Reajuste da hora parada para carga e descarga

Por força dos §5º e 6º do artigo 11, da Lei 11.442, de 05 de janeiro de 2007, alterada pela Lei 13.103, de 02 de março de 2015,  todos os contratos firmados para carga e descarga deverão ser reajustados a partir de 17/04/2015, aplicando o percentual de 9,83%, que é o resultado da variação anual (abril/15 a abril/16) do INPC/IBGE.

Este percentual deve ser aplicado sobre o valor vigente de R$ 1,38 (um real e trinta e oito centavos) que passa a ser de R$ 1,49 (um real e trinta e nove centavos) por tonelada ou fração.

Lembrando que para o cálculo do valor da hora parada deverá ser considerada a capacidade total de transporte do veículo.

Tabela Meramente Exemplificativa

 
Capacidade
Valor da Hora Parada
Tipo de Veículo
(toneladas)
Toco
6
 R$         8,94
Truck
14
 R$       20,86
Carreta 
30
 R$       44,70
Bitrem 7 eixos
39
 R$       58,11
Bitrem 9 eixos
50
 R$       74,50




Sobra de diesel preocupa Petrobras e pode levar à redução de preços


O crescimento das importações de diesel por empresas privadas preocupa o conselho de administração da Petrobras e pode levar a empresa a rever o preço do combustível, que está 46% mais caro do que no mercado internacional.

De acordo com dados do balanço divulgado na última quinta-feira (12), a estatal produziu uma média de 824 mil barris por dia no primeiro trimestre deste ano, mas só vendeu no mercado brasileiro 798 mil barris por dia.

No período, o consumo brasileiro foi de 896 mil barris de diesel por dia, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Isto é, empresas privadas importaram 98 mil barris por dia, o equivalente a 11% das vendas.

As importações são feitas por distribuidoras privadas como Ipiranga e Raízen, além de companhias regionais, que garantem melhores margens de lucro em vez de pagar preços mais altos à Petrobras.

"Se todo mundo ficar importando, a Petrobras não vai ter mais como vender", disse o professor da Coppe Segen Estefen, que ocupa uma vaga no conselho da estatal, em evento nesta segunda (16) no Rio.

Segundo ele, a empresa entende que o limite para a manutenção do patamar atual de preços é sua capacidade de escoamento da produção própria de combustíveis.

Estefen disse que, em um primeiro momento, a Petrobras analisa alternativas para melhorar suas margens de transporte e logística, chegando aos principais mercados importadores do norte e nordeste com preços mais competitivos.

Mas destacou que a companhia deve "ficar mais atenta" com os impactos dos altos preços em suas vendas. "É uma preocupação."

A concorrência com empresas privadas foi agravada pela retração do consumo interno de diesel, que caiu 6,1% no primeiro trimestre, diante da economia fraca e do desligamento de usinas térmicas.

No período, parte da sobra de diesel foi exportada a preços mais baixos do que o praticado no mercado interno.
Em entrevista para detalhar o balanço, o diretor de abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino, disse que a companhia aproveitou "oportunidades" para colocar o produto no mercado externo.

A estatal vem praticando preços mais altos com o objetivo de recuperar os prejuízos causados pela política de subsídios praticada no início da década, que contribuiu para que a empresa atingisse uma dívida de R$ 450 bilhões.

A preocupação com o desempenho das vendas gerou rumores de redução dos preços no início de abril, negados pela direção da companhia.

fonte.



Transporte fecha 25,3 mil postos de trabalho em dois meses


Dados do Ministério do Trabalho divulgados pela Imprensa dão conta de que, como reflexo da recessão econômica, a queda na demanda por serviços de transporte causou o fechamento de 25,3 mil postos de trabalho nas empresas de transporte e logística, somente no primeiro bimestre de 2016.

O número representa um terço dos resultados de 2015, quando 76,4 mil pessoas perderam suas vagas no setor. Somente o transporte terrestre perdeu 20,8 mil trabalhadores nos dois primeiros meses deste ano. A demanda pelos serviços do segmento caiu 9,6% nesse período. No acumulado de 12 meses, a diminuição chega a 10,4%. Em 2015, foram 53,4 mil demissões.

