Na frente do veículo, foram instalados radares e câmeras para detectar obstáculos. Sensores conseguem estimar a distância e a forma dos objetos
No interior de São Paulo, pesquisadores da USP de São Carlos apresentaram um caminhão que não precisa de motorista. Nada de curvas malfeitas, arrancadas, ou freadas bruscas. Diante do pedestre, o caminhão para. Até aí, nada demais. O inusitado é que este veículo não tem motorista. É um protótipo de caminhão autônomo, o primeiro desenvolvido no Brasil por pesquisadores da USP de São Carlos. Já passou por todos os testes, mas por enquanto circula apenas dentro do campus.
“Pode ser dirigido de forma autônoma e o motorista ele fica livre para fazer outras atividades enquanto transporta a carga. Outra aplicação é ambientes confinados, por exemplo, um pátio de carga e descarga”, disse Valdir Grassi Junior, pesquisador Escola de Engenharia – USP.
Para a gente entender melhor como o caminhão funciona: na frente, foram instalados radares e câmeras para detectar os obstáculos. Sensores juntos conseguem estimar a distância e a forma dos objetos mesmo à noite, debaixo de chuva forte ou neblina intensa. No topo, antenas de GPS de alta precisão informam a posição exata e a orientação do caminhão para que consiga seguir na estrada sem sair da faixa.
Dentro da cabine, foram feitas modificações elétricas e mecânicas para que o sistema possa controlar sozinho o freio, o acelerador e o volante. Tudo comandado por um programa de computador capaz de interpretar todas as informações recebidas e tomar a decisão de como agir.
“Obtém informação dos sensores e ele tem que tomar uma decisão muito rápida de quantos graus ele deve virar o volante e de quanto ele deve acelerar ou frear”, disse Denis Wolf, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de computação – USP.
A equipe de reportagem levou o Djonatha para testar o caminhão. Ele transporta cargas para o Brasil inteiro e conta que o cansaço bate depois das quatro primeiras horas ao volante.
“No começo você fica meio instável, sem saber qual vai ser a reação do caminhão. Mas depois ‘tu vê’ que o sistema é totalmente confiável e vem pra trazer mais conforto e mais segurança pro motorista”, disse Djonatha Junckes, caminhoneiro.
Fonte: Jornal Nacional
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