Há poucos meses, foi divulgado um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística, (NTC) que revela que o roubo de carga no Brasil teve um aumento de 42% nos últimos quatro anos. Essa informação, associada às recentes ações das autoridades policiais na desarticulação de grupos especializados no roubo de cargas, nos mostra a importância do planejamento estratégico no processo logístico.
Além de se mapear custos com transporte de mercadorias e manutenção veicular, o planejamento precisa contemplar cenários alternativos conforme o plano de negócios da empresa e o perfil de seus clientes, considerando as melhores rotas, horários, o tipo de carga transportada, a tecnologia utilizada para o rastreamento da carga e o seguro da frota.
É claro que nem sempre as empresas dispõem de orçamento para vários investimentos de uma só vez, especialmente se considerarmos o cenário atual de retração, mas é preciso começar aos poucos a pensar em processos mais eficazes de entrega e que sejam menos dispendiosos. Ao mesmo tempo, temos o grande desafio de planejar alternativas conforme as necessidades dos clientes.
A pesquisa traz dados interessantes e mostra que a maior parte dos roubos é concentrada em área urbana (75%), especialmente nos grandes centros, e que os eletroeletrônicos são o tipo de carga mais visada. Com base nessa informação, é possível desenhar um plano de ação no sentido de propor alternativas que minimizem riscos e perdas.
Outro aspecto que deve ser considerado é a tecnologia, pois muitos grupos criminosos utilizam aparelhos que bloqueiam sinais emitidos por algumas ferramentas de rastreamento. Por isso, é de extrema importância fazer um planejamento logístico que contemple os riscos envolvidos e os investimentos necessários para que a relação de ganha-ganha, entre transportadoras e clientes se fortaleça e alavanque os negócios para ambas as partes.
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