Os resultados confirmam o que revelou a Sondagem Expectativas do Transportador - 2015, levantamento realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) no segundo semestre do ano passado, sobre as perspectivas para 2016. Para 68% dos empresários ouvidos, a recuperação da economia só ocorrerá a partir de 2017. Desses, 20% creem que os resultados só começarão a melhorar em 2018.

A Sondagem apontou, ainda, que quase 80% dos empresários teve que reduzir o quadro de funcionários no ano passado e 30% diminuiu a expectativa de contratações formais para 2016.

Se três anos atrás o setor de transporte rodoviário de cargas via-se às voltas com a falta de cerca de 110 mil motoristas para dirigir os novos caminhões adquiridos graças ao financiamento farto e barato, hoje, o que existe são cerca de 200 mil caminhões parados por absoluta escassez de carga.

Mas não é só o setor de cargas que sofre com a crise. Segundo o último dado da PNAD Contínua do IBGE, o índice de desemprego, que era de 7,9% no primeiro trimestre de 2012, atingiu, no primeiro trimestre de 2016, 10,9%, o que significa cerca de 11,1 milhão de pessoas desempregadas. Eis aí um grande desafio para o novo governo Temer.





Governo federal cria Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil

Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil

De acordo com a medida provisória nº 726, de 12 de maio de 2016, sancionada pelo presidente em exercício Michel Temer, foram extintas as secretarias de Portos e de Aviação Civil da Presidência da República. Ambas passaram a integrar o Ministério dos Transportes, que agora se chama Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
Ainda, segundo a medida, toda a estrutura organizacional das secretarias passou a integrar o novo ministério. Como consequência, foram extintos os cargos de ministro de estado chefe da Secretaria de Portos e de ministro de estado chefe da Secretaria de Aviação Civil.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil fica a cargo de Maurício Quintella Lessa, advogado que até então ocupava a posição de deputado federal pelo estado de Alagoas.




Senado aprova renegociação de dívidas de produtores rurais e caminhoneiros

Melhores condições para o refinanciamento de dívidas de produtores rurais e caminhoneiros foram aprovadas no Plenário do Senado nesta terça-feira (17). Os agricultores passam a ter mais prazo e desconto para quitarem débitos referentes ao crédito rural, e os contratos de financiamento de caminhoneiros com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão expandidos. A medida, que também trata da prorrogação do prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), consta do projeto de lei de conversão (PLV) 8/2016, decorrente da MP 707/2015, que agora segue para sanção presidencial.
A MP 707/2015 atende a antigas reivindicações dos pequenos produtores ao permitir o abatimento de grande parte das dívidas referentes ao crédito rural, e, em alguns casos, até mesmo a remissão integral da dívida. Os agricultores mais beneficiados pelos abatimentos são aqueles localizados dentro da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene): o Semiárido nordestino, o norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e os vales do Jequitinhonha e do Mucuri.

Remissão integral

A possibilidade de remissão integral se aplica apenas para as dívidas contraídas até o fim de 2006. Essa hipótese não constava do texto original do governo e foi acrescentada pelo relatório final da comissão especial que analisou a MP, de autoria do deputado Marx Beltrão (PMDB-AL).
O senador José Pimentel (PT-CE), que era líder do governo no Congresso à época da negociação da medida, explicou que o problema de que trata a MP vem desde os anos 90, quando um conjunto de pequenos, médios e grandes produtores rurais ficaram endividados por conta da prática de uma taxa de juros incompatível com a produtividade e com a capacidade de pagamento dos trabalhadores rurais da Região Nordeste. Segundo Pimentel, a MP vai beneficiar aproximadamente 1,1 milhão de micro, pequenos, médios e grandes agricultores familiares, envolvendo um montante em torno de R$ 6 bilhões.
Os cálculos incluem a anistia de todas as dívidas até R$ 10 mil porque o governo entendeu que os custos operacionais para prorrogar o pagamento de taxas cartoriais são superiores a esse valor.
— Os produtores do Nordeste estão sendo penalizados por cinco anos de seca e as dívidas tornaram-se impagáveis. Há casos de produtores que tiveram que vender o seu patrimônio diante do que representou a cobrança das dívidas. E por mais que os bancos tenham adiado as execuções, isso se configurou em muitos casos de muitos agricultores serem executados — reforçou o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), relator-revisor da matéria.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) acrescentou ainda que só na Região Norte são mais de 130 mil agricultores beneficiados, com dívidas que totalizam R$ 2 bilhões.

