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Nesta madrugada, governo e caminhoneiros chegaram a um acordo para acabar com os bloqueios nas estradas. “Nossa expectativa é que a categoria se sensibilize com as conquistas e encerre o movimento”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, após o acordo.
O documento foi assinado por Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência), pelo ministro Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e 11 representantes de trabalhadores.
Para a ABCR, “ao arcar com custos logísticos mais elevados, viagens mais demoradas, manutenção mais frequente do caminhão, os caminhoneiros serão os mais prejudicados”. A entidade destaca ainda que é preciso envolver os embarcadores no debate da nova lei.
“É importante lembrar que os caminhoneiros têm direito ao vale pedágio, a ser pago pelo embarcador. Há, portanto, necessidade de envolver os embarcadores em toda esta discussão do PL antes de sancionar uma lei que poderá ter sérias consequências para a própria categoria”, diz a nota.
A entidade diz ainda que um dos efeitos da liberação do pagamento do eixo suspenso será o aumento do pedágio para todos os usuários, “como forma de manter viabilidade das concessões de rodovias”.
“O aumento do peso dos caminhões também vai significar pedágios mais caros. Isso porque os efeitos da sobrecarga sobre a vida útil dos pavimentos são de redução média de mais de 1,5 ano na vida útil do pavimento para 5% de sobrecarga e redução de mais de 3 anos na vida útil do pavimento para 10% de sobrecarga”, explica a entidade. “Na ponta, isso significa acréscimo considerável do custo de manutenção das rodovias brasileiras, sejam elas públicas ou privadas”, completa.
A ABCR ressalta que espera que o governo federal realize “uma análise técnica” das questões apontadas pelas concessionárias, “para que não se prossiga com a sanção de artigos que significarão, na ponta, mais acidentes, rodovias menos seguras e caminhoneiros autônomos mais sobrecarregados.”
Fonte: DCI
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