Petrobras reduz preço da gasolina e do diesel nas refinarias

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A Petrobras anunciou na noite desta quinta-feira (26) a redução do preço do diesel nas refinarias em 5,1%, em média, e da gasolina em 1,4%, em média. Os novos valores começam a ser aplicados a partir de desta sexta-feira (27). Esta é a segunda vez em janeiro que a companhia revisa os preços, sendo que ela elevou o diesel no dia 5 em 6,1%.

Segundo a companhia, “a decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços e por ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno e pela redução dos preços dos derivados nos mercados internacionais, especialmente do diesel, que registrou uma elevação de estoques em função de um inverno menos rigoroso que o inicialmente previsto no hemisfério norte”.

A estatal lembra, em comunicado, que “como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor”, sendo que este reajuste dependerá de repasses feitos pelas distribuidoras e postos revendedores.

Diante disso, a companhia destaca que, se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 2,6% ou cerca de R$ 0,08 por litro, em média, e a gasolina, 0,4% ou R$ 0,02 por litro, em média.

Fonte: InfoMoney



Commodities agrícolas devem puxar o crescimento do setor de transporte de cargas em 2017


O anúncio da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) de que em 2017 o setor voltaria a crescer no país, registrando um aumento de 7,2% nas exportações e de 5,2% nas importações, sobre 2016, agitou o mercado brasileiro de transporte de cargas. Especialistas e grandes players do segmento reforçam as expectativas de retomada do setor e acreditam em um cenário positivo para este ano, mas alertam que ainda há muito a ser feito.

O Porto de Santos, por exemplo, o maior da América Latina, deve atingir uma movimentação recorde em 2017, em torno de 120,596 milhões de toneladas, superando o ano de 2015, o maior resultado até então, com 119,9 milhões. Esse resultado, se confirmado, implicará ainda em alta de 6,3% em relação ao previsto para 2016, de 113,475 milhões.

Para as exportações espera-se um crescimento de 8,2% (89 milhões de toneladas) e para as importações de 1,3% (31,596 milhões). “Entre as cargas mais transportadas os sólidos a granel devem apresentar desempenho 12,1% acima do verificado no ano anterior (60,698 milhões de toneladas), os líquidos a granel de 1,2% (15,882 milhões) e as cargas gerais de 0,9% (44,015 milhões)”, segundo José Alex Oliva, diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela administração do Porto e que estará na Intermodal South America, entre 4 e 6 de abril, em São Paulo (SP).

“É muito possível que as exportações, de forma geral, cresçam em 2017 com relação a 2016, sobretudo no setor de commodities, uma vez que há um excedente de produção de soja do ano passado que migrará para este, além de uma produção agrícola mais favorável também”, analisa o diretor comercial da Allink no Brasil, empresa especializada no transporte de cargas consolidadas (marítimas e aéreas), André Gobersztejn. Ele acredita que o maior volume do setor de transportes virá, principalmente, por conta das exportações das commodities agrícolas.

Contrapartida
No entanto, Gobersztejn alerta que nem todos os segmentos conseguirão acompanhar essa evolução com a mesma facilidade. “A exportação de manufaturados, entretanto, tende a seguir em queda, pois muitos fatores podem influenciar neste movimento: um possível protecionismo norte-americano com o novo comando da Casa Branca, a valorização do dólar frente ao euro e, sobretudo, a contínua variação de nossa própria moeda frente ao dólar. Estabelecendo-se a moeda americana por volta de US$ 3,20 a US$ 3,50 e havendo maior facilidade na obtenção de créditos, acreditamos que os manufaturados possam voltar a apresentar acréscimo em suas exportações apenas em meados ou final de 2017”, ressalta o executivo da Allink, que também será uma das expositoras na Intermodal.

Quem também acredita que, mesmo em um cenário melhor que no ano anterior, o setor de transporte de cargas ainda enfrentará algumas dificuldades é o presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (FENOP), Sérgio Aquino. “Dois fatores devem influenciar diretamente as movimentações portuárias, especificamente: a revisão do novo marco regulatório dos portos e a provável prorrogação dos contratos de arrendamentos. São pontos que influenciam a atividade, pois permitem mais estabilidade e segurança jurídica ao segmento empresarial, tendo em vista que é um setor que exige investimentos intensivos, além de incentivarem a continuidade da modernização do segmento”, observa.

“Mas essa não é a salvação, o poder público continua sendo devedor das soluções para os acessos, aquaviários ou terrestres, que são de sua responsabilidade. Além disso, seus intervenientes que atuam no comércio exterior precisam se harmonizar e se modernizar”, completa o presidente da FENOP, uma das entidades apoiadoras da Intermodal neste ano.

Players
Além da Allink, a Intermodal South America 2017 reúne mais de 20 agentes de carga, freight forwarders e NVOCC’s, que discutirão não somente o aumento no volume de cargas transportado mas também todos os assuntos que norteiam esta indústria, expondo ainda suas mais recentes soluções aos profissionais presentes. Empresas como a AEL Berkman, Blu Logistics, Craft Group, Delfin Group, MSL do Brasil, Panalpina e Worldwide Logistics também estão confirmadas.