Caminhoneiros

O PLV 8/2016 também autoriza o BNDES a prorrogar até 30 de dezembro o prazo para a formalização de refinanciamento de empréstimos contraídos por caminhoneiros para a aquisição de veículos, reboques, carrocerias e bens semelhantes. A prorrogação será válida para contratos firmados até o fim de 2015. No texto original enviado pelo governo, a medida só se aplicava aos contratos feitos até 2014 e só permitia a prorrogação até 30 de junho.
— A medida dá oportunidade aos pequenos produtores rurais, mas, sobretudo, aos caminhoneiros que tinham dívidas de financiamento e que não estavam conseguindo pagá-las devido à deterioração econômica do país — elogiou o senador Eduardo Amorim (PSC-SE).

Artigos retirados

Em um acordo de líderes para assegurar a aprovação da medida, os senadores aprovaram requerimento do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), para retirada dos artigos 4º, 5º e 8º do PLV. O primeiro deles tratava de dívidas de debêntures do Fundo de Investimentos da Amazônia (FINAM) e do Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR); o segundo tratava de uma subvenção paga a empresários do sistema canavieiro; e, por fim, também foi retirado o artigo que perdoava dívidas de empresas com multas por atraso no recolhimento de guias do FGTS.
— Além de onerar demais o governo, em cerca de R$ 17 bilhões, esses artigos nada tinham a ver com o corpo principal da matéria que chegou a esta Casa. Portanto esse três itens eram extremamente perversos e podiam atrapalhar a medida provisória. Muitos líderes não queriam votar essa MP por causa desses chamados jabutis — argumentou Eunício.
O senador destacou, porém, a permanência no texto da prorrogação do prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), na tentativa de dar mais oportunidade aos agricultores. O prazo foi prorrogado até 31 de dezembro de 2017.
— Estamos dando um passo importante para promoção da justiça, mas, sobretudo, para a retomada dos investimentos, do emprego e da renda no setor rural nordestino. Agora é acompanhar a matéria para assegurar que o presidente Michel Temer possa sancioná-la — afirmou Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que presidiu a comissão mista responsável pela análise da matéria no Congresso.
ABATIMENTO
Valor contratadoContratação até
31/12/2006
Contratação entre 1/1/2007
e 31/12/2010
Área da SudeneOutras localizaçõesÁrea da SudeneOutras localizações
Até R$ 15 mil95%85%50%40%
R$ 15 mil - R$ 35 mil90%80%40%30%
R$ 35 mil - R$ 100 mil85%75%35%25%
R$ 100 mil - R$ 500 mil80%70%25%20%
Acima de R$ 500 mil60%50%15%10%
*Abatimento máximo, em percentual do saldo devedor

REMISSÃO
Valor contratadoSaldo devedor
(em 31/12/2015)
Condições
Até R$ 15 milAté R$ 10 mil––
R$ 15 mil - R$ 100 milAté R$ 50 mil
- Amortização de pelo menos 50%;
- Localizado em: Área da Sudene ou município em que tenha sido decretada calamidade pública ou situação de emergência por seca/estiagem entre 1/1/2011 e publicação desta lei ou microrregião de baixa renda ou município com IDH caracterizado como de extrema pobreza.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte.



