Novas tarifas de pedágios influenciam nos preços de transportadoras


O aumento nos preços dos pedágios em três praças na região administrativa de Presidente Prudente, não foi favorável ao setor de transporte. O reajuste já está em vigor e, com isso, as empresas  terão mais gastos a partir de agora para levar um produto de uma cidade à outra.
De uma carreta com seis eixos, o gasto com a viagem somente de ida entre Presidente Prudente a São Paulo (SP), por exemplo, passa de R$ 575 para R$ 650.
Segundo o gerente de uma transportadora, Emerson Cesar Ferreira Martins, esse aumento de R$ 75 terá que ser repassado aos preços dos fretes. “Pelo tanto de frotas na minha empresa terei um aumento de R$ 15 mil a R$ 18 mil. Um custo a mais que acaba tirando o benefício que teríamos de fazer investimentos na qualificação dos serviços”, relata Martins.
O aumento nas tarifas foi autorizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e está em vigor desde segunda-feira (24). Na praça de Presidente Bernardes, o reajuste para carros de passeio foi de R$ 0,30. Em Regente Feijó, o acréscimo chegou a R$ 0,40. No entanto, a maior elevação se deu em Rancharia, onde o preço subiu em R$ 1,40.
De acordo com o especialista em desenvolvimento regional, Antônio Carvalho Filho, o reajuste no valor das tarifas de pedágios interfere, diretamente, no crescimento econômico do Oeste Paulista. Ele ainda aponta uma possível medida para que os gastos com as praças não atrapalhem as transportadoras.
“Teríamos que começar a formular políticas para contemplar a isenção tarifária para as empresas que operam e fazem a movimentação na região. Essa isenção faria com que as transportadoras pudessem não sacrificar as margens de lucro na modalidade”, afirma.
Fonte: TV Fronteira



Saiba como verificar se um ônibus ou caminhão está com o tacógrafo regular


Você sabia que pode verificar se o ônibus em que vai viajar está regular simplesmente digitando a placa? Ou identificar se o caminhão que vai transportar sua mudança ou carga pode ficar retido na estrada? Pois é, o Inmetro disponibiliza um serviço fantástico que a maioria das pessoas desconhece e permite identificar se um ônibus ou caminhão estão em dia com o cronotacógrafo, mais popularmente conhecido como tacógrafo. O leigo não percebe mas o velocímetro da maioria dos veículos de carga e passageiros é na realidade um tacógrafo, onde embaixo do visor da velocidade existe um disco, chamado de disco diagrama, onde as informações são registradas.
O equipamento registra a velocidade praticada em todo o percurso, a distância percorrida e o tempo de direção. Por isso é chamada de “caixa preta’ do transporte rodoviário. As informações geradas pelo equipamento são fundamentais na apuração de um acidente e permite realizar um trabalho preventivo, tanto por parte das empresas, controlando seus motoristas como das autoridades. Os veículos de carga com peso bruto acima de 4.536 quilogramas e os veículos de passageiros com mais de 10 lugares são obrigados pelo Código de Trânsito Brasileiro a possuir cronotacógrafo.
Tacógrafo
Quando um veículo está irregular com a verificação do cronotacógrafo, ele pode ser retido na estrada e receber multa metrológica que pode chegar a R$ 1500,00, sem contar a infração grave pelo Código de Trânsito e perda de cinco pontos na carteira. Isto significa que o condutor poderá ficar impedido de prosseguir viagem com os passageiros ou carga, causando transtornos e prejuízos para evitar despesa de R$ 149,00. O que é indício que outros aspectos da manutenção possam ser negligenciados.
Para identificar possível irregularidade, basta acessar: http://cronotacografo.inmetro.rs.gov.br/certificados/consultar e digitar a placa. Caso apareça “Nenhum documento encontrado para os dados informados.”, significa que o veículo está totalmente irregular. Outras possibilidades é apresentar a informação que o documento provisório está no prazo ou vencido ou que a certificação está regularizada ou vencida.
Por isso, na hora de contratar qualquer serviço, transporte de passageiros ou carga, verifique a placa pelo site do Inmetro. Você poderá poupar muitos aborrecimentos. Afinal, imagina contratar uma excursão e ficar com os passageiros no meio do caminho ou sua mudança não chegar ao destino porque o caminhão estava irregular?
Para quem trabalha com transporte e sofre a concorrência desleal de quem está irregular, esse instrumento também pode ser útil na conquista de clientes. Afinal, estar com o veículo regularizado é obrigação de quem transporta e não é justo que aqueles que cumprem suas obrigações sejam prejudicados por quem anda todo errado.
Fonte: Guia do TRC



