Após 15 horas, caminhoneiros do RS liberam a BR-101 em Três Cachoeiras

Motoristas bloqueavam via para caminhões que não aderiram à greve.
Segundo PRF, saída dos veículos deixa o trânsito lento na localidade

Protesto de caminhoneiros na BR-101, em Três Cachoeiras, RS (Foto: Halex Vieira/RBS TV)
Protesto não permitiu passagem de caminhões BR-101, em Três Cachoeiras (Foto: Halex Vieira/RBS TV)

Os caminhoneiros que bloqueavam a BR-101 na altura de Três Cachoeiras, no Nordeste do Rio Grande do Sul, liberaram a via por volta das 12h30 desta terça-feira (31), informou a Polícia Rodoviária Federal. Como parte de uma mobilização nacional da categoria, os motoristas fecharam a via para caminhões no final da noite desta segunda-feira (30), permitindo que carros e motos passassem. O protesto durou cerca de 15 horas.

De acordo com a PRF, a saída dos caminhões, que estavam enfileirados na faixa direita da via, deixou o trânsito lento entre o km 22, onde era realizado o protesto, e o posto da Receita Estadual de Torres, no Litoral Norte, onde os condutores param para exibir notas fiscais e realizar a pesagem. Entre os dois locais, há filas de cerca de 2,5 km a 3 km. Como os caminhões usam duas das três pistas, a lentidão também afeta outros veículos.

Representantes dos caminhoneiros serão recebidos na tarde desta terça-feira pelo Ministério dos Transportes na Esplanada, em Brasília. Eles reclamam que não existem locais adequados para realização das pausas durante a jornada de trabalho, previstas em lei desde abril. A categoria também reivindica um reajuste no valor pago pelo frete.

Manhã de protestos

Protestos e bloqueios de rodovias foram registrados no estado na manhã desta terça-feira. Além da BR-101, caminhoneiros que não aderiram à greve foram impedidos de trafegar em pelo menos outras quatro rodovias: BR-386, na altura de Tio Hugo, na região do Planalto Médio; na BR-472 e na BR-285, no Noroeste; e na BR-153, em Cachoeira do Sul, na Região Central; e na BR-392, entre Rio Grande e Pelotas, no sul do estado.

Em parte das rodovias, manifestantes arremessaram pedras contra caminhoneiros que tentavam furar o bloqueio. Em Ijuí, uma pessoa foi presa pela PRF na BR-285 e encaminhada à delegacia do município após apedrejar um caminhão. Alguns manifestantes permitiam a passagem de caminhões que transportassem carga perecível.

Fonte. 



Caminhoneiros fecham cinco trechos em rodovias federais no ES

Presidente do Sindicato participa de reunião com ANTT em Brasília.As manifestações dos caminhoneiros iniciaram à 0h de quarta-feira (25).
Caminhoneiros continuam com interdição na BR-101 e BR-262 no ES (Foto: Eliomar Caetano/TV Gazeta)
Caminhoneiros continuam com interdição na BR-101 e BR-262 no ES (Foto: Eliomar Caetano/G1ES)





As manifestações dos caminhoneiros continuam de norte a sul do Espírito Santo, com interdições na BR-101, em Iconha, Linhares; e na BR-262 em Viana e Cariacica, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Linhares, Ailton José Júnior, vai representar os caminhoneiros do Espírito Santo na reunião com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e com o Ministério do Transporte, marcada para as 16 horas, em Brasília. para buscar soluções para as reivindicações da categoria.

As manifestações dos caminhoneiros iniciaram à 0h de quarta-feira (25) devido à decisão da ANTT que obrigou o repouso diário de 11 horas para os profissionais. O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) informou que a categoria reivindica o aumento do valor do frete, a redução dos preços do óleo diesel e dos pedágios. Além disso, o caminhoneiros querem a redução de 35 para 25 anos de trabalho para ter direito a aposentadoria; fim do cartão de frete; não receber pagamento em vale; e ter programas de saúde para a categoria. Os motoristas pedem, também, pontos de apoio nas rodovias para que possam parar e cumprir a jornada de descanso.

A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir o número de mortes nas estradas. A Polícia Rodoviária federal já iniciou a fiscalização e quem não respeitar a decisão pode ser multado.

"Não estamos pedindo revogação da lei, mas sim a regulamentação. As manifestações não são contra a lei, muito pelo contrário, o que queremos é adequações dentro da lei para que possa se atender à categoria, como construções de pontos de apoio com locais adequados para banho, restaurante e local de descanso com segurança. Hoje, na situação que se encontram as rodovias, do jeito que a lei foi sanciaonada, não temos essa infraestrutura, de comportar toda essa frota parada nos tempos regulamentados. Onde vamos parar? Com que segurança para descansar?", explica o presidente o Sindicato dos Caminhoneiros, Ailton José Júnior.

Rodovias interditadas

Segundo informações da PRF, na manhã desta terça-feira (31), o km 158 da BR-101, em Bebedouro, Linhares, na região do Rio Doce, foi interditado para caminhões. Automóveis e ônibus podem trafegar.

