Ataques de fúria e agressividade no trânsito podem ser sinal de doença

Ataques de fúria tem se tornado comuns no trânsito de nosso país. Só nos últimos dias, foram vários flagrantes pelo país. Na disputa pelo espaço no asfalto, explosões de fúria são cada vez mais comuns e provocam cenas assustadoras. Ataques de agressividade podem ser sinal de doença.
Confusão em Manaus. Depois de um acidente leve entre um caminhão e um micro-ônibus, os dois motoristas saem dos veículos e se agridem até a polícia chegar. Em Fortaleza, o motorista de uma camionete ameaça o da van. E acerta um tapa nele. Na saída de um bar, em Curitiba, a motorista bate no carro que está à frente do dela.
Depois, bloqueia o trânsito. O rapaz que dirigia o carro revida, batendo com um cone no carro da mulher. Ela sai, chuta o carro do agressor, quando ele tenta ir embora. Depois, é empurrada e cai no chão.
E mais um flagrante no estacionamento de um shopping no Recife. Os três homens discutem por causa de uma vaga. O de camisa branca entra no carro. E dá ré com tudo. Por pouco, não atropela as outras duas pessoas.
Em São Paulo, a cidade com a maior frota do país – e os maiores engarrafamentos, todos os dias motoristas tentam se segurar. Alguns não conseguem.
“Sair, xingar. Sair do carro para discutir verbalmente. Acontece não que você queira, mas é uma coisa explosiva”, explica um motorista.
“O cara fechou meu carro ele desceu, meio pitboy, e chutou o carro, mas ele ficou louco, ele quebrou a frente do carro. Eu fiquei assistindo e nem peguei o celular pra filmar, de tão chocante que foi a cena”, lembra uma mulher.
Eu não parto pra violência. Eu fico só xingando mesmo. Me deixa mais tranquilo”, diz outro motorista.

Um pedestre gravou uma confusão numa avenida movimentada. Uma batida leve entre dois carros terminou em agressão.
Os especialistas dizem que os motoristas que perdem o controle com facilidade podem explodir em qualquer situação. Até mesmo nas mais banais, como um congestionamento, numa cidade como São Paulo, que acontece o dia todo.
Uma travessia de um pedestre fora da faixa ou um motociclista que passa buzinando. Nestas situações, um motorista explosivo pode tomar pequenas infrações como uma ofensa pessoal.
A psicóloga do Hospital das Clínicas de São Paulo diz que o estresse e a irritação por causa do trânsito ruim nas grandes cidades são normais. Mas os motoristas que reagem com violência podem ter um transtorno que precisa de tratamento.
“O paciente que tem o transtorno explosivo sente a raiva e vai pra cima. Mas não é uma pessoa que fala assim: amanhã eu vou lá e vou quebrar a cara dele. Não, é no imediato. É falta do controle do impulso”, diz a psicóloga Liliana Seger.
Há quem encontre no próprio trânsito a terapia para ter paciência. “É duro. Se não for a música, não tem quem aguente aqui. É ruim demais”, diz um motorista. “Relaxa, não dá pra perder a paciência, ou você bate no carro da frente”, diz outro.
O Hospital das Clínicas tem um setor especializado para estudar e tratar esse transtorno explosivo intermitente.
Para ver um vídeo sobre o assunto, CLIQUE AQUI.



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