O preço pago pelas empresas que querem transportar sua mercadoria pelo país aos caminhoneiros e companhias transportadoras de carga está pelo menos 14% abaixo do custo mínimo para se fazer esse serviço.
Chamado índice de defasagem do frete, o valor vem aumentando nos últimos anos. Conforme mostrado em setembro de 2014, a defasagem na época era de 9,7% e havia subido dois pontos percentuais em menos de um ano.
A defasagem do preço do frete é apontada como o motivo da paralisação dos caminhoneiros em todo o país, iniciada na semana passada.
Depois é feita uma sondagem com companhias do setor para saber qual valor médio real que elas estão cobrando dos clientes para fazer o transporte. A diferença entre um valor e outro é considerada a defasagem.
Reajustes
O aumento da defasagem se deu por causa dos recentes reajustes nos custos das tarifas públicas e, principalmente, do diesel. Segundo a pesquisa, o combustível deverá subir 8% num período de menos de seis meses. Para distâncias acima de 400 km, o custo do frete deverá ficar ente 2% e 3% maior somente pelo aumento do diesel.
Como o índice de defasagem é de janeiro de 2015, ele ainda não capturou todo o impacto do aumento do diesel deste ano e a defasagem atual é ainda maior que os 14% medidos no mês passado.
Para se ter uma ideia, o custo médio do transporte cresceu 4% nos 12 meses anteriores a janeiro, contra um crescimento do IPCA de 7%. Segundo a associação, outro custo que vem subindo é com a segurança devido ao aumento dos roubos de carga.
Fonte: Folha Press
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