Em Cariacica, no trevo da Ceasa, na BR-262, os caminhoneiros fizeram um bloqueio desde as 21h desta segunda-feira (30) e a interdição continua nesta terça-feira (31). Apenas carros e ônibus podem passar.

Também em Cariacica, no km 293 da BR-101, no trecho conhecido como Rodovia do Contorno, carretas estacionaram e formaram uma longa fila, na noite desta segunda-feira (30). O trânsito permanece interditado nesta terça-feira e, segundo os caminhoneiros, os protestam só param quando as reivindicações forem atendidas.

"É necessário primeiro duplicar as rodovias e arrumar espaço para a gente estacionar. Aí sim pode colocar a norma de horário novo, porque não tem BR nem para andar à vontade, quanto mais dentro do horário que o governo quer que cumpra", afirma o caminhoniro Cláudio Moreira.

Caminhoneiros continuam com interdição na BR-101 e BR-262 no ES (Foto: Eliomar Caetano/TV Gazeta)
Caminhoneiros continuam com interdição na BR-101 e BR-262 no ES (Foto: Eliomar Caetano/G1ES)

Em Iconha, região Litoral Sul do estado, o km 374 da BR-101 permanece interditado nesta terça-feira. O bloqueio voltou a ser formado, desde as 11h30 desta segunda-feira (30) e, segundo os caminhoneiros, a ordem é só liberar depois que tiver uma solução para o que está sendo pedido. 

Muitos caminhoneiros buscam como alternativa passar pelo litoral e o movimento de carros pesados na ES-060, a Rodovia do Sol, é grande. Mesmo aumentando o trajeto em, pelo menos, 25 quilômetros, os caminhoneiros preferem ter a certeza de que vão poder seguir viagem. Entre sexta (27) e sábado (28), a rodovia chegou a ficar fechada por 22 horas. 

Em Viana, no km 9 da BR-262, mais de 500 trabalhadores interditaram o trânsito para caminhões na noite desta segunda-feira (30). O local está bloqueado desde às 10h de segunda e a interdição permanece nesta terça-feira.





Trechos de Piraí e Resende também estão paralisadas


A manifestação dos caminhoneiros, que parou a Via Dutra, na altura de Barra Mansa desde a tarde de ontem, começou a afetar agora o trecho de Piraí, no Km 228, na subida da Serra das Araras, no sentido São Paulo. O engarrafamento já chega a dois quilômetros. Já em Resende, o tráfego está parado no KM 302, no sentido Rio. O congestionamento é de dois quilômetros até agora. 
Por volta de meio dia, o Sindicato dos Transportadores Autônomos estimava que quatro mil caminhões estariam parados na Via Dutra, em Barra Mansa por causa da manifestação dos caminhoneiros que está sendo realizada deste a tarde de ontem (29), no km 276, próximo ao posto Flumidiesel.

Os veículos de carga estão parados na faixa da direita e no acostamento da rodovia. Apenas ônibus, carros, motos e caminhões com material perecível, carga perigosa ou com crianças são liberados a passar pelo bloqueio.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos, Francisco Wilde de Bitencourt Ferreira, a manifestação só será encerrada após negociação com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o que não há previsão para acontecer.

Com a dificuldade na circulação de veículos, o tráfego na rodovia - uma das mais importantes do Brasil, já que liga as principais cidades do país : Rio de Janeiro e São Paulo - está super congestionado. Na pista sentido Rio, a lentidão ultrapassa os 19 quilômetros, já na faixa São Paulo chega aos nove quilômetros.

Segundo a assessoria de comunicação da Nova Dutra, concessionária que administra a rodovia, desde o domingo a manifestação está sendo divulgadas nos letreiros digitais e nas praças de pedágios da rodovia.

A CCR orienta os condutores para que ou adiem a viagem ou passem por rotas alternativas para evitar o congestionamento.

Rialto como alternativa

Uma das rotas adotadas é pelo distrito de Rialto, em Barra Mansa. Para trafegar por ela, quem está em Barra Mansa e deseja não enfrentar o congestionamento uma solução encontrada por alguns motorista, é o desvio pelo distrito de Rialto.

O condutor que optar por este método, deve entrar no bairro Bocaninha, seguir em direção a Colônia Santo Antônio, onde passará pela estrada de acesso a Rialto.

Depois de cortar a localidade, o motorista deve entrar na estrada rural que dá acesso a Floriano ou Bananal, em São Paulo. Ele pode escolher um dos locais para seguir viagem.

Já quem deseja sair da Via Dutra, pode entrar no posto de combustível, em Floriano, onde terá acesso a estrada rural até Rialto. Mas, os motoristas devem ter cuidado, pois, a passagem é estreita.

Atrasos e transtornos

Não é só quem está no congestionamento, que sofre por conta da manifestação. Durante a manhã o trânsito no Centro de Barra Mansa ficou complicado, devido à quantidade de veículos que tentava sair da cidade pelos acessos a Via Dutra.