O evento recebe também, além do Porto de Santos, outros 30 complexos portuários nacionais e internacionais, que debaterão o mercado aquaviário em todos os seus aspectos. Companhia Docas do Ceará, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Complexo Portuário de Suape, Porto de Bremerhaven (Alemanha), Porto de Buenos Aires (Argentina), Porto de Ferrol (Espanha), Porto de Leixões (Portugal), Porto de Rotterdam (Holanda), Porto de São Francisco do Sul e Porto de Vitória são alguns dos que marcarão presença na feira.




Caminhoneiros afirmam que greve foi ato de “desespero”


A paralisação em Rondonópolis de seis dias foi o “desespero” do transporte de cargas graneleiro de Mato Grosso diante o baixo valor de frete. A tonelada para um trecho de 600 km estava na casa dos R$ 70 com 5% da safra de soja colhida, mesmo valor praticado nos últimos meses de 2016. Durante reunião entre os transportadores, setor produtivo, comerciantes/processadores e o Governo de Mato Grosso na manhã desta quarta-feira, 25 de janeiro, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) isentou-se de discutir o valor do frete atribuindo à situação vivida há três anos pelos caminhoneiros a questões de políticas públicas.

Caminhoneiros, autônomos e empresários do setor do transporte fecharam a BR-364 em Rondonópolis em dois pontos entre os dias 13 e 18 de janeiro. O movimento só foi encerrado mediante a garantia de uma reunião com os governos Federal e Estadual.

No próximo dia 31 de janeiro o setor, juntamente com o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, e o senador José Medeiros irão se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Nesta quarta-feira, 25, um encontro foi realizado em Cuiabá com a presença dos transportadores, Governo do Estado, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa as tradings e processadores de grãos (indústria).

De acordo com o empresário e representante do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), Gilson Baitaca, o setor levou para a reunião uma pauta “mais ampliada” como solicitado pelo Governo de Mato Grosso no encontro realizado no dia 18 de janeiro. Foram apresentadas questões quanto aos valores de frete que são praticados hoje no mercado, bem como incentivos e benefícios para os transportadores de Mato Grosso. Outro ponto levado foi quanto a questão da exigência maior de fiscalização de produtos transportados que estão fora das normas tributárias do Estado.

“Nós não queremos ser um peso para o Estado. Nós queremos ser parceiros. A paralisação em Rondonópolis não fizemos por querer. Ninguém para de trabalhar e parte para uma paralisação por gosto. Foi por desespero. Estávamos desesperados por já estar com 5% da safra colhida de Mato Grosso e estar trabalhando com fretes praticados nos últimos meses de 2016 quando não há oferta de frete”, destacou Baitaca após a reunião.

Baitaca afirma que o movimento no início da colheita foi para alertar as tradings, a Abiove e o próprio governo da gravidade. Hoje, o frete para um trajeto de 600 km, entre Lucas do Rio Verde e Rondonópolis, aproximadamente, a tonelada sai a R$ 95, quando o ideal seria R$ 110 para cobrir todos os custos. Foram de época de colheita, revelou o representante do MTG, o setor recebe entre R$ 65 e R$ 70 a tonelada.

“A Abiove mais uma vez veio e ela se isentou como sempre de discutir o valor do frete. Ela não discute valor de frete. Ela sempre vem com a questão de políticas, a maioria políticas públicas. Ela empurra o problema para o governo e hoje o governo ouviu os dois lados e o setor produtivo”, declarou Baitaca.

A Abiove saiu da reunião sem falar com a imprensa.

O vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, afirmou que a melhor forma de fazer um preço de frete viável não é tabelando. “É trazendo ao mercado regulação e acabar com a sonegação intermediária”. Fávaro observou que a Abiove entendeu que “ela pode e deve dar prioridade à contratação também dos autônomos. Nós precisamos construir uma legislação para isso”.

Durante a reunião ficou acertado a criação de uma comissão entre caminhoneiros e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) balizando o valor do preço pauta do frete para que o ICMS possa ser cobrado em cima desse frete. “Também ficou acertada a discussão de medidas que visam combater a sonegação que gera perdas para todos”.

Escoamento necessário
Entre soja e milho está prevista uma produção de aproximadamente 55 milhões de toneladas. Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Endrigo Dalcin, cerca de 50% das 30 milhões de toneladas de soja esperadas foram comercializadas, enquanto em milho apenas 30% das 25 milhões projetadas.

“Os produtores não participam diretamente da formação de frete. Somos o elo da cadeia que fomenta e produz a carga para as transportadoras e as tradings, que também fazem parte do elo, é que são as formadoras de preço”, comentou Dalcin.

Crise
O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o seu “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas. O texto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

Fonte: Agro Olhar



Padilha vai se reunir com caminhoneiros para discutir valor de frete

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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi designado para se reunir com representantes de caminhoneiros que, na última semana, bloquearam rodovias estaduais no Mato Grosso. Os trabalhadores protestaram contra a queda no valor do frete pago aos motoristas.

