O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) paralisou a
atividade dos caminhoneiros do país nesta quarta-feira, dia de São
Cristóvão, padroeiro dos motoristas. Segundo informações divulgadas no site da entidade, o Brasil não suportará greve de mais de dois dias, fazendo com que o governo busque uma solução.
A
previsão da categoria é que a paralisação se mantenha até que a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atenda as reinvidicações dos
caminhoneiros. Para o MUBC, o valor
do frete praticado no país está "extremamente defasado" e o
cartão-frete impede o recebimento em dinheiro e cheques, obrigando os
caminhoneiros a usar o cartão em todas operações, o que faz com que
alguns preços subam e exclui alguns autônomos do mercado.
Outro
ponto apontado pelo movimento é em relação à carga horária e o tempo de
descanso definido pelo Estatuto do Motorista (Lei 12619/12). O texto
estabelece que o caminhoneiro deva cumprir um tempo de descanso diário
de 11 h. Porém, os manifestantes alegam que as rodovias não possuem pontos de apoio para os caminhões pararem.
O
MUBC promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a ANTT não revogue
por completo a resolução 3056/09, que regulamentou as alterações na Lei
11442/07. Segundo a entidade, as alterações propiciaram a inclusão, no
mercado de fretes, de milhares de transportadores, provocando uma
concorrência desleal e ilegal e que ocasionou os fretes extremamente
defasados.
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