Já quem utiliza o transporte coletivo e perdeu o dia de trabalho. Ônibus da Viação Resendense, que faz o trecho Resende - Barra Mansa - Volta Redonda, não conseguiram chegar ao destino por falta de veículos.

Nos rodoviárias de Volta Redonda e Barra Mansa teve gente aguardando desde cedo por um ônibus.

Até as transportadoras da região estão sendo prejudicadas com a paralisação da rodovia. Mesmo os motoristas das empresas não participando da greve, os veículos ficam parados e as entregas estão atrasadas. Aramis Augusto Mendes Ramos, diretor comercial transporte da transportadora Excelsior, falou sobre os danos:

- A manifestação nos prejudicou muito, pois nossas entregas para o Rio e São Paulo estão paralisadas e não conseguimos fazer as entregas. Também temos caminhões que estão voltando e parados. As reivindicações são apenas dos caminhoneiros autônomos e as empresas particulares não estão participando. 

Os caminhões com bens perecíveis passam, porém, o tempo para esse transporte de uma distância pequena é muito grande.
Vander Domingos, Gerente Operacional da transportadora Ultra Rápido Sul Fluminense, tambem disse sobre os danos.

- Nós não tivemos perdas de mercadoria, apenas atraso, pois nossa empresa não trabalha com alimentos perecíveis. Estamos com grande parte de nossa frota paralisada. Temos seis carretas paralisadas em Resende, que estão vindo fazer descarga e pegar mais produtos. A paralisação não afetou apenas os caminhoneiros, funcionários de nossa empresa chegaram com muito atraso no trabalho

PRF reforça policiamento

Quinze agentes da Polícia Rodoviária Federal da 7ª delegacia estão no local tentando negociar com os grevistas. Segundo o inspetor chefe, Domingo, casos de violência foram notificadas, porém, nenhum comprovado.

Ele informou ainda que a policia está fiscalizando as ações dos manifestantes e caso aja algum ato de violência o agressor será punido. Até o momento, Domingos afirmou que o ato segue pacífico.

Recomendação na Lúcio Meira

Agentes da 5º delegacia da Polícia Rodoviária Federal na Lúcio Meira estão orientando aos caminhoneiros, que seguem na pista sentido Volta Redonda da rodovia, que aguardem o fim da manifestação.

Segundo a PRF, a recomendação é para prevenir uma complicação no trânsito em Volta Redonda, onde as duas rodovias são interligadas. Pois, se número de veículos for intenso na BR -393 o congestionamento da Dutra pode avançar por Volta Redonda. Ainda de acordo com os agentes, muitos motoristas estão seguindo o pedido e ficando estacionados em postos de combustível e nos postos da instituição.

Galeria de fotos:

http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/1_34.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/2_1_3.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/3_1_2.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/4_1_1.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/5_1_1.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/6_1_1.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/7_1_1.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/oo3.jpg 
http://diariodovale.uol.com.br/conteudo/imagens/galerias/ss5.jpg 



GREVE DOS CAMINHONEIROS: Adesão foi baixa em todo o País


GREVE DOS CAMINHONEIROS:Movimento foi bem abaixo do esperado
Adesão foi considerada pequena. Houve bloqueios em algumas rodovias
greve caminhoneiros
Protestando contra baixa remuneração, valor insuficiente do frete e jornada de trabalho, caminhoneiros realizaram uma série de protestos neste dia 25 de julho. Adesão, no entanto, foi pequena. União Brasil Caminhoneiro não descarta a possibilidade de novos movimentos. Policiais Rodoviários Federais também realizam operações como forma de protesto. Foto: Jornal do Sul.

A greve dos caminhoneiros anunciada para este dia 25 de julho teve um balanço bem abaixo do esperado pelos organizadores do protesto.
 
Apesar de a convocação ter sido nacional, as manifestações mais relevantes se concentraram em quatro estados.
Em Minas Gerais, houve bloqueios na BR 381, em João Monlevade, e na BR 040, em Nova Lima, ambos no sentido Rio de Janeiro.

No Espírito Santo, houve registros de três interdições na BR 101, em Cachoeiro do Itapemirim, Iconha e em Linhares, sendo que em Linhares, apenas o tráfego de caminhões foi bloqueado: carros e ônibus seguiam normalmente, apesar da lentidão.

No Paraná, os transportes agrícolas foram os mais afetados. Eles são feitos por trabalhadores autônomos, que lideraram os protestos. A movimentação no Porto de Paranaguá caiu 38%, segundo a administração do local.

As rodovias do interior do Estado, que dão acesso ao Paraguai e Mato Grosso, muito usadas para escoar grãos, registraram queda de 30% no tráfego de caminhões.

Na BR 392, entre Pelotas e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, os caminhoneiros fecharam a rodovia por cerca de 15 minutos.
A greve foi organizada pelo MUBC – Movimento Brasil Caminhoneiro, que diz que outras manifestações devem ocorrer nos próximos dias.