Rodovias predominam no transporte de cargas, diz pesquisa do IBGE


A logística do transporte no território brasileiro apresenta predominância de rodovias, concentradas principalmente no Centro-Sul do país, em especial no estado de São Paulo, segundo o Mapa da Logística dos Transportes no Brasil, divulgado nesta terça-feira (25) pelo IBGE.
Em 2009, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), 61,1% de toda a carga transportada no Brasil usou o sistema modal rodoviário; 21,0% passaram por ferrovias, 14% pelas hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea.
De acordo com o levantamento, São Paulo é o único estado com uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão conectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê. Além disso, o estado ainda comporta o maior aeroporto (Guarulhos) e o porto com maior movimentação de carga (Santos) do país.
Há ainda a extensão de rodovias pavimentadas não duplicadas no noroeste do Paraná, Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais e Distrito Federal e entorno, bem como no litoral do Nordeste, entre o Rio Grande do Norte e Salvador, na Bahia, que evidencia a importância econômica dessas regiões, que demandam por maior acessibilidade e melhor infraestrutura de transporte.
Mesmo com distribuição desigual pelo território nacional, a malha rodoviária tem vascularização e densidade muito superiores às dos outros modais de transporte e só não predomina na região amazônica, onde o transporte por vias fluviais tem grande importância, devido à densa rede hidrográfica natural. Por outro lado, a distribuição das ferrovias e hidrovias é bem reduzida e tem potencial muito pouco explorado, segundo o levantamento.
De acordo com o IBGE, historicamente, a malha ferroviária acompanhou a expansão da produção cafeeira até o oeste paulista do século XIX até o início do século XX. Porém, os principais eixos ferroviários da atualidade são usados para o transporte das commodities, principalmente minério de ferro e grãos provenientes da agroindústria. Algumas das ferrovias mais importantes são a Ferrovia Norte-Sul, que liga a região de Anápolis (GO) ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA), transportando predominantemente soja e farelo de soja; a Estrada de Ferro Carajás, que liga a Serra dos Carajás ao Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA), levando principalmente minério de ferro e manganês e a Estrada de Ferro Vitória-Minas, que carrega predominantemente minério de ferro para o Porto de Tubarão.
Hidrovias
As hidrovias, assim como as ferrovias, são predominantemente utilizadas para transporte de commodities, como grãos e minérios, insumos agrícolas, bem como petróleo e derivados, produtos de baixo valor agregado e cuja produção e transporte em escala trazem competitividade. A exceção é a região Norte, onde o transporte por pequenas embarcações de passageiros e cargas é de histórica importância. Além das hidrovias do Solimões/Amazonas e do Madeira, essa região depende muito de outros rios navegáveis para a circulação intrarregional. Outras hidrovias de extrema importância para o país são as hidrovias do Tietê-Paraná e do Paraguai, que possuem importante papel na circulação de produtos agrícolas no estado de São Paulo e da Região Centro-Oeste.
Armazéns
A concentração de armazéns de grãos nas regiões Sul e Centro-Oeste e no estado de São Paulo reflete a produção agropecuária nessas áreas. Na região Sul (exceto pelo noroeste paranaense) e nos estados de São Paulo e Minas Gerais, de produção mais consolidada, os armazéns se caracterizam por menor capacidade, enquanto que no Centro-Oeste, área de expansão da fronteira agrícola moderna, onde o principal produto é a soja, eles são maiores.
Portos
Os portos servem primariamente como vias de saída de commodities, principalmente de soja, minério de ferro, petróleo e seus derivados, que estão entre os principais produtos da exportação brasileira. Em relação à soja, destacam-se os portos de Itacoatiara (AM), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), Salvador (BA), Santarém (PA), São Francisco do Sul (SC) e o Porto de Itaqui (MA).
Os combustíveis e derivados de petróleo se destacam em diversos terminais do Nordeste, especialmente Aratu (Candeias – BA), Itaqui (MA), Fortaleza (CE), Suape (Ipojuca – PE), Maceió (AL) e São Gonçalo do Amarante (Pecém – CE).
Os portos que mais movimentam minério de ferro são os terminais privados de Ponta da Madeira, da Vale S.A., em São Luís (MA) e de Tubarão, em Vitória (ES). O primeiro recebe principalmente a produção da Serra de Carajás, no Pará; o segundo está associado à produção do estado de Minas Gerais.
A maior quantidade de carga movimentada nos portos organizados do país está localizada no Porto de Santos (SP), devido à sua posição estratégica. Ele está em terceiro lugar no ranking que considera Portos Organizados e Terminais de Uso Privativo (liderado pelos Terminais Privados de Ponta da Madeira e Tubarão) e movimenta, em grande escala, carga geral armazenada e transportada em contêiner. Ele é o ponto de escoamento da produção com maior valor agregado que segue para outras regiões do país, bem como para exportação, além de ser local de desembarque mais próximo ao maior centro consumidor do país, onde se destaca a Grande São Paulo.
Transporte aéreo
A movimentação de cargas por via aérea, devido ao elevado custo, é mais usada para produtos com alto valor agregado ou com maior perecibilidade e que exigem maior rapidez e segurança no traslado. No Brasil, esse modal é utilizado em poucos trajetos, com mais da metade do tráfego concentrado em apenas 10 pares de ligações entre cidades, sendo que a ligação São Paulo-Manaus abarcava mais de 20% do total de carga transportada em 2010. São Paulo também concentra a maior parte do transporte aéreo de passageiros, com 26,9 milhões de passageiros em voos domésticos e 10,4 milhões em internacionais em 2010. O segundo lugar ficou com o Rio de Janeiro, com 14,5 milhões e 3,1 milhões, respectivamente.
Portos secos
As estações aduaneiras de interior, também chamadas “portos secos”, são instaladas próximas às áreas de expressiva produção e consumo e contribuem para agilizar as operações de exportação e importação de mercadorias. O estado de São Paulo concentra a maioria das estruturas, 28 das 62 de todo o Brasil, em cidades da região metropolitana e entorno. Em contraste, as regiões Nordeste e Norte têm duas estações cada, localizadas em Recife e Salvador, Belém e Manaus. A região Sul apresenta 11 cidades com portos secos e o Centro-Oeste, três. Apesar da extensa linha de fronteira do Brasil com o Peru, a Bolívia e a Colômbia, é na fronteira com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai – países que, com o Brasil, compõem o Mercosul desde a criação – que as interações entre os países vizinhos são mais dinâmicas, havendo, portanto, maior número de postos da Receita Federal.
Fonte: Globo