A tabela mínima do frete tramita na Câmara dos Deputados pelo Projeto de Lei 528. A proposta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e aguarda parecer do relator.

O texto prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, que deve estabelecer um custo mínimo para o frete e agrada aos motoristas.

Após reunião com o senador José Medeiros (PSD-MT), o presidente Michel Temer disse que o governo vai verificar como pode atuar.

Nesta semana, o vice-governador do Mato Grosso, Carlos Fávaro, deve se reunir com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, secretários da área econômica de Mato Grosso e deputados estaduais.

Ainda não há data para a reunião dos caminhoneiros com o ministro Eliseu Padilha.

Fonte: Rádio Agência Nacional



Com 33 artigos alterados em 2016, Código Brasileiro de Trânsito completa 19 anos


Com 33 artigos alterados em 2016, o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), que entrou em vigor em 21 de janeiro de 1998, completa hoje (22) 19 anos. Com o intuito de regulamentar as atividades de planejamento, administração, licenciamento de veículos, formação, habilitação e educação de condutores e futuros condutores, a legislação de trânsito brasileira está cada vez mais rigorosa.

A adequação mais recente foi em 1° de novembro do ano passado, quando entrou em vigor a Lei Federal 13.281 que, dentre outras medidas que visam a diminuir o número de acidentes e de vítimas do trânsito, reajustou o valor das multas.

A punição para infração leve subiu de R$ 53,20 para R$ 88,38 e para infração média, de R$ 85,13 para R$ 130,16. Os valores cobrados de quem comete infração grave e gravíssima também subiram. No primeiro caso de R$ 127,69 para R$ 195,23 e no segundo de R$ 191,54 para R$ 293,47.

Além disso, a classificação de algumas infrações também mudou. O uso de celular ao volante, até então considerada média com multa e perda de quatro pontos na carteira, tornou-se infração gravíssima com perda de sete pontos.

A recusa em fazer o teste do bafômetro, que não era considerada infração, passou a ser infração gravíssima, com o valor multiplicado por 10. Ou seja, quem não fizer o teste poderá ser autuado em R$ 2.930. O motorista também terá a habilitação apreendida pelo prazo de 12 meses.

No entanto, para o Coordenador-Geral de Educação do Denatran, Francisco Garonce, apesar do esforço em adaptar e modernizar a legislação, ainda há muito trabalho a ser feito para tornar as vias do país seguras.

“O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tem atuado em diversas frentes, que vão desde o apoio a campanhas educativas e ações para melhorar os processos de formação de condutores até ações voltadas para a segurança nas estradas, nas ruas e nos próprios veículos”, diz Garonce.




Empresas criam mecanismos para evitar saques de cargas em acidentes


Empresas que fazem o transporte de cargas estão investindo em mecanismos para evitar que as mercadorias sejam saqueadas em caso de acidentes com os caminhões. Entre as medidas estão instalação de grades nas carrocerias e treinamento para os motoristas. Em Goiânia, grupo pegou milho que ficou espalhado na rodovia após veículo tombar.

Uma transportadora instalou grades dentro das carrocerias dos caminhões. Elas são usadas para separar os vários tipos de mercadoria, mas também servem para proteger os produtos caso tentem fazer algum saque.

Grande parte das cargas transportadas tem seguro. Porém, mesmo assim, o saque pode representar uma grande perda para as empresas. “Tem o prejuízo comercial. O cliente confia a carga à empresa e você não consegue entrega-la? Depois você tem que cumprir todo aquele procedimento da seguradora para depois fazer o pagamento. Isso traz um prejuízo à imagem da empresa”, relatou o representante do Sindicato das Transportadoras, Paulo Afonso.

“Em alguns momentos a gaiola segura a carga, não na totalidade, mas consegue conter que a carga se espalhe no asfalto e aconteça a situação de saque”, disse o gerente de uma transportadora, Thiago Sousa Franco.

Além disso, as companhias estão investindo em treinamento para os motoristas para tentar evitar os prejuízos. Entre as orientações estão a de constante manutenção dos veículos, trafegar por estradas com pedágios, que têm uma qualidade melhor, e respeitar integralmente as leis de trânsito, como limite de velocidade. Com isso, a intensão é diminuir a chance de acidentes.

O delegado Gilson Mariano Ferreira reforça também que o saque é crime e que as pessoas que pegam as mercadorias espalhadas na pista podem ser presas. “Subtrair uma coisa alheia é crime, é furto. A pena é de um a quatro anos e, desde o final do ano passado, se for uma espécie de animal, pode chegar a cinco anos essa pena”, esclareceu.

Saque
No último dia 19, pessoas saquearam uma carga de milho após um caminhão tombar na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia. As pessoas colocaram as espigas dentro de bolsas, sacos plásticos e até na carroceria de caminhonetes.

O acidente aconteceu em uma curva da rodovia próximo à Vila Romana, na região leste da capital. O motorista da carreta perdeu o controle da direção na curva e acabou tombando o veículo.




Roubo de cargas causa prejuízos no mercado brasileiro


De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC), nos últimos quatro anos, o roubo de carga teve alta de 42% no Brasil. De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos do Brasil, esse ambiente fértil surgiu em razão da crise econômica, que deixa o abastecimento mais oneroso.