Os caminhoneiros se queixam da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres que estipulou uma série de novas normas para as inscrições no Registro Nacional dos Transportadores de Carga, que colocou mais exigências para novos motoristas, e também reclamam das regras do frete eletrônico.

A categoria também quer que sejam revistas algumas imposições quanto à jornada de trabalho previstas pela lei que regulamenta a profissão de motorista. Os transportadores querem mais flexibilização.

OPERAÇÕES DA PRF TAMBÉM SÃO PROTESTO:
 
Policiais Rodoviários Federais também realizam protestos. Eles fizeram várias operações temáticas em diversas estradas, o que causou lentidão.

Cada operação verificava um ou dois itens dos veículos e documentos e causava bloqueios nas rodovias.

Os policiais querem chamar a atenção do Ministério do Planejamento, Ministério da Justiça e Ministério da Casa Civil. Eles pedem melhores salários e condições de trabalho, além da contratação de novos agentes.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.




Greve dos caminhoneiros afeta quem lida com transportes de cargas em Itabira

A greve nacional dos caminhoneiros, que teve início na quarta-feira passada, 25 de julho, já dura cinco dias e tem causado diversos transtornos aos motoristas que passam pelas rodovias atingidas pelas paralisações. Além do incomodo, a paralisação atinge diretamente a economia: prejuízos e atrasos já são contabilizados pelos empresários que lidam com o transporte de cargas em Itabira.

A empresa Rodoviário Andrade tem sofrido os impactos, já que recebe cargas provenientes do estado de São Paulo. A transportadora realiza, diariamente, o descarregamento das mercadorias em Itabira. Porém, de acordo com o empresário Carlos Antônio Andrade, dois carregamentos não foram feitos na quinta e sexta-feira, 26 e 27. Essas mercadorias serão transportadas nesta segunda-feira, com três a quatro dias de atraso. “Alguns clientes ligam reclamando. Mas tento contornar a situação e explico sobre a greve. Muitos já estão conscientes da situação e acabam compreendendo o motivo do atraso”, declarou.


Carlos espera que a circunstância seja resolvida o mais breve possível. “Tomara que seja solucionado, pois, se continuar assim, vai ficar tudo preso, atrasando demais a entrega das mercadorias”, avalia Carlos.
Perigo nas estradas

A reclamação de Adair Alves, proprietário da BH Já Transportes, é semelhante à de Carlos. Ele se diz preocupado com os atrasos e também com sua segurança. Recentemente, enfrentou a ira de caminhoneiros que não queriam deixá-lo seguir viagem pela BR-381.

Ele conta que na última sexta-feira, 27, demorou 2h30 para se deslocar apenas 3 km.  Ao chegar perto do trevo de Bom Jesus do Amparo, passou por maus momentos. “Mais ou menos dez caminhoneiros subiram do lado do meu caminhão e de outro itabirano e mandaram que encostássemos. Eles nos ameaçaram dizendo que se tentássemos seguir viagem eles apedrejariam nossos caminhões”, narra.

Por sorte, viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) passavam pelo local e os liberaram seguir. Com tantas dificuldades e perigos, ele se diz apreensivo e receoso pela incerteza de não cumprir com os prazos.

Reivindicações
A categoria estabeleceu várias reivindicações. Uma delas é a construção de pontos com infraestrutura nas rodovias para cumprir a lei que determina a jornada de trabalho. Pela nova legislação, a cada quatro horas rodadas, eles precisam parar meia hora para descansar e, após cumprir a jornada do dia, devem parar por 11 horas consecutivas.

“É importante ressaltar que nós não somos contra a lei. Só queremos que o governo ofereça condições para cumprirmos essa determinação por meio da construção de postos a cada certa quantia de quilômetros, com infraestrutura como estacionamento e banheiros para que a parada seja cumprida de maneira segura”, disse Erivelto Oliveira, representante do movimento em Carmópolis de Minas.

Outra reivindicação é a redução do preço do óleo diesel. De acordo com Erivelto, o preço do combustível em Minas é 7% maior do que em relação a outros estados. Além disso, os profissionais pleiteiam aumento do frete e que as empresas contratantes paguem os pedágios.




Paralisação de caminhoneiros gera congestionamento no Centro-Oeste de MG

Congestinamento chega a 1,5 Km entre Arcos e Formiga.
Caminhoneiros participam de movimento nacional.

 

Caminhoneiros estão parados dos dois lados da pista (Foto: Zenaido Lima da Fonseca/Arquivo Pessoal)
Caminhoneiros estão parados dos dois lados da pista
Caminhoneiros de todo o país realizam nesta quarta-feira (25) uma paralisação nacional. No Centro-Oeste de Minas Gerais, muitos  formaram na BR-354, entre Arcos e Formiga, um congestionamento que chegou a 1,5 Km. Os motoristas estão parados dos dois lados da rodovia.