Os riscos de acidentes da carreta com eixos distanciados no tombador

Não são raros no Brasil casos de carretas caindo de tombador hidráulico durante a descarga de graneis. E, acertadamente, muitos embarcadores proíbem o descarregamento de semirreboques do tipo “Vanderleia” nesses tombadores, devido a frequência dos acidentes. Os riscos são reais e as causas são as seguintes:
As “Vanderléias” com suspensão mista (1 eixo pneumático e 2 mecânicos), possuem regulagem manual da pressão nas bolsas pneumáticas do 1º-eixo (Figura 1). Assim, para condição carregado o fabricante determina a pressão ideal, de forma garantir 10.000 kg de peso sobre esse primeiro eixo.
Figura 1 – Suspensão mista da Vanderleia, na condição ideal - carregada
Figura 1 – Suspensão mista da Vanderleia, na condição ideal – carregada
O problema é que a regulagem para a condição “vazio” não é automática. (a pressão não é reduzida automaticamente quando a carreta é descarregada). Assim, ao iniciar o descarregamento no tombador, o peso do veículo vai reduzindo, mas o 1º eixo da carreta continua pressionando o piso com 10.000 kg. A medida que a carreta vai sendo descarregada, a bolsa pneumática (fole) vai abrindo mais e mais, ao ponto de levantar a carreta e trator dos calços, podendo jogar para fora do tombador e provocar um grave acidente, conforme ilustram as Figuras 2 e 3.
Figura 2 – Entrada da Wanderleia, na condição carregada
Figura 2 – Entrada da Wanderleia, na condição carregada
Figura 3 – Ilustração: Inclinação provocada pelo 1º eixo da carreta – quando esvaziada
Figura 3 – Ilustração: Inclinação provocada pelo 1º eixo da carreta – quando esvaziada
A solução adotada tem sido: entrar no tombador, mesmo ainda carregado, já com o 1º eixo sem pressão na bolsa (com 1º eixo suspenso – Figura 4), mas também deve ser vista com restrição. Nessa condição as 30 toneladas dos três eixos da carreta, agora estão apenas sobre dois eixos. Além do risco de danificar o piso da balança, os eixos e suspensão, pode-se provocar falha nos feixes de molas e estourar os pneus do eixo traseiro, provocando do mesmo modo um acidente no tombador.
Figura 4– Excesso nos eixos para condição carregado e 1º eixo suspenso (estimados)
Figura 4– Excesso nos eixos para condição carregado e 1º eixo suspenso (estimados)



Governo dá incentivo fiscal para a produção de biodiesel


O Diário Oficial da União publica hoje (21) instrução normativa que suspende a incidência da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na aquisição de matérias-primas destinadas à produção de biodiesel. O objetivo, informou a Receita Federal, é dar mais estímulos ao setor.
Pela instrução fica suspensa a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes das vendas de matéria-prima in natura de origem vegetal destinadas à produção de biodiesel, quando efetuadas por pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária, cooperativa de produção agropecuária ou pessoa jurídica cerealista.
Atividade agropecuária, diz a instrução, engloba a produção e comercialização da produção agropecuária pelas cooperativas, incluindo ainda o beneficiamento da produção; cerealista, de acordo com a mesma instrução, é a pessoa jurídica que limpa, padroniza, armazena e comercializa matérias-primas de origem vegetal destinadas à produção de biodiesel.
O biodiesel, destaca o Ministério de Minas e Energia, é combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais. Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil que podem ser usadas para produzir o biodiesel. Entre elas estão mamona, dendê, canola, girassol, amendoim, soja e algodão. Matérias-primas de origem animal, como o sebo bovino e gordura suína, também podem ser utilizadas na fabricação do biodiesel.