“Além disso, a falta de estrutura da segurança pública e penalidades brandas na legislação contribuem para o aumento dos índices de perdas”, diz o executivo. Produtos alimentícios, cigarros, confecções e eletroeletrônicos lideram a lista, pois são comercializados no varejo, devido à fácil distribuição e a difícil identificação de origem.

Hoje, conforme explica Cyro, os roubos estão concentrados principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, considerando tanto a área urbana quanto as rodovias. A Rodovia Anhanguera (recordista em incidências), Via Presidente Dutra e Castello Branco estão no topo da lista de ocorrências. A região Sudeste detém um pouco mais de 81% dos roubos no país, contidos nessa região; São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com quase 75%.

Gerenciamento de riscos

“Diante de tudo isso, o gerenciamento de riscos é indispensável, inclusive, os modelos usados no Brasil já se tornaram referência mundial nessa prática, principalmente em países como México e Argentina”, explica Cyro.

O gerenciamento de riscos envolve uma minuciosa análise situacional das operações, bem como a devida aplicação dos procedimentos, treinamento, implantação e manutenção, o que contribui efetivamente para a prevenção e a mitigação das perdas. “Esta afirmação é facilmente percebida quando estabelecemos um comparativo do número de cargas gerenciadas e recuperadas confrontado com o número de perdas”, diz.




Protesto de caminhoneiros entra no 5º dia consecutivo


Há cinco dias os caminhoneiros bloqueiam trechos de rodovias federais em Mato Grosso em protesto contra a redução no preço do frete e o aumento do preço do diesel. Nesta quarta-feira (18), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os motoristas impedem o tráfego de veículos de carga em oito trechos de três rodovias: BR-364, BR-163 e BR-070.

Os trechos interditados na BR-364 ficam em Rondonópolis, Diamantino e Alto Garças. A BR-070 tem dois pontos de bloqueio, em Primavera do Leste e Barra do Garças, assim como a BR-163, com interdições em Nova Mutum e Matupá.

Houve aumento no número de pontos bloqueados em relação a essa terça-feira (17), quando cinco trechos estavam interditados pelos manifestantes, que montaram barreiras com pneus e cones.

Os atos dos caminhoneiros são realizados nos quilômetros 201, 206, 610 e 060 da BR-364; 593 e 1033 em Nova Mutum e Matupá; e 283 e 005 em Primavera do Leste e Barra do Garças.

Conforme a PRF, os bloqueios são feitos por integrantes do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), que cobram a implantação de uma tabela mínima nos valores dos fretes.

Os caminhoneiros também manifestam apoio ao Projeto de Lei 528, que tramita na Câmara Federal, e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, a qual deve estabelecer um custo mínimo para o frete.

A situação se agrava, pois esse é o período de escoamento da safra de grãos. A concessionária que administra a BR-163 estima que nessa época pelo menos 40 mil veículos circulem diariamente pela via para o transporte de grãos.

Fonte: G1



Caminhoneiros de SP aderem à greve iniciada em MT


Caminhoneiros da região de Assis (SP) aderiram à mobilização nacional e protestaram nesta segunda-feira (16) contra a queda no preço do frete. Aproximadamente 300 caminhões, segundo os manifestantes, ocuparam o acostamento da Rodovia Raposo Tavares, em Palmital, nos dois sentidos. Segundo a Polícia Rodoviária, 100 caminhões participaram do protesto que durou aproximadamente cinco horas.

O trânsito não foi interditado e o protesto seguiu pacífico. A manifestação, que começou por volta das 14h terminou às 19h.

O protesto é nacional e as reivindicações dos caminhoneiros são que as transportadoras paguem piso mínimo para o frete, cujo valor é determinado pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) conforme a quilometragem percorrida. Segundo eles, os valores pagos estão defasados há anos, mas teve piora nos últimos meses.

Os caminhoneiros dizem ainda apoiar o Projeto de Lei 528, em tramitação na Câmara Federal, que prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Fonte: G1



Caminhoneiros deflagram greve contra baixo valor do frete


Desde a sexta-feira (13 de Janeiro), vários pontos de rodovias em MT estão com bloqueios parciais por conta de uma greve de caminhoneiros. Os caminhoneiros, liderados pelo Movimento dos Transportadores de Grãos, lutam pela melhora do valor do frete, defasado há vários anos, e também a redução do valor do diesel.

Nos pontos de bloqueios só estão sendo parados caminhões graneleiros, e os motoristas são convidados a se juntarem ao movimento grevista. O primeiro ponto de paralisação ocorreu em Rondonópolis-MT, na BR-364. Agora há pelo menos seis pontos de paralisação, sendo na BR-364 em Rondonópolis, nos km km 119, na pista norte, km 201, na pista sul, no km 206, as duas pistas sentido sul (o trecho é duplicado), e no km 209, na pista norte, também na BR-163, entre Matupá e Peixoto de Azevedo-MT, e outro ponto entre Matupá e Guarantã do Norte-MT.

