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Essas constatações, no entanto, não têm sido suficientes para convencer a ANTT a rever os requisitos técnicos adotados nos processos de concessão de rodovias.
Enquanto países com economia madura como a Noruega procuram garantir corredores para transporte de cargas excepcionais com gabaritos verticais e horizontais mínimos de 7,0m, o Brasil insiste em um gabarito vertical de 5,50m.
De acordo com Cristiano Della Giustina, gerente de engenharia e investimentos de rodovias da ANTT de nada adiantará “a implantação de dispositivos com características técnicas diferentes uma vez que a infraestrutura atualmente existente também não está adequada aos padrões solicitados pelo Sindipesa”, ou seja a infraestrutura do Brasil está condenada a um gabarito vertical de 5,50m não importando o fato de que a infraestrutura, assim como as demais estruturas devem permanentemente se adequar às necessidades do país.
Há mais de 6 meses estamos aguardando a prometida realização de um seminário pela ANTT com a participação do Sindipesa e das concessionárias de rodovias para que esse assunto seja debatido e propostas as medidas necessárias… provavelmente vamos ter que aguardar mais um pouco. Quando finalmente ele ocorrer nada mais vai poder ser feito, as novas concessionárias já terão feito obras, implantado praças de pedágio e outras instalações em completo desacordo com as necessidades do transporte de cargas excepcionais.
Não é demais lembrar que cargas excepcionais, cargas indivisíveis, cargas excedentes, cargas de projeto, são cargas como transformadores, turbinas de hidrelétricas, pás e torres eólicas, plataformas de petróleo e gás, máquinas, peças e equipamentos, enfim cargas, cuja produção e transporte é fundamental para o crescimento do país, geração de emprego e renda.
O pleito do Sindipesa é a atualização dos requisitos técnicos para projeto e construção de pontes, passarelas, viadutos, pórticos e painéis de sinalização para um gabarito vertical mínimo de 6,50m, preservando-se nas praças de pedágio, uma área de passagem para cargas especiais com pelo menos 8,50m de largura.
Fonte: Editorial do Sindipesa
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