ANTT prorroga prazo de validade do RNTRC

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prorrogou o prazo de validade dos Certificados de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas- RNTRC.
A Resolução nº 4.490 que traz esta medida foi publicada no dia 19 de novembro de 2014 no D.O.U.. O cronograma para recadastramento será divulgado posteriormente, sem prejuízo ao exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas.
Veja abaixo a Resolução na íntegra:
RESOLUÇÃO Nº 4.490, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2014
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
DOU de 20/11/2014 (nº 225, Seção 1, pág. 85)
Prorroga o prazo de validade dos Certificados de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas e, dá outras providências.
A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, no uso de suas atribuições, fundamentada no Voto DCN – 187, de 19 de novembro de 2014, no que consta do Processo nº 50500.206084 /2014-34; considerando que todos os transportadores cadastrados até 15 de maio de 2009 foram obrigados a fazer um recadastro junto à ANTT para adequação às novas regras determinadas pela Resolução ANTT nº 3.056, de 12 de março de 2009; e considerando que a validade dos Certificados de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas prorrogada pela Resolução ANTT nº 4.330, de 7 de maio de 2014, expira a partir de novembro de 2014, resolve:
Art. 1º – Prorrogar a validade dos Certificados de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (CRNTRC) vencidos a partir de 15 de novembro de 2014, previstos na Resolução nº 4.330, de 7 de maio de 2014, até a data definida no cronograma para recadastramento a ser publicado pela ANTT.
Art. 2º – O cronograma para recadastramento será divulgado no sítio eletrônico da ANTT quando da publicação da nova resolução do RNTRC, sem prejuízo ao exercício da atividade de transporte rodoviário remunerado de cargas.
Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JORGE BASTOS – Diretor-Geral Em exercício

Fonte: Guia do TRC



Adaptação em caminhões pode resolver os problemas da falta de estrutura nas estradas

Scania

A falta de estrutura para os caminhoneiros do Brasil é um dos maiores problemas nas estradas, e acaba afastando os profissionais do volante. A falta de locais adequados para banhos, alimentação e descanso geram muitas queixas desses profissionais.
Muitos também reclamam do tamanho dos caminhões do Brasil, quando comparados aos caminhões norte-americanos, pois os gigantes de aço da terra do Tio Sam (Estados Unidos) são verdadeiros apartamentos sobre rodas.
Visando mudar essa situação, a empresa Brasil Trucks Sleeper’s está lançando no Brasil o “Sleeper”, sistema de extensão de cabine que traz muito conforto para o estradeiro. Patenteado em 148 países, e com lançamento simultâneo no Brasil e na Europa, o conceito é trazer um apartamento completo para dentro do caminhão. Esse produto pode ser instalado em todos os caminhões nacionais, e conta com armários, sofá, cama, cozinha, banheiro e até chuveiro. Ou seja, em qualquer lugar do Brasil que o caminhoneiro estiver, ele terá sempre o conforto de sua casa.
A instalação no caminhão é feita em apenas 24 horas. No ato da encomenda, a empresa monta o kit completo, já com a pintura na cor do caminhão, e depois de pronto ele é mandado para os locais de instalação, espalhados pelo Brasil, onde é encaixado no caminhão. De acordo com a empresa, não é necessária nenhuma alteração no documento do caminhão, pois não há modificação de chassis.
A empresa também tem planos para o futuro, com ampliação da atuação pela América do Sul, como Chile e Argentina.
Iveco
Os principais itens no Sleeper são:

– Sala com TV Tela Plana

– Poltrona/Cama
– Cozinha completa com fogão elétrico
– Frigo Bar com freezer
– Pia com água Quente/Fria
– Armário aéreo
– Exaustor elétrico
– Banheiro com Chuveiro água quente/fria
– Vaso sanitário
– Exaustor elétrico
– Dormitório com cama aquecida opcional**
– Roupeiro Aéreo com 03 Portas corrediças
– Portas divisórias corrediças para Cozinha e Banheiro
– Forração personalizada
– Piso de Madeira (Opcional).

De acordo com Robelius Moro, da Brasil Trucks Sleeper’s: “A ideia surgiu com pesquisas e necessidades com inúmeros relatos de motoristas, transportadores e outros. É um sonho de muitos viajar sem sair de casa, agora imagina esta pessoa viajando com sua esposa e inúmeras vezes não ter condições de ambientes para tomar um banho, usar um banheiro para suas necessidade, fazer refeições em dia de chuva e frio fora do caminhão parado em filas gigantes e sem acesso a tudo isto?”
O preço final do produto ainda não foi divulgado, e o lançamento oficial e as vendas iniciam em 2015.



Transportadoras enfrentam dificuldade em encontrar mão de obra para novos caminhões