Os caminhoneiros também começam a se mobilizar em outros estados do país, para aumentar o movimento grevista. No Paraná o Sinditac irá fazer uma reunião na tarde de hoje para saber se inicia protestos no estado. Diversos grupos nas redes sociais também servem como pontos de troca de informações entre os caminhoneiros, e com isso o movimento grevista deve engrossar nos próximos dias.

No mês de dezembro, o projeto que cria a tabela de preços mínimos do frete teve a primeira aprovação na Câmara. Ainda falta aprovação final na Câmara, Senado e sanção presidencial. Esse é o principal ponto da greve, pois o projeto é de 2015 e estava engavetado até agora.

Vale lembrar que um movimento grevista tímido tomou as estradas de todo o país em 2015, e o governo na época prometeu aprovar rapidamente diversas mudanças para o setor de transportes. Porém até o momento quase nada mudou na situação dos caminhoneiros, e as novas altas do diesel aliadas à defasagem do valor do frete compromete ainda mais o setor de transportes, que já está em “fase terminal”, conforme indicam números recentes.

Fonte.



Crise econômica chega em transporte de carga em Rondonópolis e caminhoneiros não descartam paralisação

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A euforia e os planos de expansão ficaram para trás entre os transportadores de Rondonópolis, conhecida como “Capital Nacional do Bitrem” por conta do grande fluxo de caminhões articulados em circulação nas rodovias federais que cortam a cidade. Os transportadores passaram a vivenciar uma nova realidade: lucros menores, redução de frota e aumento das dispensas de funcionários. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) avalia que o setor de transporte rodoviário de cargas está passando por uma das maiores crises dos últimos 20 anos.

As dificuldades se intensificaram há dois anos, quando houve um aumento significativo do número de caminhões no mercado. Naquele momento, muitas empresas de outros setores e até profissionais liberais se interessaram e acabaram ingressando no transporte rodoviário de cargas. Em consequência, junto com outros imprevistos nas lavouras, as tarifas de fretes começaram a cair, gerando prejuízos.

Segundo o diretor-executivo da ATC, Miguel Mendes, o setor de transporte rodoviário de cargas é o maior gerador de renda, impostos e de empregos diretos e indiretos de Rondonópolis e região, com estimativa de mais de 20 mil trabalhadores atuando em prol do mesmo de forma direta ou indireta.

Quanto aos reflexos desta crise, aponta o aumento do número de desempregados e o enfraquecimento do comércio local, com o fechamento de muitas empresas que dependem do setor.

“Inclusive não está descartada uma Paralisação de caminhoneiros autônomos ainda este mês” afirma o Diretor.

“A crise no segmento não é fruto de mau planejamento por parte do setor e sim por uma política errada do Governo que autorizou há dois anos, o BNDES a financiar, com taxa de juros subsidiadas, a aquisição de caminhões e carretas, com o intuito de fomentar a fabricação e comercialização destes bens. Com isso, reforça que muitos empresários de outros setores acabaram se aventurando no segmento achando que poderiam enriquecer da noite para o dia.” Explica o Diretor.

No Brasil
A Comissão na Câmara Federal definiu a política de preços mínimos a serem praticados para o frete. O projeto de lei 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de cargas, foi aprovado por unanimidade pelos deputados federais que compõe a Comissão de Viação e Transporte na Câmara Federal em dezembro de 2016.

A aprovação era pleiteada pelo setor do transporte de cargas desde 2015 diante à crise pela qual passa. Os transportadores autônomos e frotistas chegaram a ameaçar entrar em greve novamente caso o projeto não fosse acatado pelos parlamentares. O projeto agora encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise.

A crise econômica fez a atividade de transporte de carga rodoviária cair 7,5% no último ano. Os caminhoneiros reclamam que a oferta de serviço faz o frete cair; além disso, o pedágio e o diesel tiveram aumentos acima da inflação. Em todo o Brasil, 37 motoristas de transportadoras foram demitidos. A expectativa é que a demanda do agronegócio ajude a reverter as perdas do setor.

Projeto de Lei 528
O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas.

O projeto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015,os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

Fonte: Agora MT



Sobe e desce do preço do diesel preocupa setor de transporte

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A política da Petrobras de revisar os preços dos combustíveis de acordo com o mercado internacional mensalmente preocupa o setor de transportes do Paraná. As empresas, que antes negociavam contratos levando em consideração um reajuste do diesel a mais longo prazo, agora terão que buscar novas alternativas de negociação com o valor do insumo flutuando mês a mês.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Marcos Egídio Battistella, a preocupação do setor é grande. “Não estávamos acostumado com esse formato da Petrobras de sobe e desce de preços. Trabalhávamos com seis ou dez meses sem reajustes e conseguíamos negociar com os clientes os aumentos quando eles ocorriam. Agora, teremos que rever a mecânica de negociação com os clientes”, comentou Battistella.

Para ele, será preciso estudar uma fórmula de repasse automático desses reajustes. As negociações serão de cada empresa com seus clientes. “É mais um complicador na nossa vida. O setor já está sufocado”, afirmou.

