O
Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que paralisou a atividade
dos caminhoneiros do País nesta quarta-feira, dia de São Cristóvão,
padroeiro dos motoristas, informou que a manifestação teve
aproximadamente 100% de adesão até as 10h da manhã.
De acordo com o
presidente do MUBC, Nélio Botelho, o sindicato enfrentou problemas nos
Estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, com caminhoneiros que
insistiram em fechar rodovias. "Nesses locais
algunas caminhoneiros bloquearam algumas rodovias, o que não era o
propósito da manifestação, que tem um caráter ordeiro e pacífico",
conta.
Conforme Botelho, a manifestação deve prosseguir caso a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não entre em contato para
negociar um acordo. "A manifestação vai parar se a ANTT quiser. Mas
ainda não recebemos nenhum contato, nenhuma tentativa de acordo",
comenta.
A pauta de reivindicações contém oito itens sendo o principal a
revogação da Resolução 3056/09 pela ANTT, que alterou a Lei 11442/07.
Segundo o MUBC, a alteração propiciou a inclusão, no mercado de fretes,
de centenas de milhares de transportadores, provocando concorrência
desleal e ilegal e gerou fretes defasados, abaixo dos custos
operacionais, que teria conduziu o setor a uma dependência e domínio de
grandes embarcadores.
Além disso, para o MUBC, o
cartão-frete impede o recebimento em dinheiro e cheques, obrigando os
caminhoneiros a usar o cartão em todas operações, o que faz com que
alguns preços subam e exclui alguns autônomos do mercado. Segundo
informações divulgadas no site da entidade, o Brasil não suportará greve
de mais de dois dias, fazendo com que o governo busque uma solução.
Entenda
O MUBC promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a ANTT não revogue por completo a resolução 3056/09, que regulamentou as alterações na Lei 11442/07.
Segundo a entidade, as alterações propiciaram a inclusão, no mercado de fretes, de milhares de transportadores, provocando uma concorrência desleal e ilegal e que ocasionou os fretes extremamente defasado.
Entenda
O MUBC promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a ANTT não revogue por completo a resolução 3056/09, que regulamentou as alterações na Lei 11442/07.
Segundo a entidade, as alterações propiciaram a inclusão, no mercado de fretes, de milhares de transportadores, provocando uma concorrência desleal e ilegal e que ocasionou os fretes extremamente defasado.
Outro ponto apontado pelo movimento é em
relação à carga horária e o tempo de descanso definido pelo Estatuto do
Motorista (Lei 12619/12). O texto estabelece que o caminhoneiro deva
cumprir um tempo de descanso diário de 11 h. Porém, os manifestantes
alegam que as rodovias não possuem pontos de apoio para os caminhões
pararem.
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