A maior parte dos produtos transportados em território brasileiro se desloca por rodovias por meio de caminhões que cruzam todo o país. Contudo, empresários do setor de transportes passam por uma crise em relação a mão de obra qualificada  para conduzir veículos extra pesados. Segundo estimativas de transportadoras, atualmente há 100 mil vagas abertas no mercado de trabalho e uma das grandes dificuldades é encontrar motoristas familiarizados com a tecnologia dos novos veículos.
Atentas à isso, algumas montadoras oferecem cursos individuais, para que os profissionais que lidarão com seus produtos estejam aptos à usar todos os recursos oferecidos pelo caminhão. Os mais modernos, como o Hi-Way da Iveco, são dotados de diversos aparatos que deixam o transporte mais seguro, como o freio auxiliar Intarder, que, combinado ao freio motor, chega a quase 1.000 cavalos de potência de frenagem. Como adicional, esse item gera mais segurança no sistema antitravamento das rodas, além de vários outros equipamentos, que visam a segurança.
No entanto, muitos profissionais não estão preparados para operar os novos veículos. A marca italiana destaca um time de funcionários que fazem uma viagem completa com os motoristas para treinamento e capacitação. “Sem esse treinamento, os motoristas estão vulneráveis a prováveis acidentes, pois mesmo cheio de recursos de segurança nos caminhões, é necessário que eles saibam usá-los”, diz Ricardo Motta e Correa, gerente de marketing da Iveco.
Empresários do setor também alegam que a Lei 12.619/12, conhecida como lei do descanso, é um dos fatores que mais contribuem para a falta de profissionais qualificados no mercado. A legislação exige descanso diário de 11 horas, além de uma parada de 30 minutos a cada quatro horas de direção, sendo no máximo oito horas de jornada diária, podendo se estender por duas horas extras, o que acaba comprometendo a flexibilidade do período trabalhado. Porém, o problema mais grave está na falta de estrutura para prática da lei. Motoristas reclamam que não há postos de paradas nas rodovias brasileiras para pernoitarem e gozarem de descanso.
O transportador Nunzio Ribeiro, de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, conta que a lei do descanso resultou em um aumento de 36% na apólice dos seguros. Uma vez que, nem sempre é possível encontrar um local seguro para fazer as pausas obrigatórias. O empresário explica ainda que enfrenta dificuldades ao tentar contratar um bom motorista. “Hoje, eu contrato por indicação de colegas do setor, mas tem sido tão complicado achar um profissional, que investimos em filhos dos atuais caminhoneiros”.
Embora hajam esses empecilhos, a vida do caminhoneiro atualmente parece ser mais fácil que há duas décadas. “Há vinte anos, demorávamos dois dias para ir de Belo Horizonte para São Paulo, hoje, com tanto conforto à bordo, como câmbio automático, bancos de couro, ar condicionado, camas e outras regalias, fazemos o mesmo trajeto em apenas oito horas, com menor desgaste”, ressalta Ribeiro.



Drogas e cansaço estão entre as principais causas de acidentes


Estradas boas, caminhões modernos e lei de descanso do motorista. O cenário parece perfeito para uma condução segura e sem acidentes, mas ao contrário do que deveria ser, o número de acidentes envolvendo caminhões continua em ritmo crescente no Brasil. Como justificar um veículo tombado em uma rodovia em perfeito estado de conservação, e com toda assistência oferecida pelas concessionárias de rodovia? A resposta é imediata: falha humana, a principal responsável pela grande maioria dos acidentes envolvendo caminhões.
De acordo com dados da Policia Rodoviária Federal, em 2012 foram computados 184.527 acidentes contra 186.690 em 2013. Desse total, 62.912 e 64.430, respectivamente, tiveram o envolvimento de caminhão. Colisão lateral, traseira, saída de pista, tombamento e colisão transversal são os registros mais comuns quando se trata de veículo pesado. As principais causas presumíveis registradas pela PRF são a falta de atenção (responsável por 21.875 acidentes em 2012 e 23.307 acidentes em 2013), não guardar distância de segurança (5.921 acidentes em 2012 e 7.002 em 2013), velocidade incompatível (5.375 acidentes em 2012 e 5.929 em 2013). Pelo levantamento, os problemas mecânicos foram responsáveis 3.535 ocorrências em 2012 e 3.773 no ano passado. Número pequeno se comparado ao total.

Os motoristas concordam com as estatísticas apontadas pela PRF e reforçam que para eles o cansaço e a falta de experiência estão entre as principais causas dos acidentes, embora a Lei do Motorista cite em seu texto descanso de meia hora a cada cinco ao volante, mais nove horas de descanso após oito horas de trabalho. Segundo os carreteiros, por não existir fiscalização muitas empresas continuam exigindo horários apertados nas entregas, resultando em estresse e pressa de chegar ao destino.
A PRF diz que a fiscalização acontece nas rodovias federais, onde são feitas revistas nos veículos e nos condutores em busca de “ilícitos”, principalmente entorpecentes. Nas blitzes, os policiais avaliam as condições físicas do motorista e verificam o disco do tacógrafo, que muitas vezes pode indicar que o condutor está dirigindo há muito tempo sem descanso, levantando a suspeita de uso de alguma substância psicoativa, provocando uma vistoria mais detalhada.

De acordo com os motoristas, as drogas realmente se tornaram um grande inimigo na estrada. Cocaína, maconha e até mesmo o craque passaram a fazer parte do dia a dia como uma alternativa para se manter mais tempo acordado. “Os motoristas, principalmente os mais jovens, usam todo tipo de droga. Eles consomem a droga e pegam na direção, com maior frequência à noite, para aguentar tocar mais. Nem se preocupam com os efeitos, como a perda de reflexo. Um absurdo, rebite quase nem se vê mais”, explica Oseia Rodrigues, São Jose dos Pinhais/PR, empregado, 40 anos de idade e 15 de profissão.
Ele chama a atenção também para o estresse o qual acomete muitos motoristas. “Hoje em dia ninguém mais tem paciência quando está no volante, a obrigação de cumprir os horários de entrega estipulados pelos patrões faz com que o motorista exceda o tempo de direção”, lamenta. Diz que no seu caso a empresa se preocupa com a segurança dos funcionários e determina as horas de descanso conforme estabelece a Lei do Motorista. “Essa atitude contribui para uma viagem tranquila e reduz bastante o risco de acidente, pois os motoristas dirigem descansados e focados”, acrescenta. O carreteiro conclui dizendo que nunca sofreu um acidente e ensina que o segredo é ter paciência no trânsito, na estrada, dirigir com consciência e participar de treinamentos. “Muitos podem achar bobeira, mas para mim os treinamentos que participei foram muito úteis. Mudei o meu jeito de pensar e agir. A vida é muito mais que entregar na hora certa. Cansou tem de parar”, aconselha.