Entre as reivindicações estão melhorias no valor do frete e cumprimento do horário de descanso entre as jornadas.

Os motoristas podem ficar até quinta-feira (26) paralisados. Eles esperam uma resposta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Além de Arcos e Formiga, os caminhoneiros fazem manifestação em Perdigão, também no Centro-Oeste.
 
Movimento

O movimento intitulado “União Brasil Caminhoneiro”(Mubc) preparou para esta quarta-feira (25) esta greve geral da categoria. A proposta é paralisar 600 mil caminhões que circulam no país.
Neste dia 25 é comemorado o Dia do Motorista e, por este motivo, foi a data escolhida. O movimento discute restrições no trânsito nas cidades, falta de pontos de parada para descanso nas rodovias, aumento do preço dos combustíveis, alta carga tributária e aumento do roubo de cargas e caminhões.




Paralisação de caminhoneiros provoca transtornos em MG e RS

O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que paralisou a atividade dos caminhoneiros do País nesta quarta-feira, dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, informou que a manifestação teve aproximadamente 100% de adesão até as 10h da manhã. 

De acordo com o presidente do MUBC, Nélio Botelho, o sindicato enfrentou problemas nos Estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, com caminhoneiros que insistiram em fechar rodovias. "Nesses locais algunas caminhoneiros bloquearam algumas rodovias, o que não era o propósito da manifestação, que tem um caráter ordeiro e pacífico", conta. 

Conforme Botelho, a manifestação deve prosseguir caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não entre em contato para negociar um acordo. "A manifestação vai parar se a ANTT quiser. Mas ainda não recebemos nenhum contato, nenhuma tentativa de acordo", comenta.

A pauta de reivindicações contém oito itens sendo o principal a revogação da Resolução 3056/09 pela ANTT, que alterou a Lei 11442/07. Segundo o MUBC, a alteração propiciou a inclusão, no mercado de fretes, de centenas de milhares de transportadores, provocando concorrência desleal e ilegal e gerou fretes defasados, abaixo dos custos operacionais, que teria conduziu o setor a uma dependência e domínio de grandes embarcadores.

Além disso, para o MUBC, o cartão-frete impede o recebimento em dinheiro e cheques, obrigando os caminhoneiros a usar o cartão em todas operações, o que faz com que alguns preços subam e exclui alguns autônomos do mercado. Segundo informações divulgadas no site da entidade, o Brasil não suportará greve de mais de dois dias, fazendo com que o governo busque uma solução.

Entenda

O MUBC promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a ANTT não revogue por completo a resolução 3056/09, que regulamentou as alterações na Lei 11442/07. 


Segundo a entidade, as alterações propiciaram a inclusão, no mercado de fretes, de milhares de transportadores, provocando uma concorrência desleal e ilegal e que ocasionou os fretes extremamente defasado.

Outro ponto apontado pelo movimento é em relação à carga horária e o tempo de descanso definido pelo Estatuto do Motorista (Lei 12619/12). O texto estabelece que o caminhoneiro deva cumprir um tempo de descanso diário de 11 h. Porém, os manifestantes alegam que as rodovias não possuem pontos de apoio para os caminhões pararem.
 



Caminhoneiros iniciam greve nacional no dia do padroeiro

O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) paralisou a atividade dos caminhoneiros do país nesta quarta-feira, dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas. Segundo informações divulgadas no site da entidade, o Brasil não suportará greve de mais de dois dias, fazendo com que o governo busque uma solução. 

A previsão da categoria é que a paralisação se mantenha até que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atenda as reinvidicações dos caminhoneiros. Para o MUBC, o valor do frete praticado no país está "extremamente defasado" e o cartão-frete impede o recebimento em dinheiro e cheques, obrigando os caminhoneiros a usar o cartão em todas operações, o que faz com que alguns preços subam e exclui alguns autônomos do mercado.

Outro ponto apontado pelo movimento é em relação à carga horária e o tempo de descanso definido pelo Estatuto do Motorista (Lei 12619/12). O texto estabelece que o caminhoneiro deva cumprir um tempo de descanso diário de 11 h. Porém, os manifestantes alegam que as rodovias não possuem pontos de apoio para os caminhões pararem.

O MUBC promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a ANTT não revogue por completo a resolução 3056/09, que regulamentou as alterações na Lei 11442/07. Segundo a entidade, as alterações propiciaram a inclusão, no mercado de fretes, de milhares de transportadores, provocando uma concorrência desleal e ilegal e que ocasionou os fretes extremamente defasados.




Mesmo quem não vê motivo para greve diz que vai parar

Parte dos motoristas concorda com a pauta do MUBC, outros querem parar por motivos diferentes e há quem vai cruzar os braços com medo de vandalismo

A julgar pelas entrevistas que a Carga Pesada fez nos postos de combustíveis de Londrina e região neste domingo (22), poucos caminhoneiros estão dispostos a pegar a estrada na quarta-feira (25), dia da greve nacional convocada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). Quando questionados se vão aderir à paralisação, muitos respondem: “Se todo mundo parar eu também vou”.