Mais baratas que consertos, revisões são fundamentais para veículos pesados


As falhas mecânicas ocupam a quarta posição entre as causas de acidentes em estradas brasileiras. De acordo com levantamento da Autopista Litoral Sul Arteris, realizado em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 40% dos veículos de carga analisados nas nove edições da operação Serra Segura apresentavam problemas mecânicos que afetavam desde a suspensão até os sistemas de freios. Nas vias de São Paulo, a situação não é diferente. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por dia, na capital paulista, 600 veículos são guinchados, sendo que 62% desses casos resultam de falhas mecânicas ou elétricas.

Além expor motoristas a riscos, a falta de manutenção pode resultar em prejuízos financeiros elevados, particularmente no caso dos caminhões, que ficam sujeitos a longos períodos parados para a realização de reparos e acabam por ter sua vida útil reduzida. Isso sem falar nos atrasos das entregas, quebra de contratos, veículos parados e perdas das cargas, por conta de tombamentos, saques ou vencimento de validade.

Segundo Gilson Barbosa, gerente de serviços da Divena Caminhões, reparos preventivos são, em média, três vezes mais baratos que reparos corretivos. “Essa economia diz respeito apenas ao conserto dos veículos. Se forem acrescidas as perdas com paradas não programadas, cargas, garantia e outros, a realização de revisões periódicas são ainda vantajosas”, afirma.

Em geral, a revisão em caminhões deve ocorrer a cada 15 mil quilômetros rodados. “Além de componentes mais sensíveis, como os freios, é preciso verificar cada sistema para garantir que não aconteçam paradas inesperadas e se tenha a performance desejada”, diz Barbosa.

Além da qualidade de óleo e filtros, que podem ocasionar a perda do motor, caixa de câmbio e eixo traseiro, há diversos componentes chaves a serem verificados nas revisões, como os cubos das rodas que são extremamente exigidos em veículos pesados e, em caso de quebra, pode resultar no desprendimento de rodas, podendo causar graves acidentes. 

Também se deve observar o funcionamento do freio motor e, no caso dos caminhões Mercedes-Benz, do sistema exclusivo Top Break, além de alinhamento da direção, balanceamento das rodas, que afetam a dirigibilidade e no consumo de combustível.

Até 50% mais de durabilidade para os sistemas de freio
No caso dos freios, sua durabilidade está diretamente ligada às características de condução e da carga transportada. Mas há formas de aumentar sua durabilidade em até 50%, segundo Barbosa. Ele destaca o uso da direção defensiva. “O ideal é prever a próxima operação, utilizando sempre o maneco (freio da carreta) antes do freio do cavalo e a redução da marcha no momento correto”, diz.

Em descidas, o freio motor é essencial. No caso dos caminhões Mercedes-Benz, há o TopBrake, sistema exclusivo da montadora que multiplica por quatro a ação do freio motor. Ao proporcionar maior frenagem, o TopBrake possibilita que o motorista tenham maior segurança em trechos de declive e possa utilziar marchas mais longas, aumentar da velocidade média e utilizar menos o freio de serviço. Outro ponto importante a se verificar é a regulagem das catracas dos freios mecânicas do caminhão e da carreta. “Em geral, essa revisão deve ser feito mensalmente. Mas, se a operação se der em trecho de serra, deve ocorrer a cada 15 dias”, observa Barbosa, que alerta para a necessidade de utilização apenas de pastilhas e discos de freios genuínos.


Até o final de junho, a Divena Caminhões realiza a campanha Pé no Freio, que dá mais de 20% de desconto na troca dos sistemas de Sprinter, Accelo e do Axor versões 4x2, 6x2 e 6x4. A concessionária também está com uma promoção especial para os novos kits de revisão Mercedes-Benz, que propiciam redução de custos com manutenção e garantem melhor performance dos veículos. 




Recessão derruba o transporte rodoviário de cargas

 

É indiscutível que a recessão afetou profundamente o setor de transporte rodoviário de cargas. No entanto, é muito difícil quantificar a involução do setor nos últimos anos.