O motorista empregado Silviomar de Araújo, de Indaial/SC, 50 anos de idade e 32 de profissão comenta que viaja por todas as regiões do Brasil e vê que as estradas estão cada vez mais modernas e os caminhões potentes, porém, a falta de experiência de alguns motoristas em atividade tem contribuído para o aumento do número de acidentes. “Na minha época para pegar uma estrada era necessário pelo menos três anos de experiência. Hoje o motorista recebe algumas instruções rapidamente e em seguida as chaves do caminhão e o destino para entregar a carga”, critica. Em sua opinião a falta de motoristas mais experientes é decorrente da desvalorização da profissão.
Diz que a necessidade de preencher vagas em aberto quase custou a vida do seu filho Diogo, hoje com 27 anos de idade. “Ele tinha acabado de entrar na empresa e trabalhava com pequenas entregas. Porém com apenas quatro meses de experiência saiu para a estrada. Em Barra do Turvo, na BR-116, um caminhão saia do posto e errou a marcha, meu filho estava em excesso de velocidade e não conseguiu evitar o acidente”, lembra. Silviomar cita também o caso de um amigo que trabalhava como ajudante de pedreiro e durante a preparação para participar de um processo de seleção para motorista de caminhão lhe perguntou como que desengatava uma carreta, porque este era um dos testes.
Em relação as drogas, diz ter virado algo frequente nas estradas e que os motoristas consomem cocaína e craque sem se preocupar com fiscalização ou efeitos negativos na direção. “Conheço pelo menos uns cinco colegas que enterraram seus filhos motoristas por conta de consumo de droga. A facilidade de encontrar a droga contribui para o excesso de consumo e o comprometimento da segurança”, diz. Aos jovens motoristas e aos que pensam em ingressar na profissão, Silviomar faz um alerta sobre a importância de se conscientizar de que o caminhão não é um carro de corrida e a estrada é um lugar que exige concentração e responsabilidade. “Sempre existirá alguém te esperando, portanto não faça loucuras, não use drogas, respeite as leis e descanse sempre que sentir necessidade”, aconselha.

Anderson Autulo, 37 anos e 18 de profissão de Fernandópolis/SP, viaja o Brasil inteiro e faz questão de ressaltar que além de tudo o que já foi falado sobre falha humana no volante, algumas regiões contribuem para a ocorrência de acidentes. Ele cita como exemplo as rodovias do Mato Grosso, nos municípios de Sinop e Mutum. “As rodovias estão em um estado lastimável, com buracos do tamanho de um caminhão. Acidente ali acontece todo dia. Eu mesmo quase fui vitima de um, o pneu do caminhão da frente estourou e quase me acertou”, lembra. Destaca também, o fato de alguns motoristas excederem a velocidade. “Essa molecada que ganha por comissão passa por cima para tirar o atraso quando entram em rodovias boas como as de São Paulo”.
As drogas são um grande problema também no Mato Grosso, afirma Anderson, acrescentando que são opção fácil, barata e comum em quase todo o País. “Quantas vezes já vi motorista dormindo com os olhos abertos, um perigo. O mais interessante é que a fiscalização é quase inexistente”, critica. Ele aproveita para alertar os colegas sobre a importância de descansar e dirigir de maneira consciente, sem “fazer loucuras.”
Filho de motorista, Almir dos Santos, São Paulo/SP, 33 anos de idade e 18 de profissão, trabalha empregado, e desde cedo acompanha o pai nas viagens. Tem opinião que álcool e droga são os principais fatores de acidentes nas estradas. “Antigamente era difícil ver um motorista se drogando, mas hoje é comum”, declara. Almir acredita que o fato de os motoristas estarem cansados e muito pressionados pelas empresas contribui para esta triste realidade. “Muitas empresas não seguem a lei e obrigam os profissionais a cumprirem prazos complicados. Um colega tombou o caminhão e um dos motivos era o cansaço”, lembra. Por esse motivo, defende que o melhora fazer é parar sempre que estiver cansado.
Os amigos Cristian Maicon Zanatta, 27 anos de idade e sete de profissão, de Porto Ferreira/SP, e Antonio Cláudio Teixeira, 47 anos, 24 de profissão, São Simão/SP, também acreditam que a maioria dos acidentes são ocasionados por profissionais mal preparados. Eles alegam que hoje basta ter a CNH, fazer umas aulas com algum instrutor e o motorista está pronto para ir para a estrada. “É um absurdo, pois até ele tomar consciência do que é um caminhão e como o veículo se comporta, provavelmente já se envolveu em algum acidente”, opina Cristian. Antônio complementa que seis meses é muito pouco tempo para alguém que nunca dirigiu caminhão enfrentar uma estrada. Ele cita também o consumo excessivo de drogas na estrada e o cansaço como fatores causadores de acidente nas rodovias. “É assustador como a droga circula entre os motoristas, a maioria consome para poder tocar mais e conseguir aguentar a noite acordado”, explica.