Segundo ele, está difícil negociar o repasse dos reajustes para o preço do frete. “O jeito é absorver uma parte e tentar negociar com os postos e fornecedores”, afirmou o presidente. Ele disse que na sua empresa, o aumento da semana passada, já representa um impacto de 3% a 4% no seu custo.

O reajuste de 6,1% nas refinarias, anunciado na quinta-feira (5), chegou na manhã seguinte às bombas de combustíveis. Em Londrina, as distribuidoras estão praticando um aumento entre R$ 0,10 e R$ 0,11 por litro. E essa diferença está indo direto para as bombas.

“A redução de preço em novembro foi imperceptível,mas o aumento sentimos no dia seguinte e terá que ser absorvido pelas transportadoras, só podemos repassar na renovação dos contratos. Dos dois últimos aumentos, acumulo uma defasagem de 2,8% na tarifa do frete”, afirmou o empresário Gilberto Cantú, da Transportes Diamante.

“Estamos pagando para trabalhar. Não tem luz no fim do túnel”, comentou Carlos Roberto Delarosa, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Londrina, Carlos Roberto Delarosa.

Para os caminhoneiros autônomos, a situação é ainda mais complicada, de acordo com Delarosa. Além do aumentos dos combustíveis, o valor do frete vem baixando, quando há frete. “Um frete de Londrina para Paranaguá está custando entre R$ 48 e R$ 50 a tonelada. Só de pedágio pago mais de R$ 400. Em Rondonópolis (MT), o frete está saindo R$ 80 a tonelada, mas o diesel lá está na faixa de R$ 3,20”, reclamou o sindicalista.

Ele também ressalta que quando a Petrobras anuncia redução, a queda não chega na mesma velocidade que os aumentos às bombas. “Toda vez que houve baixa no diesel nem chegou para nós.” Como os caminhoneiro abastecem com carta-frete, o preço do combustível costuma ser 10% mais caro para eles do que é praticado na bomba.




Motoristas terão que passar por avaliação psicológica para renovar CNH

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Prestes a completar 20 anos, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) já passou por algumas modificações, como a introdução da Lei Seca, que pune motoristas que dirigem após consumir bebida alcoólica. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) pretende implantar também a exigência de que os motoristas passem por avaliação psicológica tanto na primeira habilitação quanto nas renovações.

Para isso, ele apresentou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 98/2015, que aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A legislação estabelece a avaliação psicológica só para o condutor que exerça atividade remunerada (EAR) com o veículo. Os demais são submetidos a esse tipo de avaliação quando obtém pela primeira vez a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Pelo projeto, todos os motoristas, no exercício ou não de atividade remunerada, serão submetidos ao exame psicológico para a primeira habilitação e demais renovações. O senador argumenta que, na primeira avaliação, o candidato vem desprovido da carga emocional acumulada do estresse “que acompanhará sua trajetória a partir de então”. Ele lembra que há muitas doenças psicológicas que podem comprometer a ação dos motoristas.

“O estado psicológico de um candidato no exame da primeira CNH pode não ser o mesmo no momento da renovação. Desse modo, este estado deve ser muito bem avaliado, de maneira a garantir a condução segura de todos que fazem uso das vias públicas, como motoristas, motociclistas, ciclistas e, sobretudo, pedestres”, justifica.

Além disso, o projeto também dá fim à chamada Permissão para Dirigir, com validade de um ano. Para ele, essa autorização temporária é “desarrazoada”, uma vez que o motorista habilitado está pronto e responderá por todas as infrações que venha a cometer. Pela lei, o motorista só obtém a CNH definitiva se, durante a validade da permissão, não cometer infração gravíssima (disputar corridas ou transportar crianças sem seguir as normas, por exemplo), grave (deixar de usar cinto de segurança ou de prestar socorro à vítima) ou duas ou mais infrações médias (usar o carro para arremessar água em pedestres ou deixar o carro parar por falta de combustível, entre outras), sob pena de repetir todo o processo, desde o início, para obter a carteira.

Exames privados
O texto também amplia para entidades públicas ou privadas, credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos estados e do DF, a possibilidade de aplicar o exame de direção veicular. Hoje, só os Detrans o fazem.

— Sem tirar a responsabilidade do Estado, busca-se ampliar esse efetivo, qualificando-o mediante curso especializado, permitindo que tais exames possam ser aplicados por entidades privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito da respectiva unidade federativa — argumenta Davi Alcolumbre.

QR-Code
Algumas modificações que afetam o motorista, no entanto, não precisam de aprovação de projetos. Nos últimos dias de 2016, o Diário Oficial da União publicou norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) impondo a confecção da nova CNH com um QR-Code. O código bidimensional vai conectar diretamente a CNH ao Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach), sem a necessidade de digitar qualquer informação.

O código só aparecerá nas carteiras emitidas a partir de maio de 2017, período para a adaptação às novas regras, estabelecida pelo Contran em uma resolução de maio de 2016. A nova CNH será emitida com cores diferentes e mais itens de segurança, para evitar falsificações.

