posteriormente, colocamos ele para treinar com os monitores até que estejam aptos a assumir a nova função” disse Celso Luchiari, lembrando que muitos motoristas da Transportadora, os mais antigos principalmente, passaram por esse processo na empresa”.
Também na Braspress, profissionais que não possuem experiência comprovada em carteira de trabalho na função de motoristas, encontram oportunidade para ingressar na profissão. Luiz Carlos Lopes destaca que um dos grandes diferenciais da empresa é essa abertura ao aceitá-los nesta condição, pois possam por longa preparação em pátio, instruídos e monitorados por instrutores capacitados.
“Na medida em que vão apresentando condições de direção própria, eles iniciam a escalada de efetivação nas rotas que se diferenciam por distâncias ou por complexidades, até que conseguiam atingir as mais longas e mais complexas”, acrescenta Lopes. Ainda de acordo com ele, a Braspress reúne várias experiências que mostram estas escaladas, especialmente para as motoristas mulheres. Atualmente, a participação do sexo feminino no quadro de profissionais que conduzem veículos representa cerca de 40 %, tendo, em algum momento, representado mais de 50 % do efetivo”, conforme revelou o diretor operacional da empresa.
Fonte: Revista O Carreteiro – Edição 488-Texto de Daniela Giopato



Rampas de escape evitam acidentes caso caminhões não consigam frear

Uma medida simples, como as rampas de escape, pode aumentar a segurança nas estradas e salvar vidas. Elas são construídas às margens das rodovias para caminhões e ônibus que não conseguem parar, caso fiquem sem freio durante a descida. O único problema é que no Brasil só existem três rampas de escape.
Imagens mostram quando um ônibus aparece na curva, sai da pista e quase tomba com 50 pessoas a bordo. Ele perdeu o freio. O motorista só conseguiu parar porque viu o aviso: área de escape, antes da curva e não foi só ele. Uma carreta cruza as faixas, na frente de outro caminhão, entra na área de emergência e para de forma brusca, alguns metros adiante. A pista é chamada de rampa de escape.Assista ao vídeo.
Tem quase cem metros de comprimento e um metro de profundidade. A primeira rampa foi construída há mais de 12 anos. Ela fica no começo da descida da serra da Via Anchieta, o caminho feito por carretas vindas de todo o país, com produtos que vão ser exportados através do Porto de Santos, no litoral paulista. É tráfego pesado e que ainda conta com abuso da velocidade e com o excesso de peso.
Por isso, outra rampa foi aberta no final da serra da Anchieta, no ano passado, depois de passar nos testes feitos com carretas carregadas com quase 40 toneladas. As duas já evitaram 724 acidentes.
“Primeiro nós reduzimos as causas-morte no trecho. Ele também evita a colisão traseira porque ele sabe que tem um área, quando ele consegue chegar na área, ele usa ela com sucesso. Isso evita sim um mau maior ou uma gravidade maior do acidente”, fala o coordenador de tráfego da Ecovias, Raul Boff.
Apesar da eficiência, só duas rodovias do Brasil tem rampas de escape. Além da Via Anchieta, em São Paulo, outra foi inaugurada na BR-376, no Paraná. O caminho de tudo o que é produzido no Sul do país é embarcado no Porto de Itajaí, em Santa Catarina. A rampa já evitou 125 acidentes. A serra, no Paraná, tem 19 quilômetros. Do topo até o final são 710 metros de declive. O abuso é constante. Uns aceleram demais e caminhões que quase não suportam o peso.
“A cada dez caminhões cerca de quatro veículos tem problema de freio. Desde problemas de lona de freio, que há muito desgastada, as mangueiras de ar está comprometida, problema na distribuição do óleo hidráulico. São problemas diversos que são característicos de falta de manutenção”, fala diz o gerente de operações da Autopista Litoral Sul, Ademir Custódio.
Quando o caminhoneiro não está correndo e vê a rampa, ele consegue entrar bem devagar. Mas, se o defeito aparece quando a velocidade é alta, não tem jeito. A rampa é invadida e mesmo assim o caminhão para. O último caminhão entrou na rampa à noite, duas semanas atrás, porque faltou freio.  Era o caminhoneiro Elton Fernando Araújo quem dirigia a carreta- frigorífico. O caminhão dele ficou intacto e ele já voltou a trabalhar.
“Eu estava aquecendo os freios, começou a fumaçar os freios, eu avistei a rampa já. É horrível. Você pensa na família, você pensa em tudo. Pensa em quem está andando na estrada também, a cabeça pensa num monte de coisa. Mas tem que manter a calma para poder decidir o que vai fazer”, conta o caminhoneiro.
Segundo a concessionária Ecovias, a rampa de escape construída no quilômetro 49 da Rodovia Anchieta custou R$ 2,5 milhões.
Vídeo
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Fonte: Jornal Hoje