Há aqueles que pretendem parar porque apoiam a pauta de reivindicações do MUBC. Outros afirmam que vão aderir ao movimento por razões que não estão diretamente ligadas à pauta principal. E tem aqueles que preferem ficar em casa com medo de atos vandalismo.

Mais difícil é encontrar alguém como o autônomo de Maringá (PR), Clodonaldo Sérgio Fávaro, de 37 anos, que responde com firmeza: “Não vou parar”. Para ele, a greve não é dos motoristas, mas das “grandes” empresas. “Sempre paguei meus impostos. As empresas que paguem os delas”, afirma.

De acordo com Fávaro, que tem um bitrem graneleiro, o frete melhorou nas últimas semanas devido à safra de milho, mas também em virtude da lei 12.169, que regulamenta a profissão e motorista, obrigando a categoria a descansar meia hora a cada quatro horas ao volante e 11horas ininterruptas entre dois dias de trabalho. “Obrigando o caminhoneiro a parar para descansar, começou a faltar caminhão e o frete subiu”, acredita ele que também apoia o fim da carta-frete.

As principais reivindicações do MUBC estão relacionadas a essas duas questões. Com a greve, o movimento pretende exigir da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a revogação da resolução 3.658, que sepultou a carta-frete e estabeleceu o pagamento dos autônomos por meio de empresas administradoras de cartão magnético, como Repom e Pamcary.

Alegando falta de estacionamento para os caminhoneiros descansarem nas estradas, o MUBC também defende que os efeitos da 12.169 sejam prorrogados por mais um ano.

Assim como caminhoneiro Clodonaldo Fávaro, várias entidades representativas da categoria assinaram documento acusando as grandes empresas de transportes de estarem por trás da greve (clique aqui e leia mais). 

De acordo com as entidades, quem mais perde com a lei 12.169 e a resolução 3.658 são as transportadoras. Por causa da lei, elas terão de contratar mais motoristas empregados ou agregados. Já, em decorrência da resolução, passam a ter uma despesa a mais pelos serviços das administradoras de cartão. E ainda têm de declarar todos os fretes que subcontratam de terceiros, afastando qualquer possibilidade de sonegação fiscal.

Morador do Rio de Janeiro, o empregado Lourinaldo da Silva, 43 anos, vai aderir à greve nesta quarta-feira por dois motivos. Primeiro porque receia “levar umas pedradas”. E, segundo, porque teme ficar sem emprego. “Acho que a empresa vai me demitir. Ela não vai conseguir pagar salário para eu trabalhar só oito horas por dia. E também vai preferir carretas aos trucks”, considera ele que não possui habilitação na categoria E.

Carregando “de tudo” de São Bernardo do Campo a Londrina e voltando com elevadores da Atlas, Daniel Fernandes da Costa, 65 anos, é um dos que vão parar “se todo mundo parar”. “Ficar descansando 11horas na estrada é muito tempo. 8 horas já seria muito bom. Além disso, a lei manda descansar, mas não tem estacionamento. Já estão faltando vagas nos postos depois das 22 horas”, ressalta.

O autônomo de Sorocaba Oscar Miguel Rodrigues apoia o fim da carta-frete e a lei do descanso. Ele também afirma que as empresas estão “se escondendo atrás” dos caminhoneiros neste movimento porque foram prejudicadas com o fim da carta-frete. Mesmo assim, “se todo mundo parar”, ele também vai aderir à greve porque está descontente com os valores do frete, do óleo diesel e do pedágio.

Convicto em relação à necessidade da greve está o autônomo de Mafra (SC), Emílio Benkal, 52 anos. “Todo mundo tem de parar mesmo. O valor do frete está muito baixo. A gente tem de pagar para tomar banho na estrada. Não tem área de lazer para a gente descansar”, afirma. Para ele, a carta-frete não deveria ser extinta “Não tenho reclamação dela.” O descanso de 11 horas, segundo o catarinense, é “ruim”. “A gente vai demorar bem mais tempo para voltar para casa”, declara.

Fonte. 



Greve de caminhoneiros prevista para quarta-feira divide categoria

Proposta de paralisar 600 mil trabalhadores é recusada por alguns líderes

A proposta de paralisar 600 mil caminhões que circulam no Brasil está dividindo a categoria. O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) prepara para a próxima quarta-feira uma greve geral. Em 25 de julho é comemorado o Dia do Motorista. Porém, para o presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Eder Dal‘ Lago, não é o momento de paralisação. 

“Estamos negociando com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e nossa reivindicações estão sendo atendidas”, destaca. Ela acusa o MUBC de querer usar os caminhoneiros para realizar “baderna nas rodovias. De acordo com Dal’Lago, a orientação tanto para os 180 mil motoristas gaúchos quanto para os 80 mil de Santa Catarina é que não participem do movimento marcado para quarta-feira.

Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), José Carlos Silvano, ressalta que a entidade considera justo as reivindicações do movimento. No entanto, ele alerta as empresas transportadoras sobre os riscos de circular nas rodovias gaúchas durante a realização dos protestos. 

Segundo Silvano, no período de greve as apólices de seguros não cobrem sinistros e, nesse caso, as empresas não devem permitir que seus caminhões circulem nas estradas. “As cargas dos clientes também ficam sem seguros. Em caso de paralisações, o ideal é que as empresas não coloquem os caminhões e as mercadorias em locais de risco ou piquetes”, acrescenta.

O Setcergs possui 8,5 mil empresas transportadoras associadas ao sindicato no Rio Grande do Sul. Elas são responsáveis por 240 mil caminhões. Conforme Silvano, 86% das cargas do Estado são transportadas através de caminhões.

A pauta de reivindicações proposta pelo MUBC discute alterações provocadas pela 12.619, restrições no trânsito nas cidades, a falta de pontos de paradas para descanso dos motoristas nas rodovias, aumento do preço dos combustíveis, alta carga tributária e aumento do roubo de cargas e caminhões. 

Outro ponto reclamado pelo MUBC diz respeito ao cartão-frete que estabelece que os motoristas somente poderão prestar serviços exclusivos para entidades que estiverem vinculados. Segundo os sindicalistas, a medida impossibilita a venda de fretes e compromete as atividades dos profissionais autônomos do setor.




Caminhoneiros marcam greve e ameaçam parar rodovias

Mobilização nacional está agendada para o dia 25 de julho.


Um movimento nacional dos caminhoneiros marcou para o dia 25 deste mês uma greve geral da categoria. Sindicalistas dizem que o objetivo é parar o máximo dos 600 mil caminhões que circulam no Brasil, segundo estimativas próprias. Eles reivindicam queda nos pedágios e uma reavaliação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) dos registros das empresas transportadoras que estão sendo montadas através de motoristas autônomos com base em um novo sistema definido pelo governo federal. O movimento alega que essas companhias estariam prejudicando o mercado.

Segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), o valor do frete na maioria dos casos não cobre nem os custos de manutenção dos veículos. Para a entidade, esse baixo valor é referente à alteração na legislação, feita pela ANTT, que ocasionou diminuição nos valores a serem estabelecidos pelos contratantes. Diante disso, para não perder a viagem, o caminhoneiro estaria sendo obrigado a aceitar os baixos valores oferecidos. Alessandra Macedo, coordenadora nacional do movimento - que tem sede no Rio de Janeiro -, diz que a divulgação da greve está sendo feita por meio da internet, de panfletos e por meio de sindicatos e associações espalhadas pelo País.

Ela contou que o 25 de julho foi escolhido por se tratar do Dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas. De acordo com Alessandra, ainda não há uma estimativa sobre a adesão da categoria, mas o objetivo é parar o máximo de caminhões possível. A greve também quer chamar a atenção para a nova lei que regulamenta a profissão de motorista. Outro ponto reclamado pelos caminhoneiros é o chamado "cartão frete", que estabelece que cooperados ou agregados de cooperativas somente poderão prestar serviços exclusivos para as entidades a que estiverem vinculados. Sindicalistas argumentam que isso impossibilita a venda de fretes e compromete as atividades dos profissionais autônomos da área.

Os representantes das empresas dizem que não foram comunicados oficialmente sobre a paralisação. No estado de São Paulo, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga informou que soube dessa greve pela imprensa. Segundo o assessor de comunicação da entidade, Leonardo Andrade, os problemas citados pelos motoristas são mais comuns em locais com Mato Grosso e Pará. Mas, indagado se as empresas paulistas também deverão ser prejudicadas, confirmou que provavelmente sim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Lei que regulamenta profissão de motorista impacta transporte internacional

Entidades cobram igualdade entre empregados, autônomos e estrangeiros.
Empresários e motoristas internacionais estão preocupados com a perda de competitividade.
Alguns setores têm sofrido diretamente o impacto da nova lei que regulamenta a profissão de motorista. É o caso de empresas e motoristas de transporte internacional, preocupados com a perda de competitividade em comparação aos caminhoneiros estrangeiros e autônomos – capazes de permanecer mais tempo na estrada, caso não haja uma fiscalização rigorosa.

A entrada de caminhoneiros estrangeiros é o fator mais preocupante. A Lei 12.619 não deixa claro se será exigido o controle de horas, por exemplo, a este tipo de profissional. A Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) é uma das entidades que têm exigido um olhar mais atento do Governo Federal para esta particularidade. O presidente da ABTI, José Carlos Becker, estima em 30% os prejuízos para transportadores internacionais se adequarem à lei.

Enquanto motoristas sob o regime da CLT podem trabalhar até 8 horas, com intervalo de no mínimo 30 minutos a cada 4 horas e possibilidade de 2 horas extras, o Código de Trânsito Brasileiro exige dos autônomos um intervalo de 11 horas a cada dia, podendo ser fracionado em 9 horas mais 2 horas (por exemplo, dois intervalos de meia hora mais um de uma hora).