O Denatran disponibilizará o sistema eletrônico para leitura do QR-Code, que fornecerá os dados do motorista, incluindo a fotografia. O código será um quadrado de 5 centímetros impresso no verso inferior da CNH.

Quem tem carteira dentro da validade não vai precisar trocá-la pela nova antecipadamente. Os procedimentos para obter ou renovar a habilitação continuam os mesmos.




Proposta tenta reduzir diferenças regionais nos preços de combustíveis

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Já aprovada em duas comissões da Câmara, proposta tenta reduzir diferenças regionais nos preços de combustíveis. O projeto (PL 4772/16) altera a lei (10.336) que criou a Cide, uma contribuição incidente sobre a importação e o comércio de petróleo e seus derivados. Para evitar que as regiões Norte e Nordeste continuem a pagar mais caro por gasolina, álcool e diesel, seria criada uma conta específica para depósito da Cide-Combustível e esse valor passaria a subsidiar o produto nessas duas regiões.

A meta é que o preço final fique igual ou, no máximo, 5% acima daquele cobrado no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao apresentar a proposta, o deputado Alan Rick, do PRB do Acre, argumentou que Norte e Nordeste enfrentam problemas de logística para o transporte do combustível desde as refinarias, que se concentram no Sul e Sudeste. Para Rick, a redução das diferenças regionais de preço tem caráter de “justiça social”.

“Para você ter uma ideia, em alguns municípios do Acre, de Rondônia e de Roraima, nós chegamos a pagar de R$ 5 a R$ 6 pelo litro da gasolina; R$ 5 ou R$ 4,50 pelo litro do diesel. Se existe uma cláusula na Constituição que prevê a redução das desigualdades regionais, nada mais justo do que estabelecermos uma regra clara e regulamentarmos o fundo da Cide. Nós sabemos que vamos pagar mais caro por conta do frete, mas essa desigualdade não pode ser tão alarmante, gerando tantos prejuízos para a população do Norte e do Nordeste do Brasil”.

Já o superintendente da Fundação Getúlio Vargas em Brasília, Jandir Feitosa Junior, afirma que quanto mais longe do local de produção maior será o preço final de um produto. Para o economista, essa é uma regra básica do mercado e dificilmente será alterada por projeto de lei.

“Acho que (o PL) vai ser inócuo. Em um país continental como o nosso, você tentar uniformizar preço de combustível não vai funcionar na prática. No mundo real da economia, os preços são demonstrações de escassez e abundância. Então, não há como regulamentar para uniformizar isso. Não funciona assim”.

Como alternativa, Feitosa defende a implementação de mecanismos que tornem mais barata a logística de abastecimento no Norte e Nordeste. A proposta que tenta corrigir distorções regionais nos preços dos combustíveis já foi aprovada nas Comissões de Integração Nacional e de Minas e Energia. O texto ainda passará pela análise das Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça antes de encerrar a tramitação na Câmara.




Comissão define política de preços mínimos para transporte de cargas

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Foto: Revista Brasil Construção.

A Comissão de Viação e Transportes aprovou projeto (PL 528/15) que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas.

O texto, que recebeu parecer favorável do deputado José Stédile (PSB-RS), determina que nos meses de janeiro e julho o Ministério dos Transportes regulamente, com base em proposta da Agência Nacional de Transportes Terres (ANTT), os valores mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado.

A publicação dos valores deve ocorrer até o dia 20 de janeiro e de julho e a não observância dos valores sujeitará o infrator a penalidades a serem definidas em julgamento.

O projeto já prevê valores mínimos que até que seja editada a norma do Ministério dos Transportes: de R$ 0,90 por quilômetro rodado para cada eixo carregado, no caso de cargas refrigeradas ou perigosas; e de R$ 0,70, nos demais tipos de cargas. Para fretes considerados curtos (em distâncias inferiores a 800 quilômetros), esses valores são acrescidos em 15%.

Ainda segundo a proposta, a definição dos preços mínimos deverá contar com a participação de sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas, além de representantes das cooperativas do setor. Os valores deverão levar em conta, prioritariamente, a oscilação e a importância do valor do óleo diesel e dos pedágios na composição dos custos do frete.

Reserva
O texto estabelece uma reserva em relação aos recursos aplicados pelo governo federal no pagamento de transporte rodoviário de cargas. Pela proposta, no mínimo 40% sejam utilizados na contratação de fretes realizados por cooperativas de transporte rodoviário de cargas.

O projeto afirma ainda que a remuneração da empresa transportadora, quando o frete for realizado por transportador autônomo, não poderá ser superior a 5% do valor pactuado com o embarcador ou proprietário da carga, em caso de transportador-agregado, e de 7% quando o transportador for independente.

Valores predatórios
José Stédile defende o projeto por entender que os preços hoje praticados não permitem que o caminhoneiro sequer cubra os custos com o transporte (combustível, pneus, alimentação, manutenção do veículo e pedágios).

“No desespero, o trabalhador se vê forçado a se submeter aos valores predatórios que o mercado impõe. Há, assim, que se estabelecer uma tabela de preços mínimos, específica para cada tipo de carga, conforme propõe o autor”, afirma.

