Caminhoneiros estão em falta no mercado, afirma Settrim

Sindicato do Triângulo Mineiro diz que situação está ruim em todo o país.
Empresários e profissionais querem revisão na Lei do Descanso.

 

Caminhoneiros estão em falta no mercado. A informação é do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Triângulo Mineiro (Settrim), que ainda ressaltou que a situação é crítica não apenas na região, mas em todo o país. "Do Sul ao Norte a situação é a mesma. A falta de mão de obra e de capacitação, é o cenário dos últimos tempos", afirmou Ari de Souza, presidente do Settrim.

Para ele, a Lei do Descanso para os profissionais das estradas deveria ser revisada. Segundo a lei, que está em vigor há alguns meses, o motorista deve fazer uma pausa de 30 minutos a cada quatro horas ao volante e descansar por 11 horas entre uma jornada de trabalho e outra. Os locais para descanso devem estar de acordo com as normas de regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego. "Vai ser necessário fazer alguns ajustes para que realmente as coisas possam fluir e que haja um comportamento melhor do escoamento da produção”, disse Ari.

O empresário Abud Cecílio Domingos, dono de uma transportadora em Uberlândia, acredita que a Lei do Descanso trará benefícios para o setor em longo prazo. Inicialmente, segundo ele, as empresas estão encontrando dificuldades porque precisam contratar mais motoristas, mas não encontram profissionais no mercado.

Na transportadora de Abud, dez caminhões estão parados. O empresário diz que oferece benefícios e boas condições de trabalho para tentar atrair os profissionais da área. “Nossa empresa procura oferecer algumas vantagens. Nós valorizamos o motorista, dando oportunidades de fazer cursos e também fazer com que eles possam ficar mais tempo com a família”, contou.

Entre os caminhoneiros, opiniões divididas sobre a lei. "A lei é boa em alguns aspectos, mas prolonga o tempo das viagens. A gente acaba tendo que trafegar mais durante as noites e madrugadas, isso dificulta para o motorista", disse Robson Fernando da Silva.

Já Flávio Rocha, que há um ano atua no setor, é a favor da regulamentação. "Acho que o caminhoneiro deve parar no horário de descanso, para que ele possa ter uma boa noite de sono", finalizou.

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