MPF processa empresas com caminhões com excesso de peso


O Ministério Público Federal está processando empresas que puseram caminhões com excesso de peso nas estradas brasileiras. Eles estragam a pista e aumentam o risco de acidentes para todo mundo.
O asfalto racha, fica ondulado e faz o baú do caminhão balançar. Os buracos aparecem e aumentam a cada dia, até ficarem quase intransitáveis, como o trecho da BR-158, em Goiás, mostrado no vídeo.
E os acidentes acontecem de repente, quando a suspensão dos caminhões não suporta o peso. Cargas inteiras vão parar no meio do asfalto e causam o bloqueio total das estradas por longos períodos.
A Polícia Rodoviária Federal diz que a principal causa deste tipo de acidente é o excesso de peso.
“Muitos motoristas andam com duas notas fiscais. Uma com o limite do caminhão, e o policial com a experiência do trecho, ele consegue encontrar uma segunda nota, que é o complemento daquele peso total”, diz Luís Carlos Maciel Jr., chefe da comunicação social PRF-SP.
As rodovias federais mantidas por concessionárias como a Régis Bittencourt, a Fernão Dias e a Dutra têm balanças que apontam o nível dos abusos.
“Nós já pegamos aqui na balança caminhões feitos pra 45 toneladas com 80, 90 toneladas. Caminhões pra 70 toneladas com quase 100. Claro que o excesso de peso diminui a vida útil do pavimento. Eu tenho que fazer obras ao longo da rodovia e em lugares como entrada de Rio, entrada de São Paulo, isso provoca um incômodo pro usuário”, diz Marcos Brunelli, gestor de atendimento CCR NovaDutra.
O Ministério Público Federal tem processado empresas e transportadoras que colocam caminhões com excesso de peso nas estradas. Além de pagar pelo conserto, elas também podem ser cobradas pelo risco que oferecem aos outros motoristas. Só uma rede atacadista de supermercados foi multada 305 vezes. Os processos são abertos na Justiça Federal.
“Os pedidos formulados basicamente são os seguintes: de que haja proibição pra que essas empresas promovam novamente a saída de mercadorias, de veículos, dos seus estabelecimentos comerciais. Além disso, pedimos pra que elas sejam condenadas a reparar os danos materiais causados”, diz Ronaldo Ruffo Bartolmazi, procurador da República.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes tem uma lista das mais multadas por sobrepeso. As recordistas são duas empresas de ônibus. Uma foi autuada quase 23 mil vezes em cinco anos. A segunda foi flagrada mais de 21 mil vezes.
O número de multas poderia ser ainda maior. O problema é que ônibus e caminhões passam sem pesar por balanças como a mostrada no vídeo, na Bahia. Todas as balanças do DNIT foram fechadas pela Justiça em julho do ano passado, porque o Ministério Público do Trabalho alegou que todos os funcionários eram terceirizados. Desde então, as balanças não abriram mais.
O DNIT recorreu da decisão da Justiça e argumentou que os funcionários terceirizados operam só a parte técnica da balança. Segundo o DNIT, os responsáveis pela aplicação das multas são funcionários do departamento.



Alerta: 7 em cada 10 caminhoneiros que utilizam rodovias paulistas estão acima do peso


Pelo menos 71,5% dos caminhoneiros que passam pelas rodovias do Estado de São Paulo estão acima do peso e 34% apresentam hipertensão arterial. É o que revela pesquisa da Secretaria da Saúde.
O levantamento, realizado nos meses de março e abril deste ano com 309 motoristas de cargas pesadas abordados nas rodovias Fernão Dias e Belém-Brasília (região de Marília), mostrou ainda que 56,31% dos caminhoneiros avaliados apresentaram alterações de força manual direita e esquerda. Além disso, 48,54% dos motoristas estavam em jornada excessiva de trabalho e 45% afirmaram abusar do consumo de álcool.
Para o estudo, foram realizados testes de verificação da pressão arterial e da frequência cardíaca, de glicemia capilar, teste de acuidade auditiva e visual, teste de visão estereoscópica e de visão cromática, avaliação do IMC (índice de massa corpórea), avaliação de carga horária de trabalho, avaliação de sonolência diurna, entre outros. Também foram administradas vacinas contra difteria, tétano, sarampo, rubéola, caxumba e hepatite B.
Os serviços oferecidos aos caminhoneiros integram o programa “Comando de Saúde nas Rodovias”, coordenado pelo SEST (Serviço Social do Transporte) e Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), em parceria com o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Ministério da Justiça.