Ele também justifica a reserva de 40% do transporte contratado pelo governo federal para as cooperativas.

“Essa medida tem o intuito de proteger esse importante instituto, que tem a função de amparar o profissional das estradas brasileiras. Agrupados, os caminhoneiros ganham força e fortalecer as cooperativas é uma forma de sobreviverem à crise”.

Tramitação
O projeto tem caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.




Diesel sobe e aumenta custos do frete

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A alta de 3,8% do diesel, anunciada pela Petrobras, pode provocar um aumento nas taxas de frete pelo Brasil, já que o combustível é o utilizado nos caminhões e ônibus. De acordo com o presidente da Associação Nordestina de Logística (Anelog), Fernando Trigueiro, será difícil para as empresas não repassarem o reajuste para os clientes, já que se trata do terceiro aumento no combustível em dois meses. “Deve ser um aumento fraco, mas de todo jeito é um aumento. Como a crise está grande, as empresas talvez não tenham como segurar esse gasto e repassem para os consumidores”, comentou.

Antes da alteração, a Petrobras havia reduzido o preço do diesel junto com a gasolina duas vezes no ano passado: em 14 de outubro e em 8 de novembro e, aumentado uma vez no dia 5 de dezembro. Isso faz parte da atual política de preços da estatal, que acompanha o preço do petróleo no mercado internacional atrelado ao câmbio.

Neste novo aumento, que só foi dado ao diesel, a justificativa está em “movimentos sazonais nas cotações globais dos derivados, com os preços do diesel respondendo a uma maior demanda em função de inverno no Hemisfério Norte”.

Representante do setor sucroenergético, onde se inserem os produtores do etanol, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, é contrário à política de preços da Petrobras, por entender que ela desestimula a competitividade do etanol.

Ele reclama de taxas que o setor tem que cumprir, que comprometem a produção do biocombustível. “Vão querer ter mais produção de etanol num passe de mágica? Estão obrigando déficits para a nossa produção. Ainda mais no Nordeste que é grave a preocupação com as adversidades dos efeitos de mudanças climáticas”, ressaltou Cunha.




Contran autoriza transporte de tritrens remontados

Por meio da Resolução xxx/2016, o Conselho Nacional de Trânsito aprovou os requisitos para o transporte de Composições de Veículos de Carga Remontados (CVR). Entende-se por Composição de Veículo Remontada (CVR) aquela com quatro unidades (tritrens), nas quais as duas unidades traseiras circulam na volta descarregadas e transportadas pelas duas primeiras unidades (figuras 1 e 2).

Em ambas as situações:

I – O desempenho do sistema de freios devem atender  à Resolução 519/15 do CONTRAN.

II- Os adesivos, os para-choques, o sistema de iluminação e os limites de pesos e dimensões devem estar todos conforme as Resoluções CONTRAN sobre estes assuntos.

III –  O acoplamento dos veículos articulados com pino-rei e quinta-roda devem obedecer ao disposto na NBR NM ISO 337.

A carga não poderá ficar acima do painel dianteiro. No retorno, deve ser utilizado, na região posterior, o sistema de amarração já instalado nos equipamentos para amarrar as toras, ou seja, as catracas pneumáticas existentes no produto.

Cada cinta deve possuir capacidade de carga à ruptura de 7 toneladas e o modelo do gancho deve ser do tipo delta.


Devem ser utilizadas duas cintas para amarração de cada composição, ou seja, a composição intermediária fará a amarração da composição traseira e a composição dianteira fará a amarração da composição traseira e a composição dianteira fará a amarração da composição intermediária (figura 3).
Na região frontal do equipamento, o sistema de amarração deve utilizar o sistema articulado com pino-rei e quinta roda (figura 4).
O travamento do deslocamento horizontal deve ser feito através de um pino, projetado exclusivamente para tal finalidade.
O deslocamento vertical deve ser nulo, devendo inexistir folga no mecanismo de travamento entre a quinta roda e o pino-rei.
O não cumprimento do disposto na Resolução sujeita o infrator às penalidades previstas no CTB, especialmente as estabelecidas nos incisos IX e X do artigo 230 do CTB.
O sistema de transporte aprovado reúne um grande número de vantagens:
  • Reduz o número de CVCs trafegando nas rodovias;
  • Reduz o número de acidentes, uma vez que proporciona maior facilidade e segurança na ultrapassagem;
  • Aumenta a segurança de tráfego, devido à redução da área utilizada e do número de veículos de carga na rodovia;
  • Menor emissão de poluentes e redução do consumo de combustível;
  • Redução do custo de manutenção, devido ao menor desgaste dos produtos;
  • Contribuição para o processo de conservação das rodovias;
  • Melhora na operaçãode manobra, quando o veículo estiver descarregado, pois usa uma área de varredura menor.
  • Reduz as despesas com pedágio.
Figura 1 – CVR montado durante a viagem de ida
Figura 2 – CVR desmontado durante viagem de volta
Figura 3 – Amarração da carga na região posterior por meio de cintas e catracas.

Figura 4 – Amarração das cargas na parte da frente, por meio de sistema de pino-rei e quinta roda e de pino específico.