A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do município de Vilhena retirou na manhã desta sexta-feira, 6 de fevereiro, todos os caminhoneiros que estavam realizando uma manifestação na BR-364, na rotatória que liga a rodovia federal ao restante das cidades que compõem o Cone Sul do estado (exceto Vilhena e Chupinguaia). O movimento começou no final da tarde desta quinta-feira, 5, e é direcionado apenas aos caminhoneiros que transportam soja.
O grupo reivindica manifestação do Governo Federal com relação ao reajuste do preço do óleo Diesel, que está sendo comercializado em Vilhena a partir de R$ 3 o litro. Os manifestantes perderam a legitimidade do movimento porque agrediram o caminhoneiro Genival Nunes, que furou o bloqueio, foi perseguido, alcançado, e teve parte da sua carga jogada no asfalto porque os manifestantes abriram o tombador da carreta, o que facilitou a escoação da soja.
Um grupo de policiais foi até o local, pediu que os caminhoneiros se retirassem da rotatória e iniciaram uma investigação para saber mais detalhes a respeito da agressão, que foi será investigada pela Polícia Federal (PF). O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, João Lobato, esteve no local da manifestação e disse que o movimento era composto por cerca de 50 caminhoneiros. “Eles podem manifestar tranquilamente, mas sem interferir no bom andamento do tráfego de veículos, e também sem intervir no direito de ir e vir das pessoas”, relatou o representante da PRF.
Motoristas que ainda estavam no local relataram à equipe de reportagem do Extra de Rondônia que a manifestação irá continuar normalmente, porém próximo à última rotatória da cidade, sentido Cuiabá (MT). “Eles terão que ficar fora da pista”, advertiu o inspetor João Lobato.
A voz dos manifestantes no município de Vilhena, o empresário Marreta (ele não fala seu nome de batismo) conversou com repórteres desta página eletrônica que estão cobrindo a manifestação do outro lado da cidade, onde está sendo realizada a nova concentração, sentido Cuiabá. Ele relatou que o frete oferecido para o transporte está sem reajuste há três anos, enquanto o combustível vem aumentando gradativamente.
Segundo ele a classe não tem mais como trabalhar. “Nosso custo operacional se tornou fatal. Não tem como comprar por dez e vender por oito. Essa conta nunca vai fechar”, relata.
À ESPERA DOS LAVOREIROS
Marreta relatou, ainda, que os caminhoneiros estão à espera dos lavoreiros para dar mais força ao movimento. “Nós os ajudamos na manifestação deles, e agora esperamos a força da classe”, relatou.
DIVISÃO DE MANIFESTAÇÃO
Ainda segundo o representante da classe, o problema que ocorreu na rotatória que liga a BR-364 ao município de Colorado do Oeste foi uma situação à parte. Marreta relata que o movimento é contra qualquer tipo de paralisação de rodovia e emprego de violência. “Mas sempre tem alguns exaltados no meio”, justifica.
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