Frete defasado deixa caminhoneiros em situação insustentável


Com os gastos com insumos, pedágios, manutenção da carreta, rodovias em péssimas qualidades, preço do diesel e seguro do veículo, a situação dos caminhoneiros se tornou insustentável. A afirmação é da categoria, que afirma que o que sobra dá apenas para pagar a parcela do caminhão.
Conforme dados do empresário do setor de transportes e cargas, Antônio Ferreira Hande, o aumento da inadimplência referente aos financiamentos de caminhões e os mandados de apreensão desses veículos aumentaram em 30% nos últimos seis meses.
“O preço cobrado pelo litro do óleo diesel (R$ 2,90 o mais caro) compromete o trabalho dos caminhoneiros e das transportadoras. O valor cobrado pelo frete é de R$ 50,00 a tonelada. Sendo cobrados R$ 1.800,00 de frete, mais 550 litros de diesel, cerca de R$ 1.498,00, retira a comissão de 10% do motorista, sobra R$ 121,00. Caso estoure um pneu, terá um prejuízo de R$ 1.200,00. Ou seja, o momento não está sendo viável para o motorista, nem para a transportadora”, avaliou.
Recessão
De acordo com a Federação de Caminhoneiros de São Paulo, o valor do frete diminuiu 37% no Estado nos últimos cinco meses, fato que acarretou dificuldades ao setor. Ainda segundo a Federação de Caminhoneiros, a evidência pode ser constatada visualmente nos postos de combustíveis das estradas do país. Uma legião de caminhoneiros sem ter um valor digno para os seus serviços lota os pátios dos postos de combustíveis a espera de um valor melhor pelos seus serviços.



Transportadoras têm gastos maiores e contratam menos

Com a crise na economia, os custos para as transportadoras estão aumentando, o que reflete em muitos caminhões parados e demissões em Araraquara (SP). Donos de transportadoras chegam a relatar que o custo do trabalho, antes 35% do total recebido pelos fretes, passou a ser de até 65%. O número de contratados caiu pela metade No Brasil, de um total de 1,7 milhões de caminhões, 300 mil deixaram de rodar, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga.
O momento é difícil para o setor, diferente do que ocorreu em 2014, quando faltavam motoristas para preencher as vagas. “A gente estava correndo atrás de motoristas, fazendo cursos para trazer mais gente para o mercado e esse ano nós temos sobra de motorista no mercado”, explicou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Araraquara, Natal Arnosti Júnior.
No ano de 2014, faltavam motoristas para preencher as vagas. “A gente tinha um custo de 35% diesel mais pedágio. Há dois anos. Hoje esse custo é de 60%, 65%”, explicou o presidente.
Transportadoras estão demitindo por conta da crise em Araraquara (Foto: Reprodução/EPTV)
Transportadoras estão demitindo por conta da crise
Na transportadora de Claudio José Caride, o pátio costumava ficar vazio, mas agora está repleto de caminhões parados. A empresa fazia mais de 200 viagens semanais, mas agora faz cerca de 100 por conta da crise e o aumento no preço do pedágio. Apesar dos custos maiores, não é possível repassar o valor para o frete. “A cobrança do eixo suspenso foi o fim do transporte rodoviário. A gente está pagando por um eixo que não está rodando. E nós não temos como absorver isso. A gente tinha um custo de 35% diesel mais pedágio. Há dois anos. Hoje esse custo é de 60%, 65%”, afirmou Caride.
Demissões
Com menos caminhões rodando e menos lucro para as empresas, também começa a faltar emprego para caminhoneiros. Só na região, o número de motoristas contratados caiu pela metade, chegando a apenas seis mil trabalhando.
A transportadora onde Marcelo Cesar Silva é gerente de logística está com uma grande quantidade de currículos. “Eu consigo receber um volume de currículos desse no mínimo a cada dois anos. Esses currículos são só deste ano, de janeiro até agora, quer dizer, cinco meses”, apontou.
Custo para o trabalho chegou a 65% do total em Araraquara (Foto: Reprodução/EPTV)
Custo para o trabalho chegou a 65% do total
No entanto, ao invés de contratar, estão demitindo e já mandaram dois funcionários embora. O terceiro vai sair em uma semana. “Nós temos também um aumento nas peças para a manutenção dos nossos caminhões. Esses aumentos acompanham a alta do dólar. Com isso, nosso frete está sempre igual, só que nosso lucro, cada dia que passa, diminui mais”, comentou.
O motorista Leandro Villas-Boas está cumprindo aviso prévio. Há 14 anos na área, sendo dois na empresa, afirma que nunca viu um momento tão ruim para o setor. “Como as empresas agora estão enxugando o efetivo devido à crise, a gente vai perdendo o trabalho, fica complicado para arrumar outro. A gente que tem família tem que ficar correndo atrás e se sujeitando a qualquer coisa para conseguir tirar o ganha pão da gente”, falou.
Fonte: EPTV