De qualquer forma, não é permitida uma jornada maior do que 4 horas ininterruptas, mas na prática, um autônomo poderá rodar até 13 horas. Os motoristas estrangeiros, se não forem fiscalizados, poderão rodar livremente.

Além do problema da competitividade com empresas estrangeiras, a carga horária imposta pela nova lei não contempla particularidades do transporte internacional, segundo Becker. “Para um transportador de curta distância, a lei atende às necessidades, mas no caso do transporte internacional, há peculiaridades, como o tempo nas aduanas, nas fronteiras, nos portos, entre outros. Somando tudo isso, lá na frente, haverá perdas irreparáveis para o setor”, explica.

A importância da regulamentação da profissão é destacada pelos motoristas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Carga de Linhas Internacionais do RS, Jorge Frizzo, deixa claro que a entidade é favorável à lei. “Ela é boa pro trabalhador, foi um marco para nós, mas fica uma instabilidade entre autônomos e estrangeiros, quando comparados a quem tem CLT”, destaca. A preocupação é que essa diferença de tratamento afete o mercado no futuro, caso a fiscalização contemple apenas as empresas e não todos os motoristas.

Outro argumento do presidente de ABTI, José Carlos Becker, é de que a desigualdade de tratamento não cumprirá o objetivo da lei, que é reduzir acidentes. “É incoerente que um autônomo ou estrangeiro possam ficar mais tempo na direção do que quem trabalha para uma empresa”, afirma. “Se a proposta da lei é termos mais segurança, não pode haver desigualdade de tempo. Acreditamos que assim o número de acidentes não vai cair”, completa.




Lei estabelece pausa para motoristas


A lei que regulamenta a profissão de motorista de transportes de carga e passageiros, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em maio e em vigor desde o mês passado, foi um dos temas debatidos na 9ª edição do Fórum de Debates NTC, realizado ontem no Center Convention, em Uberlândia.

Entre as determinações da nova lei, está a definição de uma jornada de trabalho de oito horas diárias e a obrigatoriedade de descansos de 30 minutos para motoristas de caminhão e de ônibus de transporte intermunicipal após dirigir por 4 horas ininterruptas.

Segundo o coordenador nacional da Comissão de Jovens Empresários e Executivos (Comjovem), Baldomero Neto, a regulamentação da profissão de motorista trará benefícios às empresas de logística, na medida em que torna o exercício profissional mais atrativo para o ingresso de jovens. “A nova legislação servirá para que o empresariado quebre seus paradigmas contra o motorista”, afirmou.

Já Heliton Pereira, que trabalha como caminhoneiro há 27 anos, disse estar cético quanto à efetividade da regulamentação da categoria. “É preciso fazer muita fiscalização. Tem muito rolo nessa área”, disse.

As empresas de transporte serão responsáveis pelo controle da jornada do trabalhador, o que poderá ser feito, entre outras maneiras, por sistemas de rastreamentos e diários de bordo. A fiscalização das empresas e dos motoristas ficará a cargo do Ministério do Trabalho e das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, cabendo multas ou retenção de veículo em caso de desrespeito à lei.

 

Empresas podem controlar o uso de entorpecentes


Além de regulamentar a profissão de motorista de caminhões e ônibus intermunicipais, a nova lei visa proporcionar maior segurança nas estradas, segundo afirmou advogado do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Minas Gerais (Setcemg), Paulo Teodoro. Isto porque, a nova norma permite que empresas de transporte possam fazer programas de controle do uso de álcool e drogas em seus funcionários, que são obrigados a realizar exames.

O intuito da medida é fomentar o combate à utilização de substâncias como o rebite, usado como inibidor do sono. “Antes da regulamentação, as empresas  sentiam a necessidade de fazer este tipo de exame, mas não estavam amparadas pela lei”, disse Teodoro.




Os 'dois minutos' antes do ínicio de uma jornada

Meus colegas essa semana aconteceu um pequeno acidente comigo na garagem.
Eu tenho um habito que pratico a muito tempo, que é o de ficar por dois minutos sentados na direção - é o meu ultimo check up - antes de engatar a primeira marcha, sempre foi assim.
Esta semana, cheguei na garagem e recebi uma ordem para encostar de ré na plataforma, quando cheguei no carro para fazer minha pequena parada de 2 minutos o retrovisor estava fechado, no momento em que eu abrir o retrovisor um colega chegou e falou sobre uma carona justamente na hora que eu empurrei o retrovisor, como eu ia saindo para a direita deixei o carro descendo aos poucos, quando olhei para o retrovisor novamente, vi o saide já tapava a visão de um carro que estava estacionado no inicio da lateral traseira. 
Bem, com isso quero deixar um alerta para aos colegas, antes de engatar a primeira marcha, fique por uns dois minutos sentado na direção apenas observando. 

Abraços do Africano,
Quem conheçe vira amigo.
^^