Resta recorrer a dados que guardam alguma relação com o segmento. Um destes deles é o índice ABCR de movimento de veículos pesados nas rodovias concedidas. Este indicador mostra recuo de 8,5% em 2015 em relação a 2013. Ou seja, o movimento de caminhões nas rodovias regrediu ao nível de 2011. E nada indica que este panorama vai mudar rapidamente. No primeiro trimestre de 2016, o movimento caiu 5,6% em relação ao mesmo período de 2015.

Da mesma forma, o licenciamento de caminhões, que apresentou pico de quase 156 mil unidades em 2013, regrediu para 137 mil unidades em 2014 e menos de 72mil unidades em 2016, o volume mais baixo desde 2003.

No primeiro trimestre de 2016, foram licenciados apenas 13.111 caminhões, o que representa uma queda de 32% em relação aos 19.306 que entrarem em circulação no mesmo trimestre do ano anterior.

Acompanhando este tendência, o mercado de implementos rodoviários e carroçarias sobre chassi vendeu em 2015 cerca de 88 mil unidades, ante quase 160 mil em 2014.

Uma das causas desta retração é o sucateamento do setor industrial, cuja produção, segundo o IBGE, caiu 13% em março de 2016 em relação a março de 2014. No primeiro trimestre de 2016, a queda foi de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda foi ainda mais acentuada nos bens de capital (28,9%) e nos bens duráveis (27,3%).

Felizmente, o setor do agronegócio vem mantendo sua vitalidade. De acordo com dados da CONAB, a produção de grãos deve chegar a 209 milhões de toneladas na safra 2015/2016 – aumento de 8% em relação às 193,6 milhões de toneladas de 2013/2014.

Outro setor que vem demonstrando bons resultados é de comércio exterior, que acumulou saldo de US$ 13,3 bilhões no primeiro quadrimestre de 2016. No entanto, este resultado se deve muito mais à queda das importações do que ao aumento das importações.

Fonte: NTC&Logística




Transporte rodoviário tem média de mais de 100 demissões por dia em MG

Segundo dados da Fetcemg, redução da demanda pelos serviços por causa da crise deixa 15 mil caminhões parados no estado 


Os transportadores rodoviários de cargas de Minas Gerais tiveram uma redução de cerca de 20% na demanda nos primeiros quatro meses de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. Os efeitos da recessão econômica têm sido cada vez mais preocupantes para o setor: sem serviços, não há receita e nem é possível manter o quadro de funcionários, gerando cortes de pessoal. 


Conforme o presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais), Vander Costa, cerca de 130 demissões por dia têm sido registradas. “ O empresário segurou tudo o que pôde, porque é mão de obra qualificada que se perde. Mas como a economia não reagiu, teve que cortar, para salvar a empresa”, diz ele. 

Dados da entidade apontam, também, que há de 12 mil a 15 mil caminhões parados no estado. “Com o mercado em recessão, não há nem quem queira comprar os caminhões. Nem o banco, nos casos de financiamento, quer retomar, porque não tem onde colocar o caminhão retomado. A situação está muito difícil”, explica Vander Costa. Entre os principais fatores para isso está a queda na atividade industrial e no transporte de minério. 

“O estrago feito na economia, até maio deste ano, é irreversível”, diz o presidente da Fectemg. A reversão desse cenário, avalia ele, passa por alterações significativas na política nacional:  “O que esperamos é que haja uma mudança no governo e que o novo presidente venha com a capacidade para recuperar a credibilidade do mercado. O fundamental é ter credibilidade. Recuperar a economia não será fácil. Mas se as medidas certas forem tomadas, podemos ter resultados melhores em 2017”, complementa.

Outro agravante é a falta de investimentos. De acordo com dados compilados pela CNT (Confederação Nacional do Transporte)​, para 2016 o governou cortou em 11,8% os recursos destinados para infraestrutura de transportes. Enquanto isso, a má qualidade das rodovias brasileiras faz aumentar, em média, 25,8% o custo operacional do transporte, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2015​