Antonio Cláudio acredita que se a Lei do Motorista estivesse realmente em prática ajudaria muito a reduzir os acidentes, já que as empresas seriam obrigadas a determinar horários de descanso para seus motoristas. Ele lembra que há 10 anos dormiu no volante e bateu em outro caminhão, fato atribuído por ele à inexperiência e ao cumprimento de prazos estipulado quase impossíveis de serem atendidos. “Foi uma lição importante, pois desde então quando sinto o cansaço paro e descanso. As pessoas não têm noção do perigo até que alguma coisa aconteça com elas. Aconselho aos menos experientes que não cometam loucuras. Parem, descansem e não espere o próximo posto pois pode ser fatal”, alerta.
Imprudência, falta de atenção, cansaço e consumo de drogas são as justificativas dadas pelo carreteiro Luiz Fernando Rodrigues, Porto Xavier, 31 anos e 10 de profissão, para a ocorrência de tantos acidentes mesmo em rodovias consideradas boas e seguras. Ele diz que muitos motoristas não têm consciência do quanto é perigoso dirigir tanto tempo sem descansar e acabam colocando a vida de todos que estão na estrada em risco. “Eu não cometo essas loucura, estou parado desde as nove horas da noite e agora almocei e vou continuar a viagem tranquilo, sem estresse”, declarou na ocasião que conversou com a reportagem.
Se por um lado fatores como a inexperiência, cansaço e drogas parecem comprometer a segurança na estrada, por outro já existem empresas desenvolvendo ações para conscientizar seus motoristas a dirigirem com segurança. Uma delas é a JSL, que realiza uma série de ações para orientar seus motoristas em relação à segurança no trânsito. Todos os colaboradores da empresa recebem treinamentos frequentes, os quais incluem aulas de código de trânsito, direção defensiva e orientações sobre os danos provocados pelo uso de álcool e drogas.
Além das ações com os próprios motoristas, a empresa lançou em 2011 o programa “Pela Vida”, ação que oferece atendimento gratuito a motoristas profissionais que circulam nas principais rodovias do País. Desde seu lançamento, até o final do ano passado, foram realizados mais de 49 mil atendimentos em 10 postos, trailers nos quais são oferecidos atendimento gratuito de aferição de pressão arterial, acuidade visual, medição de IMC e circunferência abdominal. Durante o atendimento é reforçado ao motorista a importância dos cuidados básicos de saúde e alimentação correta para a melhoria da qualidade de vida. Também é oferecido aos motoristas o mapa de risco de acidentes das principais rodovias brasileiras, a fim de conscientizar e minimizar os riscos à segurança desses profissionais.
O Presidente da Coopercarga, Osni Roman, também tem opinião de que os a maior parte dos acidentes ainda é causada, infelizmente, por falha humana, como excesso de velocidade, uso de álcool e falta de atenção. O motorista está sujeito a jornadas extensas e ao trânsito excessivo, o que causa estresse e afeta seu desempenho. “Acreditamos na capacitação do motorista para diminuir índices negativos. Apenas em 2013, R$ 1,6 milhões foram investidos nesses profissionais. Índices internos indicam que as ocorrências totais, entre roubos e acidentes, foram reduzidas em 29% nos últimos cinco anos. Só acidentes em 34%, devido ao Programa Acidente Zero, o PAZ”, informou.
Roman explica que o Programa consiste em treinamento mensal destinado aos motoristas a fim de capacitá-los e integrá-los às medidas de segurança da cooperativa. Os temas tratados são o desenvolvimento interpessoal, lições de mecânica preventiva, legislações e direção segura por meio de prática e resultados. A Coopercarga promove também o Concurso Motorista Top 10, ação para premiar os condutores que se destacam por não se envolverem em acidentes e mantém cursos em parceria com FABET – Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte e ações comuns de monitoramento em todas as operações.

Entre as medidas consideradas importantes, na opinião de Roman, estão o investimento no fator humano, melhorias das rodovias e mudanças de comportamento pela educação. “No Brasil, a maioria dos motoristas se forma no volante, sem acompanhamento educacional com base escolar. Esse profissional tem uma responsabilidade muito grande em suas mãos. Cabe então a empresas como a Coopercarga investir no profissional, seja por meio de programas internos ou de parcerias. É possível ainda que as operadoras logísticas realizem gestão à distância, o que é facilmente realizado com as diversas tecnologias disponíveis no mercado”, explica.
O despreparo dos motoristas para atender a legislação de trânsito, excesso de confiança, falta de manutenção dos veículos, jornadas excessivas de trabalho e uso de álcool e drogas são os principais motivos dos acidentes envolvendo caminhão, segundo opinião de Fabiano Gomes da Silva, técnico em segurança do trabalho, da Expresso Mirassol. “Realizar treinamento periodicamente com todos os motoristas sobre prevenção de acidentes de trânsito; direção segura e transporte seguros com produtos perigosos e cumprimento da jornada de trabalho é o que a empresa tem feito para minimizar esse problema”, afirma.
Para combater o consumo de drogas entre seus funcionários, a empresa aplica o teste de bafômetro em todos os motoristas na entrada e saída da empresa, de treinamento de conscientização sobre os riscos ao consumir esses produtos. Outra providência é alinhar previamente com os clientes as janelas de entrega das cargas. Em relação à infraestrutura, Fabiano Gomes acredita que falta melhorar a fiscalização nas rodovias, assim como também aprimorar as leis de trânsito e aumentar tornar mais severas as penalidades sobre infrações que levam a acidentes com vítimas, sem faltar o melhoramento das condições das rodovias.



