Roubo de cargas causa prejuízos no mercado brasileiro


De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC), nos últimos quatro anos, o roubo de carga teve alta de 42% no Brasil. De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos do Brasil, esse ambiente fértil surgiu em razão da crise econômica, que deixa o abastecimento mais oneroso.

“Além disso, a falta de estrutura da segurança pública e penalidades brandas na legislação contribuem para o aumento dos índices de perdas”, diz o executivo. Produtos alimentícios, cigarros, confecções e eletroeletrônicos lideram a lista, pois são comercializados no varejo, devido à fácil distribuição e a difícil identificação de origem.

Hoje, conforme explica Cyro, os roubos estão concentrados principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, considerando tanto a área urbana quanto as rodovias. A Rodovia Anhanguera (recordista em incidências), Via Presidente Dutra e Castello Branco estão no topo da lista de ocorrências. A região Sudeste detém um pouco mais de 81% dos roubos no país, contidos nessa região; São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com quase 75%.

Gerenciamento de riscos

“Diante de tudo isso, o gerenciamento de riscos é indispensável, inclusive, os modelos usados no Brasil já se tornaram referência mundial nessa prática, principalmente em países como México e Argentina”, explica Cyro.

O gerenciamento de riscos envolve uma minuciosa análise situacional das operações, bem como a devida aplicação dos procedimentos, treinamento, implantação e manutenção, o que contribui efetivamente para a prevenção e a mitigação das perdas. “Esta afirmação é facilmente percebida quando estabelecemos um comparativo do número de cargas gerenciadas e recuperadas confrontado com o número de perdas”, diz.




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