DNIT licita novo Plano Nacional de Pesagem


O DNIT começou nesta semana o processo de contratação do novo Plano Nacional de Pesagem. Serão 35 Postos Integrados Automatizados de Fiscalização – PIAFs – nas cinco regiões do país. Haverá controle de peso de veículos durante cinco anos nas rodovias administradas pelo Governo Federal nos seguintes estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
São quatro editais de licitação pelo Regime Diferenciado de Contratações – RDC. As aberturas de propostas acontecerão nos dias 4 e 5 de dezembro.
O novo modelo de fiscalização, automatizado, permite reduzir o tempo de parada dos veículos no processo de coleta de dados para fiscalização. Uma das principais mudanças no novo modelo é a possibilidade do posto operar sem a presença física do agente de trânsito, que passa a exercer suas atividades em Centros de Controle Operacionais.
Um PIAF tem três unidades: a Estação de Controle em Pista, o Posto de Fiscalização e o Controle de Fuga em Pista. Por meio de um sistema de pesagem em movimento, a Estação de Controle seleciona previamente os veículos com indicativo de excesso de peso, de dimensões ou outra irregularidade. Somente nesses casos, o motorista será orientado a entrar no Posto de Fiscalização.
Para definir a localização dos postos de fiscalização, foi necessário mapear as rotas das mercadorias. Os PIAFs devem ser instalados o mais próximo possível da região geradora de carga para impedir que veículos trafeguem com excesso de peso e danifiquem o pavimento das rodovias. Assim, é possível manter as condições de conforto, segurança e economia para os usuários.
O desenvolvimento da tecnologia dos PIAFs é uma parceria entre o DNIT e o Laboratório de Transportes e Logística – Labtrans – da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: Dnit



Nova lei para retomada de veículos entra em vigor

A alteração na regra para retomada de veículos de consumidores inadimplentes passou a vigorar na sexta-feira, 14, depois de sanção presidencial e publicação no Diário Oficial da União. Para Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave – mentora da iniciativa –, a iniciativa impulsionará os resultados do último mês do ano: “Dezembro deverá registrar as melhores vendas de 2014”.
Com a entrada em vigor da nova legislação a segurança jurídica para os bancos cresce, avalia o dirigente, que estima redução de um ano para três meses no tempo necessário para retomada do veículo em caso de falta de pagamento do financiamento. Para Meneghetti a medida se somará a outros fatores, como antecipação das compras em decorrência da recomposição do IPI em janeiro, os lançamentos do Salão do Automóvel de São Paulo e a sazonalidade do mês deverão fazer com que o ano se encerre em seu melhor patamar.
“Em 2015 a taxa de aprovação das fichas de financiamentos deve avançar e chegar a seis para cada dez pedidos. Atualmente este índice está em quatro.”
O executivo afirmou que nos próximos dias os bancos realizarão as alterações necessárias aos novos contratos de financiamento, a fim de inserir as cláusulas de alerta aos consumidores inadimplentes. “As instituições devem ampliar o volume de crédito em cerca de 20% motivadas pela garantia da retomada.”
Na avaliação de Luiz Moan, presidente da Anfavea, em comunicado, “a lei é um instrumento fundamental para o setor automotivo ao premiar o cliente adimplente, possibilitando o fortalecimento do setor financeiro na concessão de crédito com a redução do custo e maior segurança jurídica”.
Para Décio Carbonari, presidente da Anef, a nova lei desburocratiza o processo e pode culminar na redução dos juros dos financiamentos. Segundo o dirigente a questão é estatística: quanto menos consumidores forem inadimplentes, menor será a taxa.
“A política de crédito é baseada no provisionamento de perdas e isso tem impacto direto na taxa de juros. É difícil mensurar quando os efeitos começarão a aparecer, mas é fato que com a inadimplência menor os juros tendem a cair.”
Carbonari ressalta que além do aumento de confiança dos bancos a nova lei serve para alertar o consumidor inadimplente. “Os compradores vão pensar mais antes de assumir uma dívida que talvez não possam arcar, porque sabem que o banco pode reaver o bem com maior facilidade.”
A aprovação da lei era aguardada com ansiedade pelos varejistas. Durante o Salão do Automóvel de São Paulo o presidente da Jac Motors do Brasil, Sérgio Habib, afirmou que a iniciativa representaria uma “injeção direta na veia” no mercado. Na ocasião o executivo considerou, ainda, que o efeito seria imediato. “As condições dos financiamentos não deverão mudar muito, com no máximo uma pequena redução nas parcelas, mas o fundamental será que os bancos passarão a aprovar número muito maior de fichas.”
Fonte: AutoData